26 novembro 2011

Procura por curso de engenharia aumenta 33% nos últimos anos

D epois de quase 20 anos adormecida, a profissão de engenheiro volta a atrair a atenção de quem vai prestar vestibular no próximo domingo (27). A procura pela disciplina aumentou mais de 30% nos últimos anos. Esta é a primeira vez que no maior vestibular do país, o curso de engenharia passa o de medicina na preferência dos candidatos.

vídeo ->http://noticias.r7.com/videos/procura-por-curso-de-engenharia-aumenta-33-nos-ultimos-anos/idmedia/4ed0221e92bb9c739dffcad8.html

22 novembro 2011

G1 andou no trem-bala mais veloz do mundo

 Maglev de Xangai já atingiu velocidade acima de 500 km/h.

Trecho de 30 km até aeroporto é percorrido em até 7min20s.

Desde 2004, a China é dona do trem mais veloz do planeta em operação comercial. Em Xangai, a ligação do bairro de Pudong até um dos aeroportos da cidade é feita por meio do Maglev, que percorre 30 km em 7min20s durante alguns horários do dia. (No vídeo ao lado, veja o passeio feito pelo repórter do G1 no trem-bala.)

"Maglev" é uma abreviação em inglês de "levitação magnética": em vez de rodas, o trem se move por meio de ímas que o fazem flutuar sobre a pista.

A velocidade máxima registrada durante a fase de testes do sistema foi de 501 km/h. Em operação comercial, o Maglev de Shanghai chega a 431 km/h em duas faixas de horário do dia, das 9h às 10h45 e das 13h às 16h45. Não há, no mundo, linha em operação com velocidade máxima maior.


Fora dessas faixas, como quando o repórter do G1 andou no trem, a viagem é feita a no máximo 301 km/h. Ainda é mais do que boa parte das linhas do TGV, na França, e do Shinkansen, no Japão.

Trem de alta velocidade liga Shanghai a aeroporto com velocidade máxima de 431 km/h (Foto: Leopoldo Godoy/G1) 

Trem de alta velocidade liga Xangai a aeroporto com velocidade máxima de 431 km/h (Foto: Leopoldo 

20 novembro 2011

Maquinista é fotografado dormindo em trem em movimento

Uma passageira de 25 anos notou, registrou o ato e postou na internet


Um maquinista chinês teria sido fotografado dormindo enquanto o trem estava a 195 km/h. Uma passageira de 25 anos disse que percebeu que o condutor estava com os olhos fechados. Ela tirou uma foto do maquinista e publicou na internet. A cena gerou discussões em sites de redes sociais na China, segundo reportagem do jornal belga "Gazet Van Antwerpen".


http://www.midianews.com.br/?pg=noticias&cat=6&idnot=68954


  • Maquinista teria sido flagrado dormindo enquanto o trem estava a 195 km/h
     

Prefeitura e Trensurb vão construir terminal multimodal

     Prefeitura e Trensurb vão construir terminal multimodal thumbnail

Com o sistema de integração entre ônibus e trem, a expectativa é de que pelo menos 30 mil novos passageiros sejam beneficiados diariamente. Obra será concluída em 2012. .

Dois problemas de mobilidade urbana podem ser resolvidos em Novo Hamburgo com a conclusão da expansão da Linha 1 da Trensurb, em setembro de 2012: o transporte coletivo e o trânsito no Centro.

Isto porque a prefeitura e a direção da empresa metroviária assinaram na semana passada termo de cooperação para a implantação de um terminal multimodal junto à Estação Novo Hamburgo, a última das quatro que estão sendo construídas na cidade.


Trem agora chega só em dezembro
O complexo ocupará um quarteirão e concentrará os itinerários dos ônibus municipais, interligados à Trensurb. “Isso melhorará o fluxo de veículos e as pessoas terão mais espaços para caminhar e andar de bicicleta”, explica o prefeito Tarcísio Zimmermann. Um estacionamento para que os motoristas deixem seus veículos enquanto utilizam o trem também é projetado. “Estamos definindo uma parceria para atender todas as demandas de integração do transporte coletivo municipal”, garante o diretor-presidente da Trensurb, Humberto Kasper.

 

O documento assinado por Kasper e Zimmermann (foto ao lado) prevê que uma comissão será formada, em 30 dias, para acompanhar os trabalhos. A Trensurb fica responsável pelo terminal, na quadra ao lado do Bourbon Shopping, entre as ruas Marcílio Dias, Imperatriz Leopoldina, Cinco de Abril e a Avenida Nações Unidas, por onde passa os trilhos, e o município pelos serviços que serão oferecidos.

Ocupam a área lojas de uma rede de lanchonetes e de uma marca de calçados, uma agência bancária, um posto de combustíveis e outros estabelecimentos menores (foto acima). As desapropriações foram autorizadas em agosto pela presidente Dilma Rousseff. Só ficará no local um edifício residencial.

A estimativa é de que, com a integração, pelo menos 30 mil passageiros sejam incluídos ao sistema diariamente, o que impõe o debate sobre a aquisição de mais trens. 

Hoje, 25 estão em funcionamento. Zimmermann acredita que até a conclusão da obra de expansão, que tem investimento de R$ 1 bilhão do governo federal, o problema será resolvido. “Ninguém constrói uma linha desse valor para não ter trem”, pondera. A primeira estação hamburguense, no bairro Santo Afonso, começa a ter viagens pré-operacionais no mês que vem.

Vítimas contam como se recuperaram de experiências traumáticas

Como você reagiria se o trem em que estivesse viajando se chocasse contra um outro e se transformasse em uma bola de fogo?

trauma
Pam Warrem ficou conhecida na Inglaterra como "Mulher da Máscara" pois usou uma máscara para minimizar os efeitos das queimaduras que sofreu no rosto após um acidente de trem

Em depoimentos à BBC, vítimas de experiências profundamente traumáticas, como atentados, acidentes de trem, bombardeios durante operações de guerra e tortura falaram dos mecanismos que desenvolveram para tentar superar o trauma e dar continuidade às Troca de confidências, consumo de álcool, treinamento prévio, personalidade e reservas de força interior cumpriram papéis nas histórias relatadas.

A inglesa Pam Warren, do condado de Berkshire, sobreviveu a um trágico acidente ferroviário na estação de Paddington, em Londres, em 1999, mas sofreu queimaduras graves no rosto e mãos.

Ela ficou conhecida na mídia como “a mulher da máscara”, porque teve de usar uma máscara para tentar minimizar o número de cicatrizes em seu rosto durante o processo de recuperação.

Hoje, ela diz ter aprendido a viver com os efeitos físicos e psicológicos da experiência e faz campanha para tornar as ferrovias britânicas mais seguras.

Álcool

Enquanto se recuperava das queimaduras, ela conheceu um outro sobrevivente, o militar Simon Weston. Durante a Guerra das Malvinas, o navio em que ele viajava foi atacado e Weston foi engolido por chamas.
Weston foi a primeira pessoa com quem Warren conseguiu trocar confidências. Ela contou a ele, por exemplo, que estava bebendo muito para tentar esquecer seu trauma.

Weston conta que também procurou refúgio no álcool após ter sido atacado.

-Qualquer pessoa que tenha vivido um evento que muda para sempre sua vida, do luto a uma doença terminal, tudo isso traz um trauma imenso-, ele diz. ”Para muitos de nós, o álcool é um refúgio. Um falso refúgio, porque é um refúgio destrutivo. Quando fui filmado bebendo direto na garrafa, aquilo me chocou. Fiquei envergonhado, aquele não era eu”.

Weston conta que a última coisa que viu antes de ficar completamente desfigurado foi uma erupção de fumaça e chamas no momento em que a bomba atingiu o navio.

-Guerra é isso-, diz. “Não tem nada no manual que prepare você para estar à bordo de um navio como infantaria e ser atacado por um avião”.

Personalidade e Treinamento

Em 1991, o piloto da Força Aérea britânica John Peters tornou-se refém de soldados iraquianos durante 47 dias.

