A empresa Metro do Porto fechou o ano de 2010 com um prejuízo de 351,7 milhões de euros, indica o Relatório e Contas da empresa, aprovado esta segunda-feira por unanimidade em Assembleia-Geral. Os resultados agravaram-se assim 19,6% face a 2009.
Ainda assim, a procura cresceu 1,8% no ano passado, com um total de 53,5 milhões de passageiros. A receita aumentou 3,6% relativamente ao exercício anterior.
Em declarações aos jornalistas, no final da assembleia-geral, o presidente do Conselho de Administração, Ricardo Fonseca, destacou «os resultados operacionais» da empresa, afirmando que, «comparando as receitas de bilheteira com custos directos de operação, em 2010 a taxa de cobertura subiu para cerca de 75%», enquanto em 2009 se ficou pelos 60%. Foi «um esforço notável».
Citado pela Lusa, Ricardo Fonseca disse ainda que os resultados globais «incluem um grande encargo resultante da dívida que o Metro do Porto contraiu».
Modelo de financiamento desajustado
Na mensagem que deixa no relatório, o presidente do CA adverte que «os resultados financeiros negativos, superiores a 100 milhões de euros no exercício, reflectem o desajustado modelo de financiamento do projecto Metro do Porto por manifesta insuficiência de dotações a fundo perdido para a construção de um sistema de transporte que, pese a excelente taxa de cobertura alcançada, tem resultados operacionais negativos».
«O investimento em infra-estruturas ascende a 2.555 milhões de euros tendo sido o financiamento não reembolsável obtido de apenas 758 milhões de euros, de onde resulta uma dívida de 1.770 milhões de euros», acrescentou o responsável.
A esta dívida, somam-se as dívidas contraídas para pagar a operação do sistema [250 milhões de euros], gestão do projecto [65 milhões de euros] e encargos financeiros [365 milhões de euros], num total acumulado de quase 3.450 milhões de euros no final de 2010.
Plano para 2011 suspenso à espera de novo Governo
Aos jornalistas, Ricardo Fonseca adiantou ainda que o plano de actividades e orçamento apresentado para 2011 prevê uma redução dos custos operacionais «superior a 20%», ultrapassando assim o objectivo fixado pela tutela para este ano (redução de 15% dos custos).
«Isto demonstra que naquilo que é possível intervir a empresa tem intervindo e os resultados são notórios», sublinhou. No entanto, o plano de actividades foi suspenso, bem como não foram eleitos órgãos sociais, uma vez que «teremos em breve um novo governo», que se deve pronunciar sobre estes pontos, disse Fonseca.
Ainda assim, a procura cresceu 1,8% no ano passado, com um total de 53,5 milhões de passageiros. A receita aumentou 3,6% relativamente ao exercício anterior.
Em declarações aos jornalistas, no final da assembleia-geral, o presidente do Conselho de Administração, Ricardo Fonseca, destacou «os resultados operacionais» da empresa, afirmando que, «comparando as receitas de bilheteira com custos directos de operação, em 2010 a taxa de cobertura subiu para cerca de 75%», enquanto em 2009 se ficou pelos 60%. Foi «um esforço notável».
Citado pela Lusa, Ricardo Fonseca disse ainda que os resultados globais «incluem um grande encargo resultante da dívida que o Metro do Porto contraiu».
Modelo de financiamento desajustado
Na mensagem que deixa no relatório, o presidente do CA adverte que «os resultados financeiros negativos, superiores a 100 milhões de euros no exercício, reflectem o desajustado modelo de financiamento do projecto Metro do Porto por manifesta insuficiência de dotações a fundo perdido para a construção de um sistema de transporte que, pese a excelente taxa de cobertura alcançada, tem resultados operacionais negativos».
«O investimento em infra-estruturas ascende a 2.555 milhões de euros tendo sido o financiamento não reembolsável obtido de apenas 758 milhões de euros, de onde resulta uma dívida de 1.770 milhões de euros», acrescentou o responsável.
A esta dívida, somam-se as dívidas contraídas para pagar a operação do sistema [250 milhões de euros], gestão do projecto [65 milhões de euros] e encargos financeiros [365 milhões de euros], num total acumulado de quase 3.450 milhões de euros no final de 2010.
Plano para 2011 suspenso à espera de novo Governo
Aos jornalistas, Ricardo Fonseca adiantou ainda que o plano de actividades e orçamento apresentado para 2011 prevê uma redução dos custos operacionais «superior a 20%», ultrapassando assim o objectivo fixado pela tutela para este ano (redução de 15% dos custos).
«Isto demonstra que naquilo que é possível intervir a empresa tem intervindo e os resultados são notórios», sublinhou. No entanto, o plano de actividades foi suspenso, bem como não foram eleitos órgãos sociais, uma vez que «teremos em breve um novo governo», que se deve pronunciar sobre estes pontos, disse Fonseca.