25 setembro 2010

Telemóvel e multibanco substituem bilhete de transportes

Tecnologia

por Lusa

23 Setembro 2010
Em breve, quem quiser viajar nos transportes públicos da capital poderá utilizar o telemóvel ou um cartão multibanco em vez do tradicional bilhete, com a ajuda de soluções tecnológicas apresentadas hoje em Lisboa.

Estas tecnologias, apresentadas na feira Portugal Tecnológico - que decorre até domingo na FIL, em Lisboa -, pretendem "revolucionar por completo o modelo tradicional de venda de títulos de transporte", permitindo entrar nos transportes públicos ao encostar o telemóvel ou um cartão de crédito ou débito ao validador ou porta de acesso, como actualmente se faz com os cartões Lisboa Viva e VivaViagem.

O desenvolvimento da aplicação destinada ao telemóvel envolve os operadores de transportes, através da OTLIS - Operadores de Transportes da Área Metropolitana de Lisboa, os três operadores de comunicações móveis nacionais -- Optimus, TMN e Vodafone - e a Oberthur Technologies, a empresa fornecedora de cartões Lisboa Viva e de cartões para telemóveis.

A tecnologia já foi testada num grupo de utentes pré-seleccionados do metropolitano de Lisboa, que ainda este ano a deverá disponibilizar ao público em geral.

Em 2011 será a vez de outros operadores, como a Carris e a CP, se associarem a este novo método.
Na prática, em vez de carregarem os cartões Lisboa Viva e VivaViagem, os utilizadores que tenham um telemóvel com a tecnologia Near Field Communication (NFC) podem "guardar" os títulos de transporte no cartão SIM, que serão carregados nos postos de venda.

Numa fase posterior, prevê-se que o utilizador nem sequer tenha de se deslocar às bilheteiras, porque será possível carregar o telemóvel através da Internet Móvel disponível em áreas específicas.
Se carregado, o telemóvel, mesmo que com a bateria descarregada, abrirá as portas do metro, ou dará luz verde ao utente dos autocarros e dos comboios.

Uma tecnologia semelhante deverá ser aplicada a cartões bancários, encontrando-se os operadores de transportes actualmente em negociações com instituições bancárias.
Nesta situação, destinada sobretudo aos passageiros ocasionais, não é necessário carregar o cartão bancário previamente, porque assim que o passageiro validar o cartão para aceder ao transporte o valor será debitado posteriormente na sua conta.

"É uma grande aposta na melhoria das condições para que todos os clientes rapidamente começarem a perceber que o transporte público é cada vez mais uma alternativa racional face ao transporte individual", afirmou à Lusa Luís Vale, diretor de comunicação e imagem da Carris.


http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1669508

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