O Tornado que ele pilotava foi atingido por um míssil perto de Bagdá e o piloto foi retirado da aeronave em chamas.

Ele levou surras de cassetete, foi impedido de dormir e queimado com cigarros, ficou preso em cela solitária, sofreu ameaças de estupro coletivo e execução. Depois, foi exibido na televisão.

Peters diz que se recuperou da experiência a partir de uma combinação de personalidade e treinamento.

-Sou um piloto de aviões a jato, arrogante e superficial-, afirma. ”A pessoa que quer pilotar jatos tem um certo tipo de caráter”, explica. “Passei dez anos me preparando para ir para a guerra. Fui capaz de conter o meu horror. Aquilo era o Iraque, era guerra, as circunstâncias eram anormais”.

Peters conta que voltar à vida normal foi “fácil” para ele, apesar da grande repercussão que seu retorno teve na mídia britânica.

Calma Profunda

Entretanto, civis sem treinamento militar, como Tim Coulson, precisam contar com suas próprias reservas de força interior para manter a calma em momentos de crise.

Os ataques de 7 de julho de 2005 contra três estações de metrô e um ônibus em Londres deixaram 52 pessoas mortas.

Junto com duas outras pessoas, Coulson arrombou a janela de um vagão do metrô para poder entrar e ajudar vítimas dos atentados.

Ele viajava no vagão adjacente quando o trem, que saía da estação de Edgware Road, no centro de Londres, foi explodido.

Coulson salvou a vida de uma auxiliar de escritório australiana, Alison Sayer. O empresário Michael “Stan” Brewster, no entanto, morreu nos seus braços.

Coulson, um ex-professor da cidade de Henley-on-Thames, diz que não se sente “heroico”.

-Senti que era importante confortar Stan da maneira que fosse possível e assegurar algo em que acredito verdadeiramente: ninguém deve morrer sozinho. Quando auxiliava Alison, estava determinado a não deixar que ela morresse-, conta.

Tanto Tim Coulson quanto Pam Warren falam da “estranha calma” que sentiram logo após os acontecimentos.

-Havia um reconhecimento de que não sabíamos o que tinha acontecido conosco mas precisávamos trabalhar juntos por algo melhor. Havia uma paz muito marcante naquele momento-, disse Coulson.

Warren concorda. “Uma coisa que lembro do acidente foi quão calmos todos estavam, calmos e solícitos”.

Estação de trem em Londres deve se tornar maior 'ponte solar' do mundo

Uma estação de trem construída sobre o rio Tâmisa, em Londres, está prestes a se tornar a maior "ponte solar" do mundo, com a instalação de 4,4 mil painéis solares em seu telhado.

A ponte de Blackfriars, construída em 1886, tem 281 metros de comprimento e serve de fundação para a estação de trem de mesmo nome, que está sendo reformada.
Seu novo telhado, que será adicionado à estrutura original da ponte, terá mais de 6 mil m² de painéis solares, criando o maior sistema de captação de energia do sol em Londres.

Instalação de paineis solares em Blackfriars. Foto: solarcentury.co.uk

A instalação dos painéis solares em Blackfriars deve terminar em 2012 

Projeto da estação de Blackfriars. Foto: solarcentury.co.uk 
Nova estação de Blackfriars terá 4,4 mil painéis solares em seu telhado

A previsão é que os painéis solares, que começaram a ser instalados em outubro, gerem em torno de 900 mil kWh por ano, fornecendo 50% da energia consumida pela estação e reduzindo as emissões de gás carbônico em cerca de 511 toneladas anuais.

Além dos painéis solares, outras medidas de economia de energia adotadas na nova estação incluem sistemas para coleta de água da chuva e o uso de "canos solares" para aproveitar a luz natural.

"A ponte férrea vitoriana em Blackfriars é parte da história de nosso sistema ferroviário. Construída na 'idade do vapor', nós estamos a atualizando com uma tecnologia solar do século 21 para criar uma estação icônica para a cidade", diz o diretor do projeto, Lindsay Vamplew.

A obra de instalação dos painéis solares em Blackfriars deve terminar em 2012. Além dela, a única "ponte solar" conhecida no mundo é a ponte de Kurilpa, em Brisbane, na Austrália, construída em 2009.


http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/11/111118_londres_ponte_solar_rp.shtml

Ipanema e Barra levará 13 minutos, diz governo



Cariocas levarão 34 minutos do Centro do Rio à Barra com implantação de nova linha

 
Passageiros que usarem a Linha 4 do metrô do Rio, que ligará a Barra da Tijuca, na Zona Oeste, a Ipanema, na Zona Sul, levarão 13 minutos para percorrer o trajeto, de acordo com o governo no estado. 

A informação foi revelada nesta sexta-feira, durante entrevista coletiva no Palácio Guanabara.

O governo do Estado definiu o trajeto e o número de estações da Linha 4 do metro, que ligará a Barra à Zona Sul. A Linha 4 vai transportar mais de 300 mil pessoas por dia e contará com as estações Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Praça Antero de Quental, Jardim de Alah e Praça Nossa Senhora da Paz, que fará conexão com ramal da linha 1 na Praça General Osório. Segundo o secretário de estado da Casa Civil, Régis Fichtner, a linha 4 vai tirar cerca de 2 mil veículos por hora, ou 48 mil por dia das ruas da região.

Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
 Obra deve ficar pronta no fim de 2015, diz governo 

Com a nova linha, que terá 14 km de extensão e será interligada à Estação General Osório, o morador da Barra da Tijuca poderá chegar à Pavuna em 1h20 min. O deslocamento da Barra ao Centro (Estação Carioca) levará 34 min. Para percorrer todo o trajeto, o passageiro pagará uma tarifa, que hoje é de R$ 3,10.

O governo do estado e o Consórcio Rio-Barra estão providenciado o licenciamento ambiental para as estações da Zona Sul. A previsão é de que as obras comecem na Zona Sul no início do ano que vem.

Atualmente, o sistema metroviário do Rio  conta com 30 composições. A partir de 2012, 19 novos trens começam a chegar para operar nas linhas 1 e 2. Em dezembro de 2015, com a inauguração da Linha 4 do metrô, chegarão mais 17 composições.

Ao todo, serão 66 trens operando em todo o sistema metroviário da cidade, mais do que o dobro do número atual.

Fichtner disse nesta sexta-feira que o novo trecho não aumentará a superlotação no metrô. E disse que o problema da superlotação só será resolvido em 2013. “O metrô é muito cheio hoje porque não tem trem.

Os intervalos são de 5 a 6 minutos. São intervalos muito grandes. A superlotação só será resolvida a partir de janeiro de 2013 quando terá chegado a maior parte dos trens”, disse, referindo-se aos trens das linhas 1 e 2 que já deveriam ter chegado ao Rio.

http://odia.ig.com.br/portal/rio/html/2011/11/linha_4_do_metro_trajeto_entre_ipanema_e_barra_levara_13_minutos_diz_governo_207096.html

Primeira revista científica sobre acessibilidade!

www.revistacientifica.laciudadaccesible.com
 colaboração: Eliete Mariani

17 novembro 2011

Lisboa: Metro recebe prémio mundial de marketing

Lisboa: Metro recebe prémio mundial de marketing

Lisboa: Metro recebe prémio mundial de marketing
Clique no link abaixo para ver o vídeo dos 50 anos do Metro de Lisboa
Esta notícia tem conteúdo multimédia, clique aqui para visualizar

http://www.boasnoticias.pt/multimedia_8846.html


O Metropolitano de Lisboa conquistou um prémio internacional de marketing graças ao filme publicitário desenvolvido para a comemoração dos seus 50 anos. A empresa portuguesa ganhou o galardão de melhor campanha na categoria "Filme Publicitário", no âmbito dos UITP Marketing Awards, entregues pela União Internacional de Transportes Públicos.

De acordo com a notícia publicada na página oficial do Metro, o filme vencedor, intitulado "50 Anos a Transportar Lisboa", promove a história e atividade deste meio de transporte lisboeta, "transmitindo os elementos pesssoaise distintivos da marca e da sua cultura, como a modernidade, o dinamismo, a eficiência e eficácia do seu serviço".

