Os padrões usados hoje são muito antigos e dão a impressão que o ar é bom em boa parte do tempo, mas a OM diz que é três vezes pior.
A medição da qualidade do ar em São Paulo vai mudar. O estado vai ter um padrão mais rigoroso contra poluição. Os padrões usados hoje são muito antigos e dão a impressão que o ar é bom em boa parte do tempo, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que é três vezes pior.
Na segunda, daqui a três anos, 100 microgramas por metro cúbico. Na terceira, sem prazo determinado, 75. Mas a Organização Mundial da Saúde (OMS ) considera ideal um nível ainda menor: até 50 microgramas por metro cúbico.
Trata-se de uma frota de sete milhões de veículos. Só os ônibus já poluem muito. São 15 mil movidos a diesel, o combustível mais poluente. Até 2012, toda a frota terá que andar com combustível renovável. Nesta sexta, circulam os dez primeiros movidos a álcool.
A estudante Mariana Dib foi uma das primeiras paulistanas a pendurar o lençol na janela de casa. “É a poluição. Entra muita sujeira e muita poeira. Meu dedo está preto”, aponta a estudante, que mora em frente ao Elevado Costa e Silva, o Minhocão, na região central da cidade, que já foi considerado um dos locais mais poluídos de São Paulo.
O teste foi feito em 1997 pela ONG S.O.S Mata Atlântica, que na época distribuiu lençóis brancos por toda a cidade, no alto dos prédios e nas janelas das casas. Um mês depois, o que era branquinho ficou cinza. A medição caseira da qualidade do ar mostrava que São Paulo estava poluída.
O teste hoje voltou a mobilizar os paulistanos, em uma parceria da TV Globo com a S.O.S Mata Atlântica. Os lençóis do Projeto Respirar foram distribuídos no Parque do Ibirapuera.
“É diferente de você ver o relógio que mostra a poluição em um bairro, em um lugar onde você não mora. Mas quando é na sua casa, a reação é imediata. As pessoas querem atitude. É isso que a gente quer: fazer com que esse ato simbólico se transforme em reação, se transforme em atos de cidadania, que as pessoas tirem satisfação e exijam do poder público. Com isso, a gente faz com que haja melhoria para todos”, conta o diretor da S.O.S Mata Atlântica, Mário Mantovani.
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