02 novembro 2011

Brasil tem 14 das 50 maiores construções atuais do mundo

O crescimento econômico colocou o Brasil definitivamente na rota dos grandes investimentos de infraestrutura. 

Das 50 maiores construções tocadas pelo mundo, 14 estão em solo nacional. De acordo com levantamento da consultoria Criactive, o País receberá, nos próximos cinco anos, 12.265 obras, de 10 setores, que somam R$ 1,48 trilhão. Metade delas está em curso, e, o restante, em fase de estudo ou planejamento, como o Trem de Alta Velocidade (TAV) entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.

Do total, 45% serão aplicados na extração de petróleo e gás, 23,2% em sistemas de transporte de passageiros e cargas e 12,3% na geração de eletricidade. "O setor público está à frente desses investimentos, com destaque para os projetos da Petrobras, que são 46% do total", afirma Cristina Della Penna, economista da Criactive. Ela destaca que 21 das 30 maiores obras brasileiras até 2016 são de responsabilidade da estatal.
O gigantismo dos números, no entanto, não esconde a carência do País, sobretudo nas áreas de saneamento e de transporte. Se considerada a perspectiva de expansão econômica e os milhares de projetos engavetados ou em atraso, ainda há muito que fazer.

Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), acredita que o Brasil precisa investir na atração de capitais externos para destravar o setor, oferecendo opções vantajosas para recursos de fundos de pensão, por exemplo. "Temos de melhorar o ambiente de negócios e apresentar bons projetos", afirma.

A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) calcula que só a China estaria disposta a aplicar US$ 300 bilhões no segmento, no Brasil. Godoy lembra que o setor de infraestrutura recebeu US$ 14,8 bilhões em aportes estrangeiros nos primeiros sete meses de 2011, valor equivalente a 35,8% dos US$ 41,4 bilhões que ingressaram na economia nacional até então. Em igual período de 2010, os mercados de infraestrutura receberam de outros países US$ 3 bilhões em recursos, 13,9% do total.

Apesar das deficiências a serem resolvidas, um dos principais termômetros do volume de obras tocadas no País, o setor de equipamentos para construção, registrou seu melhor desempenho de vendas internas em 2010, superando em 38% o recorde anterior, de 2008. Foram vendidas no ano passado 70.530 máquinas novas contra as 41.360 de 2009, um salto de 70,5%.

Em 2011, as vendas devem chegar a 78 mil unidades, segundo expectativa de empresários ligados à Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema). (com informações de Correio Braziliense)


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