O filme, com 45 segundos de duração, foi lançado em Outubro de 2010 e conta ainda com a célebre música do clássico infantil "A Branca de Neve e os SETE Anões", que transmite a ideia de "mobilidade para qualquer fim". Isto é, a ideia de que o Metro permite o acesso a todo o tipo de locais e momentos: idas à escola, ao trabalho, ao futebol, entre outros.

A concurso estavam também campanhas publicitárias provenientes de múltiplos países, sendo os finalistas, a par de Portugal, originários de Brasil, Suíça, Reino Unido e Itália. A eleição foi feita com a participação do público, que votou nas diferentes campanhas através de um site criado especialmente para o efeito.

Os UITP Marketing Awards têm o objetivo de premiar a criatividade dos seus membros nas áreas da comunicação e publicidade, distinguindo exemplos de criatividade e inovação e cultivando o orgulho pela utilização de transportes públicos.

Os resultados da votação foram anunciados na Conferência Internacional da UITP, que se realizou em Veneza entre os dias 6 e 8 deste mês.

http://www.boasnoticias.pt/noticias_Lisboa-Metro-recebe-pr%C3%A9mio-mundial-de-marketing_8846.html

Manobras no metrô de NY

Carlos Hauck

Todo mundo sabe que andar de skate no metrô é proibido. Se esta regra vale para o Brasil, imagine então em Nova York? Mas uns malucões norte-americanos parecem não estar nem aí pra lei e resolveram andar de skate por lá assim mesmo.

O grupo divulgou um vídeo na internet, onde mostram manobras inacreditáveis no carrinho, enquanto os seguranças estão distraídos. Uma atividade super arriscada, mas vale pela captura de belos flips.

http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_13/2011/11/16/ficha_ragga_noticia/id_sessao=13&id_noticia=46448/ficha_ragga_noticia.shtml

Dilma anuncia verba para metrô



A visita da presidente Dilma Rousseff (PT) a Salvador na próxima sexta-feira para anunciar o aporte de investimentos na área de mobilidade urbana deve movimentar as expectativas da gestão estadual de ampliar os projetos de melhorias para o setor na capital e municípios da Região Metropolitana (RMS).

Ainda não se sabe o volume de recursos que serão garantidos pela chefe de Estado, mas segundo o secretário de Planejamento do Estado, Zezéu Ribeiro o governo tentará sensibilizar a presidente sobre a necessidade de maior atenção a essas demandas, retirando a cidade do atraso no setor de transporte urbano.

Além do anúncio por parte do governo federal, no momento a perspectiva é de que até primeira quinzena de dezembro seja concluído o termo de referência, que conforme o titular define a estruturação e edital com modelo de contrato.

Em seguida, será feita a licitação para definir a empresa ou consórcio que irá construir e operar o sistema de transporte metropolitano entre os municípios de Lauro de Freitas e Salvador. Segundo dados da Seplan, todas as intervenções estão estimadas em cerca de R$ 3 bilhões, integrando um modelo que abrange metrô, ônibus, trem, ciclovias.

A expectativa é que as obras tenham início ainda no primeiro semestre de 2012. Segundo o secretário, essa foi a garantia dada pelas empresas participantes do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI). “Todas que participaram do estudo se comprometeram, mas sabemos que essa não é uma obra vertical por envolver várias frentes, havendo construções simultâneas”, frisou. 

Zezéu também destaca a tentativa de convencimento da gestão Wagner em mostrar para o governo federal a importância da realização do projeto escolhido. “Nós ficamos co m uma  carga muito grande da herança no transporte coletivo e agora no metrô que não teve sua linha 1 concluída. Essa está sob a responsabilidade da  prefeitura. Isso não depende apenas de tecnologia, mas de gestão e de recursos”, afirmou.

Vale lembrar que para as intervenções já foram comprometidos R$570 milhões, montante, inicialmente aprovado pelo Ministério das Cidades para o uso de BRT, mas que está sendo discutido. No estudo foi também  informado que haveria um custo total de R$ 3 bilhões, sendo R$ 2 bilhões pelo governo federal e os demais pela iniciativa  privada. Conforme o secretário, o projeto é de longo prazo, porque além da linha 1 do metrô tem ainda a linha 2 na Avenida Paralela.

http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=98649 

Governo de São Paulo deverá investir até R$ 40 bilhões através de PPPs

Parcerias serão para projetos nas áreas de saneamento, mobilidade urbana, saúde, habitação e sistema prisional





Divulgação: Metrô
Linha 4 do Metrô é uma das PPPs em andamento
O valor investido pelo governo de São Paulo em parcerias público-privadas deverá chegar até R$ 40 bilhões, divididos em 18 empreendimentos. Essas PPPs deverão englobar projetos nas áreas de saneamento, mobilidade urbana, saúde, habitação e sistema prisional. "As PPPs vão deslanchar à medida que o Estado incorporar esse tipo de investimento como regra. Antes, PPP era exceção", diz Guilherme Afif Domingos, vice-governador de São Paulo.
 
Atualmente, o governo trabalha com três PPPs: a Linha 4 do Metrô, a estação de tratamento de água de Taiaçupeba (Sabesp) e a modernização da linha 8-Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Segundo Afif, o Estado conta com o incentivo da iniciativa privada para alavancar o processo, através das manifestações de interesses. "Precisamos da pressão do mercado para acelerar a burocracia pública."
Dentre os novos projetos colocados em estudo no Conselho Gestor de PPPs, estão empreendimentos de mobilidade urbana como o trem expresso ABC, a Linha 6-laranja do Metrô, um trem para Campos do Jordão e uma rede de trens metropolitanos formada pelas linhas que ligarão a capital a Santos, Sorocaba, Campinas e São José dos Campos.

Já no setor de saneamento, Afif Domingos citou projetos da Sabesp para investimento nos sistemas de água e esgoto nas bacias de São Lourenço, Baixada Santista, Sarapuí, Sorocaba, Médio Tietê e Litoral Norte, e a manutenção da calha do rio Tietê. Outros projetos são a construção de casas populares, piscinões, hospitais, parques tecnológicos e um pátio de desmanche de veículos, além da ampliação do Centro de Exposições Imigrantes.
 http://www.piniweb.com.br/construcao/infra-estrutura/governo-de-sao-paulo-devera-investir-ate-r-40-bilhoes-241322-1.asp

Metrofor promete conclusão de metrô de Fortaleza até o fim de 2011


Início das operações está programado somente para 2013, diz Metrofor.
Obra faz parte de pacote de mobilidade para Copa do Mundo de 2014.


Após mais de dez anos, as obras do metrô de Fortaleza devem ser concluídas até o final deste ano, segundo a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor). 

A previsão é de que até o fim de 2012, sejam iniciados os testes com passageiros. No entanto, o início das operações só está programado para 2013. A obra já recebeu um investimento total de R$ 1,705 bilhão
.
A linha sul ligará o Centro de Fortaleza aos municípios de Pacatuba e Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O metrô terá 24,1 km de extensão em via dupla, sendo 18 km de superfície, 3,9 km subterrâneo e 2,2 km em elevado.

O metrô de Fortaleza terá 20 estações de passageiros: Carlito Benevides (antiga Vila das Flores); Jereissati; Maracanaú; Virgílio Távora (antiga Novo Maracanaú); Rachel de Queiroz (antiga Pajuçara); Alto Alegre; Aracapé; Esperança (antiga Conjunto Esperança); Mondubim; Manoel Sátiro; Vila Pery; Parangaba; Couto Fernandes, Porangabussu; Benfica; São Benedito; José de Alencar (antiga Lagoinha); Central – Xico da Silva (antiga João Felipe); Juscelino Kubitschek e Padre Cícero. Ao todo, serão 20 trens que formarão dez composições de 80 metros, cada.

A implantação do metrô de Fortaleza é considerada a maior obra estruturante de Fortaleza pelo Governo do Estado. A obra está inclusa no Plano de Mobilidade Urbana da Copa do Mundo da Fifa de 2014, com a expectativa de que o metrô atenuar problemas de ordenamento do trânsito.


13 novembro 2011

Veja imagens do projeto do monotrilho da zona leste



Transporte levará os passageiros da Vila Prudente até a Cidade Tiradentes

Daqui a dois anos, os moradores da zona São Paulo terão uma nova opção de transporte: o monotrilho. O projeto contempla levar os paulistanos da Vila Prudente, na linha 2-Verde do Metrô, até a Cidade Tiradentes.

O prazo para 2013, no entanto, corresponde apenas ao primeiro trecho, entre a Vila Prudente e Oratório. O segundo trecho, até São Mateus, deverá iniciar o funcionamento em 2014, e a chegada a Cidade Tiradentes, deve ser em 2015.

A opção do Metrô de São Paulo pelo monotrilho na ligação de Vila Prudente à Cidade Tiradentes levou em consideração o tempo menor de implantação do sistema em relação ao metrô normal, além da possibilidade de atender mais passageiros por hora/sentido.

De acordo com o secretário de Estado de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, a opção pelo monotrilho também vai reduzir desapropriações na região. A extensão da linha, suspensa a uma altura de 12 a 15 metros, vai avançar ao longo das avenidas Luiz Inácio de Anhaia Melo, Sapopemba, Metalúrgicos e estrada do Iguatemi.

Segundo afirmação do gerente do empreendimento, Paulo Sérgio Meca, do Metrô, durante a 17ª Semana de Tecnologia Ferroviária, em setembro, o monotrilho será o de maior capacidade do mundo.

A linha terá capacidade para transportar 40 mil passageiros por hora, em cada sentido, e um total de 500 mil pessoas por dia. De acordo com o consultor e mestre em engenharia de transportes Sergio Ejzenberg, a capacidade dos monotrilhos ficam em torno de 30 mil passageiros por hora por sentido.

Os trens usarão tecnologia driverless (trens sem condutores) e estima-se que as estações abriguem, em média, seis passageiros por m². Atualmente, a linha Vermelha abriga 11 pessoas por m².

O primeiro trem do monotrilho, um protótipo que será fabricado em Kingston, no Canadá, e servirá de modelo para a construção no Brasil, entrará em fase de testes em março do ano que vem. Os demais carros serão fabricados em Hortolândia, no interior de São Paulo.

http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/veja-imagens-do-projeto-do-monotrilho-da-zona-leste-20111110.html



Estado terá mais R$ 1,46 bilhão para investimento



Tarso Genro assinou termo em Brasília ao lado de Dilma e Mantega
Tarso Genro assinou termo em Brasília ao lado de Dilma e Mantega
 
O governo federal autorizou, nesta quinta-feira, o Rio Grande do Sul a tomar empréstimo no valor de R$ 1,466 bilhão para implementar projetos e programas, como o Procofins, metrô e ações de oportunidades e direitos, conforme antecipou o Jornal do Comércio. Segundo a presidente Dilma Rousseff, o que o Brasil conseguiu, com essa ação, é uma grande maturidade institucional, ao descobrir que é possível compatibilizar solidez fiscal e investimentos. "Principalmente numa conjuntura em que o mundo passa por grandes dificuldades, essa capacidade dos nossos estados de ter conseguido abrir espaço para o investimento é algo que temos que comemorar e assegurar que seja permanente", afirmou.


Para o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, com esta ação, o Brasil diferencia-se dos países centrais em crise, que passam por demissões, proibição de investimentos, redução da proteção social e aumento da pobreza e desemprego. "Enquanto isso, o Brasil ordena e estrutura, com os estados, investimentos e distribuição de renda. Temos orgulho de ver o esforço que o governo federal tem em ajudar os estados para crescerem e se desenvolverem", ressaltou Tarso.

O Rio Grande do Sul vem registrando, nas últimas décadas, uma diminuição nos índices de investimentos com recursos próprios, devido às dificuldades financeiras que afetam as contas públicas do Estado. Em 2009, por exemplo, o Estado investiu 3,83% da receita líquida real, enquanto a média dos demais estados foi 15,1%. Para reverter esse cenário, o governo gaúcho está trabalhando para aumentar a arrecadação e buscando financiamentos externos. Já estão em fase final de negociação os empréstimos com Banco Mundial, Bndes, BID e Caixa Econômica Federal, que juntos vão ultrapassar R$ 2 bilhões. 

Os recursos serão aplicados a partir de 2012.
Apesar de os financiamentos possibilitarem a realização de obras e projetos estruturais, eles diminuem a capacidade de o Estado realizar novas operações de crédito, já que o pagamento da dívida com a União, por exemplo, consome mais de 13% da receita do Executivo, reduzindo o espaço fiscal.

A autorização se deu com a assinatura de termo de entendimento para a ampliação de crédito fiscal, que faz parte do Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal dos estados para o período 2011-2013. Além do Rio Grande do Sul, outros cinco estados assinaram ampliação de crédito para investimentos - Alagoas, Maranhão, Minas Gerais, Paraná e São Paulo -, num total de R$ 21,325 bilhões. Em outubro, outros dez estados também assinaram a ampliação do crédito fiscal, somando R$ 15,7 bilhões.

Ampliação do teto pode zerar atrasos com Coredes


As obras públicas prioritárias, escolhidas por voto popular em cada um dos 28 Conselhos Regionais de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Coredes), e não realizadas no período entre 2004 e 2010 somam um passivo de R$ 150 milhões, segundo dados do Fórum dos Coredes. A entidade espera que a ampliação do crédito fiscal, firmada em Brasília, seja suficiente para que o Estado cumpra esses compromissos em três anos, conforme disse o presidente Hugo Reginaldo Chimenes.

"Outra questão que nos preocupa é a baixa efetividade do orçamento deste ano. As informações que temos indicam que dos R$ 165 milhões previstos para serem aplicados nos projetos escolhidos pela participação popular, só 10% foram executados até agora", apontou ele, que participou do seminário de avaliação entre o governo e os Coredes, realizado pela Secretaria do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã (Seplag), em Porto Alegre, nesta quinta-feira.

No encontro, os representantes dos 28 Coredes e das nove macrorregiões de planejamento discutiram aspectos da participação popular, do Plano Plurianual e da dívida pública. Eles reforçaram a proposta surgida no debate feito em Pelotas durante o mês de setembro, de que o Estado destine uma parcela mínima de 2% do orçamento para a execução das demandas retificadas pela população.

No encontro, a diretora do Departamento de Captação de Recursos da Seplag, Margareth Vasata, detalhou as ações previstas pelo Programa de Apoio à Retomada do Desenvolvimento do Estado (ProRedes), que está baseado em um empréstimo de US$ 480 milhões junto ao Banco Mundial (Bird) - e que depende do aval do governo federal.

Segundo ela, esse programa tem dez projetos, divididos em quatro áreas: melhoria da gestão pública; desenvolvimento do setor produtivo e da inovação tecnológica; melhoria dos espaços para a educação; e transportes, com foco na qualificação da malha viária. Essa última rubrica absorve mais de 50% dos recursos.

Margareth detalhou, ainda, que a construção de acesso asfáltico aos municípios gaúchos ainda não atendidos pelas rodovias pavimentadas faz parte de um programa semelhante, porém baseado em empréstimo de R$ 1,2 bilhão, a ser tomado com o Bndes.

Bônus e ônus

Trem que será utilizado no monotrilho da linha 2-verde, que pode ser adotado no ABC / Foto: Divulgação
A necessidade mais que urgente de medidas que possam minimizar o impacto do caótico congestionamento da região metropolitana emerge discussões que, despidas de bandeiras partidárias dos governos de plantão, mostra que não existe um modelo “tecnicamente perfeito”. 

As opções apresentadas têm prós e contras.

Assim como ocorre em alguns Estados que irão sediar a Copa do Mundo, no ABC, o debate sobre qual modelo será adotado para fazer o transporte esquenta a discussão. O projeto adotado pelo Estado é o monotrilho.

Porém, o monotrilho não era a única opção do Estado. O professor da FEI, Creso Peixoto, explica que, no contexto local, o BRT (do inglês Bus Rapit Transit, ou transporte rápido por ônibus) também seria uma alternativa. “Ele é mais econômico o que permitiria um traçado maior”, afirma o especialista.

O monotrilho, orçado em mais de R$ 4,2 bilhões, contemplará um percurso de 28 km. O mesmo aporte financeiro, segundo o professor, permitiria um traçado três vezes maior se o equipamento fosse o BRT.
A capilaridade do veículo sobre pneus, segundo Creso, auxilia no gargalo da morosidade da expansão, por exemplo, do Metrô. Enquanto no México são pavimentados 6 km por ano, no Brasil o índice é reduzido a 2 km. “Uma reengenharia técnica e financeira permitiria imprimirmos uma velocidade maior”, explica o mestre em Transportes.

Bônus e ônus

Os dois modais encontram eco no que diz respeito ao bônus e ao ônus. Se o BRT é mais econômico e, por possuir, no molde terrestre, linhas exclusivas para a circulação dos ônibus, fato que facilita também a flexibilidade da linha, o monotrilho é mais econômico no consumo de energia, além de ser um projeto mais impactante no que diz respeito ao visual.

O monotrilho é propulsionado por energia elétrica e tem normalmente pneus em vez das usuais rodas de ferro. Estes pneus rolam por cima e pelos lados do trilho, de forma a fazer movimentar e estabilizar. Trata-se de um sistema automático, sem condutor, elétrico e não poluente. No Brasil, o único sistema de monotrilho existente é o de Poços de Caldas (MG).

Já o BRT é um modelo de transporte coletivo de média capacidade. Constitui-se de veículos articulados ou biarticulados que trafegam em canaletas específicas ou em vias elevadas. Várias capitais como Curitiba (PR) e Goiânia (GO) adotaram o BRT como meio mais econômico de construir do que um sistema de metropolitano (Metrô), com capacidade de transporte de passageiros similar à de um sistema de VLT.

O primeiro BRT foi implantado em 1979, na capital paranaense.

Na região

O traçado de 28 km de extensão no ABC deverá ter início no primeiro semestre de 2012 e partirá da estação Tamanduateí, em São Paulo. Ao todo, serão construídas 12 estações até o Paço de São Bernardo: Carioca, Goiás, Espaço Cerâmica, Estrada das Lágrimas, Rudge Ramos, Instituto Mauá, Afonsina, Fundação Santo André, Winston Churchill, Senador Vergueiro, Baeta Neves e Paço.

Por ser administrado pelo Metrô, o traçado foi batizado de linha 18-bronze. A distância média entre as paradas será de 600 a 1.000 metros e caso seja de média capacidade receberá 30 mil passageiros/hora. 

A segunda fase do projeto, que ligará o centro de São Bernardo até a região do Alvarenga abrangerá mais seis estações: Djalma Dutra, Lauro Gomes, Ferrazópolis, Café Filho, Capitão Casa e Estrada dos Alvarenga.

Orlando defende escolha

O deputado estadual Orlando Morando (PSDB), integrante da comissão de Transportes da Assembleia Legislativa de São Paulo, defende a implantação adotada pelo governo do Estado.
O parlamentar, que acompanhou o projeto desde a concepção, lista os benefícios do monotrilho. “Pela questão urbanística, qualidade, velocidade do Metrô (90 km/h) que não tem no BRT, além de ser amplamente menos poluente. O mundo moderno transporta sobre trilho”, defende.

A elevação que dará suporte ao equipamento terá a altura média de um poste (7 a 8 metros). Indagado sobre as modificações dos planos - Urbano e Diretor – dos municípios, como sugere o engenheiro e presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense, Orlando Morando diz que a realidade não condiz com a teoria. “Isso é uma utopia. Não vamos fazer uma cidade no entorno do traçado. As pessoas não podem esquecer que têm o direito adquirido. Nós estamos trocando o pneu com o carro em movimento”, observa.

Durante visita ao ABC, no dia 14 de junho, o governador Geraldo Alckmin falou da empreitada. "Tivemos uma grande conquista com a linha 18 do Metrô, que é a Integração Tamanduateí. Lá, já temos estação de metrô - a Linha 2; e, de trem, a Linha 10 da CPTM. Dessa estação partirá o Metrô Leve, o monotrilho, para São Bernardo . Será uma obra regional, porque sai de Tamanduateí, atende São Caetano e Santo André. Irá até o Paço Municipal e numa segunda etapa, até Grande Alvarenga, atendendo as regiões ainda mais populares", afirmou.

Brasiliense questiona plano diretor

A implantação do BRT ou do monotrilho sem um rearranjo geral na matriz de transportes da cidade e um esforço no sentido de ampliação da mobilidade urbana pode representar não um avanço, mas um grande retrocesso. É preciso, segundo Ailton Brasiliense, projetar o equipamento no contexto de um Plano de Mobilidade Urbana abrangente e inclusivo.

A mobilidade dos pedestres, dos ciclistas, dos portadores de necessidades especiais, em suas diversas finalidades, deve ser levada em conta, bem como a densidade no entorno de todo traçado, segundo o engenheiro. “Antes de se perguntar o que é mais viável, é preciso fazer outro questionamento. 

Cadê o plano diretor de cada cidade envolvida (Santo André, São Bernardo e São Caetano)? Como ficarão as moradias e o comércio ao longo do corredor?, provoca Ailton Brasiliense. “Não basta ter alta ou média capacidade, é preciso associar o plano diretor de transporte ao plano diretor das cidades”, sustenta.

Brasiliense explica que o modal deve ser feito com lupa na demanda. “Se for transportar uma média de 10 mil a 12 mil passageiros/dia pode se pensar em algo ‘no chão’, porque o impacto no sistema semafórico (Plano de Circulação) é menor. Se a demanda for maior do que isso – como é projetada no ABC – o mais apropriado é que se construa uma via própria sobre pneu ou trilho”, acredita.

Governo chegou a cogitar VLT

O governo do Estado definiu o monotrilho como o modelo de transporte que será utilizado na linha 18-bronze. Inicialmente, foi cogitada a possibilidade de se adotar o VLT (veículo leve sobre trilhos). Os dois sistemas têm características distintas, como a capacidade de transporte. O VLT pode transportar até 15 mil pessoas por hora. Já o monotrilho consegue levar cerca de 50 mil usuários no mesmo período, levando em consideração as duas direções do trajeto.

Os vagões de ambos os sistemas são alimentados por energia elétrica. No entanto, há diferenças na superfície de contato dos trens. O VLT possui rodas de aço, e como o próprio nome sugere, circula em cima de trilhos, semelhante ao funcionamento de bondinhos. Já o monotrilho funciona sobre pneus.
O diretor de Comunicação da Bombardier, Luis Ramos, acredita que o monotrilho oferece mais vantagens. “É mais barato que o Metrô, sem contar que o tempo para construção da linha também é menor”, diz. 

Ramos aponta, ainda, outro ponto positivo. “Como o monotrilho funciona com pneus, ele também gera menos barulho do que outros meios de transporte”, explica. A canadense Bombardier é a responsável pela construção dos trens que serão utilizados no monotrilho que vai ligar a vila Prudente até a Cidade Tiradentes, na Capital.

O tamanho dos vagões varia de acordo com o modelo. O trem que será utilizado na expansão da linha 2-verde do Metrô, por exemplo, terá sete vagões, com 13 metros cada. Como o projeto do monotrilho do ABC ainda está em fase inicial, não está definido que tipo de veículo será utilizado – muito menos a empresa que construirá os vagões.
Padrão
O sistema de monotrilho está sendo adotado como padrão das futuras linhas elevadas que o Metrô pretende construir, entre elas a linha 18-bronze. O projeto mais avançado é o prolongamento da linha 2-verde, que já está em construção e está previsto para ser entregue parcialmente em 2012.

Outra obra que segue o mesmo padrão é a linha 17-ouro, que vai ligar a estação Jabaquara do Metrô até a futura estação São Paulo-Morumbi da linha Amarela. O trecho se destaca pelo fato de passar pelo aeroporto de Congonhas.
O Metrô pretende ainda construir outra linha de monotrilho na Capital: a linha 16-prata, que deverá sair da estação Lapa da CPTM e passar por bairros, como vila Dionísio e jardim Primavera, próximo à avenida Inajar de Souza.

Monotrilho enfrentou resistência em SP

Novo minhocão. Desta forma os moradores do Morumbi classificaram o projeto da linha 17-ouro. O temor dos moradores é que o monotrilho desvalorize os imóveis da região, assim como ocorreu com o Elevado Costa e Silva, a famosa via inaugurada nos anos 1970 que virou sinônimo de mau gosto na região central da Capital.

A mobilização dos moradores foi tanta, que representantes do Morumbi chegaram a conseguir na Justiça a paralisação das obras. A representação feita ao Ministério Público pela Associação dos Moradores da vila Inah resultou em ação civil pública e paralisou o andamento do projeto. Posteriormente, o governo do Estado reverteu a decisão.
A previsão de desapropriações de casas de alto padrão foi outro ponto que desagradou os residentes do bairro da Zona Oeste da Capital. Moradores dos bairros do ABC por onde passará a linha 18-bronze não esboçam – pelo menos, por enquanto -, resistência ao monotrilho.

“Aqui não é o Morumbi”, afirma a freira e líder comunitária Adriana Rubino. A religiosa reside no jardim das Orquídeas, um dos bairros que integram a região do Alvarenga, de onde partirá o monotrilho do ABC. “Aqui as casas são mais simples, acredito que não vai ter toda essa resistência que teve em São Paulo. Acho que as pessoas vão receber bem o monotrilho, como forma de transporte mais rápida”, acredita.

Na Zona Leste, parte dos moradores se mobiliza contra o monotrilho que vai passar pela região, como parte da expansão da linha 2-verde. Os residentes recolhem assinaturas em protesto ao modelo de transporte escolhido. “A resistência de moradores de alguns bairros pode ser compreendida pela falta de conhecimento. O monotrilho é uma estrutura de elegância enorme, valoriza os espaços onde é instalado”, acredita o diretor de Comunicação da Bombardier, Luis Ramos.

Preconceito

O próprio secretário de Transportes Metropolitanos reconhece que não era entusiasta do monotrilho, mas mudou de ideia. “Nós precisamos inovar. Não dá pra pensar em resolver um problema dessa complexidade, falando simplesmente em feijão com arroz, como Metrô e corredor de ônibus. Eu mesmo venci barreiras de preconceito”, afirma Jurandir Fernandes.

“Na primeira vez que ouvi falar em monotrilho me pareceu coisa de parque de diversões, porque não estava acompanhando a evolução tecnológica desse sistema. Após estudo verifiquei que é possível utilizar esse sistema”, completa o secretário.

VLT: obras estão previstas para janeiro de 2012

Se iniciadas no prazo, previsão é de que trabalhos sejam concluídos no segundo semestre de 2013
Deverão ter início em janeiro de 2012 as obras civis para a instalação do ramal Parangaba-Mucuripe do Metrô de Fortaleza, que interligará as duas localidades da capital cearense por meio de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT). Esta é a expectativa do governo estadual, que recebeu ontem, na Comissão de Licitações da Procuradoria-Geral do Estado do Ceará (PGE), as propostas de empresas para a licitação do projeto. Ao todo, oito consórcios e duas empresas concorrerão no certame.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), a previsão para o término das obras é para o início do segundo semestre de 2013.

O valor máximo a ser pago pelo governo, de acordo com edital publicado, é de R$ 205,19 milhões, e será escolhido como vencedor o consórcio ou empresa que apresentar o menor preço para o serviço.

Concorrentes à licitação
Entregaram a documentação, que consta dos dados de habilitação e proposta de preço, os seguintes consórcios: Acciona (Acciona do Brasil Ltda e Acciona Infraestructuras S.A); Aterpa/Emsa/J Dantas; Construcap/Cetenco/Engefel (Construcap CCPS Engenharia e Comércio S/A, Cetenco Engenharia S/A e Engefel-Engenharia Civil e Ferroviária Ltda); CPE-VLT Fortaleza (Consbem Construções e Comércio, Construtora Passarelli e Engexata); Consórcio EIT - Edeconsil (EIT Construções S/A Edeconsil Construções e Locações); Consórcio Tiisa Triunfo (Iesa Infra Estrutura S/A, Mercurious Engenharia S/A, DP Barros Pavimentação e Construção Ltda); Consórcio Marquise-Constran (Construtora Marquise S/A e Constran S.A Construção e Comércio), Consórcio Petra-Realidade-Convap (Petra Construtora Ltda, Realidade Engenharia Ltda e Convap Engenharia e Construçoes), e as empresas Galvão Engenharia e Mendes Junior Trading e Engenharia.

Análise
Ontem, foram abertos os envelopes contendo os documentos de habilitação das empresas, que serão analisados por equipe técnica na Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).

O julgamento será divulgado em sessão pública, em data a ser ainda divulgada, segundo informou a PGE. As propostas comerciais permanecerão sob a guarda e responsabilidade da comissão, lacradas e rubricadas até a data de suas aberturas.

O ramal do VLT passará por 22 bairros da Capital, percorrendo 12,7 quilômetros entre a Estação Parangaba e o Porto do Mucuripe.

Valor máximo
205 milhões é o valor máximo a ser pago pelo governo. Vencerá quem se propuser a fazer o serviço pelo menor preço

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Ramal passará por 22 bairros, percorrendo 12,7 Km entre a Estação Parangaba e Mucuripe

Modelo de vagão para monotrilho é apresentado em feira de SP


Trem sairá da estação Vila Prudente do Metrô e seguirá por 24,5 km.
Viagem que hoje leva duas horas deverá ser feita em 50 minutos.

  Foi apresentado nesta terça-feira (8) o modelo do vagão que vai andar no monotrilho entre a estação Vila Prudente do Metrô e a Cidade Tiradentes, na Zona Leste de São Paulo. A linha ainda está em obras e só deve começar a funcionar em 2013.

Na feira de trilhos, rodas de trens e máquinas, o interesse não é só para quem trabalha na área ferroviária. No local, está a maquete em tamanho real do veículo que deve facilitar a vida de quem vive no leste da capital paulista.

O monotrilho vai sair da estação Vila Prudente da Linha Verde-2 do Metrô e seguir por 24,5 km até o bairro de Cidade Tiradentes. A promessa é que, em vagões desse tipo, a viagem, que hoje leva duas horas, seja feita em 50 minutos.

Cada trem terá sete vagões. Como o intervalo entre as viagens será de 75 segundos, o monotrilho poderá transportar até 48 mil passageiros por hora em cada sentido. O monotrilho é feito de alumínio e fibra de carbono, materiais usados na fabricação de aviões. Os vagões são resistentes e mais leves.

“São 15 toneladas, enquanto o metrô convencional tem mais ou menos 40 toneladas por cada carro. Você consegue trazer mais pessoas em menos equipamentos”, afirma Serge van Themsche, vice-presidente da empresa fabricante.

As obras do monotrilho começaram em março de 2010. Na Avenida Luiz Inácio de Anhaia Mello, estão alguns pilares que vão sustentar os trilhos. Ao lado da Estação Vila Prudente, está sendo construída outra estação que vai unir o monotrilho, o Expresso Tiradentes e o Metrô.

“Daqui da Vila Prudente à Estação Oratório, são 2,9 km de extensão. Nós prevemos entregar no final de 2013. Está andando tudo normalmente, conforme o previsto”, afirma Paulo Sérgio Meca, gerente do Monotrilho. A última etapa da obra, que vai levar monotrilho à Cidade Tiradentes, só deve ficar pronta em 2016, quando vai beneficiar meio milhão de pessoas por dia.

vídeo -> 
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/11/modelo-de-vagao-para-monotrilho-e-apresentado-em-feira-de-sp.html

 

13 anos para entrar nos trilhos


Quem nasceu em janeiro de 1999 tem a mesma idade do início das obras do Metrô de Fortaleza, 12 anos e 10 meses. Os trens devem rodar, em fase experimental, em junho de 2012, para operar comercialmente, no final do mesmo ano, ou seja, mais de 13 anos após o seu início.

Erros de projeto e de planejamento provocaram os atrasos, com diversos aditivos de contrato, mudança de consórcio, paralisação dos trabalhos e quase redução do projeto original para acelerar sua conclusão. Felizmente, tudo parece estar resolvido. O secretário da Infraestrutura do Estado, Adail Fontenele, comenta sobre os principais problemas da obra com investimento total de cerca de R$ 1,7 bilhão.

“Era preciso que a equação financeira fosse firme e que não ficasse a mercê de humores futuros, de quem iria dar dinheiro, que era do Governo Federal. Isso acabou trazendo dificuldade de repasse”. Para Fontenele, houve falha no planejamento orçamentário.

Outras situações não previstas no projeto ocorreram, o que também ajudou no atraso das obras, como a destruição da antiga Estação da Parangaba e do Lord Hotel, no Centro da Capital. Ambos geraram entraves com a população e com a Prefeitura Municipal. “Tudo o que foi preciso para essas obras serem realizada do jeito que foi planejada nós conseguimos fazer”, diz Fontenele. O secretário conclui que o Metrofor serve de exemplo de como não se deve fazer uma obra.

O presidente da empresa estadual Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), Rômulo Fortes, detalha que as principais falhas foram as mais comuns em várias obras. “Deveria ter iniciado com o projeto executivo, mas a lei permite que seja feito com o projeto básico. Isso é um erro. A lei não mudou, mas eu, como engenheiro, entendo que o certo era a gente ter uma legislação que obrigasse ter o projeto executivo”, cobra.

Fortes concorda que os recursos não ficaram garantidos desde o início. “No Brasil, as coisas eram feitas no orçamento palavrado. Sem recurso, a obra se arrasta. Se é um ritmo que não estava previsto, começa ficar mais caro, começam a demorar mais a fazer determinado tipo operação”, explica. O presidente diz que as obras ficaram paradas quatro ano, o que gerou um custo de cerca de US$ 6 milhões por ano.

Mudanças

Fortaleza não parou juntamente com o metrô e cresceu, obrigando mudanças no projeto. No início, estavam previstos circular 10 trens. Hoje, a necessidade é de 20, para transportar cerca de 350 mil passageiros por dia. “Já, já, vamos precisar de mais trens. A demanda vai se consolidando e a gente vai adquirindo mais trens. Está previsto mais cinco trens”, informou. Fortes assumiu o Metrofor em 2007, no auge dos problemas financeiros, mas acompanha as obras desde o início. “A gente espera que isso não se repita. Um erro grave cometido por uma questão de planejamento macro”, complementou o engenheiro. (Andreh Jonathas)
SAIBA MAIS

Linha Leste.
Está sendo trabalhado edital da Linha Leste do Metrofor, que vai partir do Centro de Fortaleza até o Fórum Clóvis Beviláqua. Segundo o secretário da Infraestrutura do Estado, Adail Fontenele, a licitação será realizada em 2012, já com o projeto executivo em mãos. “Embora seja uma obra debaixo do chão, estamos tento todos os cuidados para que não ocorram esses problemas. Vai custar cerca de R$ 3,3 bilhões, quase o dobro da Linha Sul”, informou.


Entenda o Metrofor

O Consórcio do Trem Metropolitano de Fortaleza foi criado em 25 de setembro de 1987, através da assinatura do Contrato de Constituição do Consórcio, pela RFFSA, Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU) e Governo do Estado do Ceará, com interveniência da União, através do Ministério dos Transportes.

O Contrato sofreu três aditivos de tempo: o primeiro, assinado em 1º de abril de 1993, teve seu prazo prorrogado por um ano; o segundo, assinado em 29 de março de 1994, também foi prorrogado por mais um ano e o terceiro, em 4 de abril de 1995, prorrogou-se por dois anos, com término previsto para 4 de abril de 1997.

A modernização dos serviços proposta deverá reduzir a poluição ambiental; reduzir o congestionamento das vias urbanas; reduzir acidentes de trânsito; diminuir efetiva nos tempos de viagens; reduzir os tempos de espera para os usuários, além de reduzir o custo operacional dos ônibus, pela racionalização prevista na concepção de integração dos sistemas.

As obras foram iniciadas em janeiro de 1999.

A quantidade de trabalhadores varia muito de acordo com cada fase da obra. Em 2001, esse número chegou a 2 mil pessoas simultaneamente.

O metrô entra em operação transportando cerca de 350 mil passageiros por dia. Isso será possível com a integração de todos os modais. Em 2014, durante a Copa , a expectativa é que sejam transportadas 600 mil pessoas por dia.

 http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2011/11/12/noticiaeconomiajornal,2333902/13-anos-para-entrar-nos-trilhos.shtml

Alemães negociam compra de fabricante cearense de trens


Companhia brasileira projetou e construiu as composições do Metrô do Cariri, que ligam Juazeiro do Norte ao Crato

 


Carro de passageiros em construção na fábrica da Bom Sinal. Modelo encomendado por Fortaleza

A alemã Vossloh está negociando a compra do controle da Bom Sinal, fabricante cearense de VLTs (nome dado aos bondes modernos). A informação foi confirmada por Olivier Dereudre, diretor dos escritórios da Vossloh no Brasil e na Argentina.


Sediada em Barbalha (CE), no sertão cearense, a Bom Sinal é a fornecedora dos trens usados no Metrô do Cariri, que liga Juazeiro do Norte ao Crato, e de Maceió, que cobre o trecho entre a capital alagoana a Lourenço de Albuquerque, na vizinha Rio Largo.

A empresa tem ainda em carteira trens para o ramal Parangaba-Mucuripe, do Metrô de Fortaleza, que deverão circular até a Copa de 2014; para o Metrô de Sobral (CE), com previsão de conclusão no ano que vem, e para Arapiraca (AL), Macaé (RJ) e Recife (PE).

Na avaliação de Dereudre, a venda seria a oportunidade de a empresa brasileira ter acesso a novas tecnologias de forma rápida e ganhar musculatura financeira para investir e brigar por projetos maiores no país. Para a Vossloh, significaria a entrada no Brasil com produção local e contratos em andamento, em um momento em que enfrenta queda no volume de vendas em nível global. Dereudre, porém, não fala em prazos e valores para a concretização do negócio.

Nova frente

O desembarque no Brasil soa como um bom negócio para os alemães, que além de trens para passageiros e locomotivas de carga, fabricam ônibus elétricos e equipamentos de infraestrutura ferroviária, como sistemas de sinalização. Mundialmente, no acumulado de janeiro a setembro, a companhia vendeu € 860 milhões de euros, 15% abaixo do mesmo período de 2010

Em seu último balanço trimestral, a Vossloh atribui a queda no desempenho principalmente a quebra de expectativa em mercados do Sul da Europa, como Espanha e Itália, e na China. Em toda a Europa, as vendas tiveram queda de 12,8% no período, para € 614 milhões.

Neste cenário, as Américas surgem como promessa. No ano, a região representou apenas 8,3% das vendas da Vossloh, em uma conta que inclui principalmente vendas nos EUA. Países como o Brasil são terreno virgem, com perspectivas bastante positivas. Dirigentes de entidades e executivos do setor estimam que só o mercado de trens regionais, em fase de retomada de projetos, poderá significar contratos de R$ 1,5 bilhão em trens, sem contar obras civis e sinalização.

Integração

Mas outros fatores animam Dereudre. Além de interesses complementares, as duas empresas adotam e desenvolvem tecnologias similares. Ambas fabricam VLTs movidos a diesel ou diesel-elétricos, para bitola métrica, o que poderia contribuir para uma eventual integração.

A bitola é a distancia entre a parte interna dos trilhos das estradas de trem. No Brasil, há dois tipos comuns. A irlandesa (larga), de 1,6 metros, usada nas em linhas de transporte de carga, e a métrica, de um metro, que predomina na malha brasileira e em um conjunto de 14 trechos que o governo federal pretende reativar nos próximos anos para incentivar o transporte ferroviário regional.

Por isso, a escolha do padrão métrico pode se tornar um trunfo, caso os projetos sejam licitados prevendo a manutenção da distância entre os trilhos. Alstom, Bombardier e Siemens, líderes do setor, não o utilizam. Preocupadas em desenvolver projetos de trens que possam ser vendidos ao maior número de mercados possíveis sem adaptações estruturais significativas, as três grandes fabricantes adotam prioritariamente a bitola internacional, de 1,435 metros, a mais comum na Europa e no restante do mundo. 

A briga pelos projetos, nesse caso, se restringiria a concorrentes um pouco menores, como a espanhola CAF e os italianos da Talgo. Bem mais ao gosto dos alemães e cearenses.

Procurada, a Bom Sinal não retornou a solicitação de entrevista.

 http://economia.ig.com.br/alemaes-negociam-compra-de-fabricante-cearense-de-trens/n1597362155077.html

 

Alckmin usará créditos fiscais em metrô, estradas e trens

 O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que vai investir os R$ 7 bilhões de crédito fiscal concedidos pelo governo federal principalmente em obras de mobilidade urbana. Ele pretende colocar os recursos em obras do metrô e trem na área metropolitana de São Paulo e investir em saneamento e em estradas no interior do estado.

O governador deu a declaração depois da solenidade de concessão do crédito no Palácio do Planalto. Hoje o Planalto anunciou R$ 21,3 bilhões de créditos para serem captados por sete estados, entre eles, São Paulo.

O governador não detalhou que linhas de metrô serão ampliadas, mas disse que pretende cobrir melhor a região do ABC. "Ainda não detalhamos o número da linha de metrô. No caso do trem, faremos a extensão da linha sul de São Paulo, do Grajaú até Panelheiros, expresso Guarulhos e metrô para o ABC. As obras mais caras são na metrópole, de outro lado, estradas para o interior".

Alckmin rechaçou a ideia de que a concessão de crédito, que acaba aumentando o teto de endividamento dos estados, esteja em confronto com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo ele, os critérios utilizados pelo governo para fazer o ajuste são consequência das medidas fiscais adotadas anteriormente pelos estados.

"Estamos colhendo os frutos da lei de responsabilidade fiscal. São Paulo, por exemplo, tinha uma dívida de R$ 2,2 bilhões, hoje é R$ 1,4 bilhão. Além disso, vem caindo o endividamento do estado, que mostra o esforço que foi feito de natureza fiscal. Isso vale também para os outros estados”. 

 http://www.dci.com.br/Alckmin-usara-creditos-fiscais-em-metro_-estradas-e-trens-5-397841.html

08 novembro 2011

São Paulo merece ônibus mais rápidos e confortáveis - Por Adalberto Maluf Filho*

Recentemente o Ministério Público do Estado de São Paulo recomendou à Prefeitura paulistana que seja elaborado o Plano Municipal de Mobilidade e instalado o Conselho Municipal de Transportes – previstos no Estatuto da Cidade (de 2001) e em lei, respectivamente.
 
Todo projeto de mobilidade visa reduzir o tempo de viagem das pessoas com o menor custo possível. Por isso, com tantas opções de modais disponíveis hoje, é necessário que se escolha os mais apropriados a cada contexto e que os diferentes meios (ônibus em corredores simples ou rápidos, metrô, ou metrô-leve) sejam complementares e integrados.
 
Não podemos ficar satisfeitos com a criação de uma ou duas novas linhas de transporte, se não tivermos uma rede alternativa, capaz de desafogá-las. Um exemplo é a expansão do metrô, que tem surtido efeito contrário do que se espera de um transporte público de qualidade – em vez de tirar as pessoas dos carros, vem tirando os usuários dos ônibus e, conseqüentemente, deixando-os superlotados mas não tirando carros da rua..
 
O Plano de Mobilidade de São Paulo deve focar na melhoria dos sistemas de ônibus, que podem melhorar muito se receberem os investimentos que merecem. Além de custarem menos, as estruturas para corredores eficientes de ônibus possuem vantagens operacionais inegáveis, quando comparadas com os meios sobre trilhos.
 
Os ônibus podem circular por corredores estruturais fisicamente separados do trânsito comum, mas também sair de um corredor para outro rapidamente. Assim, a mobilidade do próprio meio é mais eficaz. Nos horários de pico, os sistemas metroviários possuem menos versatilidade do que os ônibus, pois são limitados à baixa disponibilidade de composições na operação real. No caso dos corredores de ônibus, é possível circularem quantos veículos extras forem necessários para atender à demanda, melhorando a operação e oferecendo mais conforto no pico.
 
Nas regiões de menor volume de passageiros, os ônibus podem ultrapassar os veículos à frente, aumentando sua velocidade operacional, gerando economia de combustível e menor emissão de poluentes, enquanto os sistemas sobre trilhos precisam esperar as composições da frente e demandam difíceis baldeações para trocar linhas.
 
Merecem atenção os ônibus no sistema BRT (Bus Rapid Transit), principalmente pela possibilidade de criar linhas expressas - uma vantagem significativa em relação aos outros meios. O sistema BRT é caracterizado por faixas exclusivas, pagamento antecipado e estações fechadas, operação reorganizada em linhas estruturais (com alimentadoras), formando ampla rede, prioridades nas interseções, além de ônibus modernos e com novas tecnologias.
 
O custo de implantação versus a capacidade de transporte é o grande desafio dos sistemas sobre trilhos. Metrôs demoram décadas para ter frotas significativas para operar bem nos horários de pico, mas necessitam de subsídios fora do pico
 
Em Manaus, um projeto polêmico de monotrilhos foi questionado na justiça pelo Ministério Público Federal e pela Controladoria Geral da União e teve seu financiamento cancelado pela Caixa Econômica Federal. O projeto prometia capacidade operacional de 21 pessoas hora-sentido (“passível de expansão” para 45 mil?). Porém, previa a compra de somente 10 composições, capazes assim, de transportar menos de sete (7) mil passageiros hora-sentido, uma quantidade muito menor do que uma simples faixa de ônibus, que chega à 20 mil, e bem longe da capacidade de um corredor de ônibus rápido completo - BRT, que atinge até 50 mil.
 
Investimentos na ampliação da malha ferroviária são certamente importantes para algumas poucas grandes cidades. Não é o caso, por exemplo, na Grande São Paulo. Para ligar o ABC paulista à capital, o governo propõe prejudicar a paisagem urbana com um projeto de monotrilho, em uma região onde já existe um bom corredor de ônibus, o Corredor ABD, que sempre liderou as pesquisas de satisfação dos usuários de ônibus da Região Metropolitana de São Paulo. A questão que fica é “por que não investir na melhoraria do corredor, com o pagamento feito antes do embarque, a integração com o bilhete único da capital e a ampliação das redes de corredores nas cidades por onde passa o ABD?”. Ao contrário, o governo aposta em um projeto de monotrilho que vai levar mais de dez anos, e um custo de ma is de R$ 4 bilhões. Esta “sobrando” recurso?
 
É preciso melhorar as calçadas, investir em áreas verdes e espaços públicos de qualidade, além de integrar e melhorar os sistemas de ônibus, para depois, pensar em sistemas de trens aéreos. Ou melhoramos o que é mais simples e factível, ou sonhamos com os monotrilhos mágicos, que certamente não dão conta da demanda e podem deixar passivos financeiros significativos. Este é o desafio para a Grande São Paulo.
 
Adalberto Maluf Filho é pesquisador do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP) e Diretor da Fundação Clinton/ Rede C40 em São Paulo.

http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=55165:-sao-paulo-merece-onibus-mais-rapidos-e-confortaveis-por-adalberto-maluf-filho&catid=71:categoria-veiculos&Itemid=367 

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