26/9/2010
Recente pesquisa realizada pelo Instituto de Desenvolvimento e Informação em Transporte revela que vem crescendo, de maneira impressionante, a quantidade de pessoas que passaram a se deslocar a pé e, sobretudo, de bicicleta, em suas locomoções diárias para os locais de trabalho ou outros afazeres. Esse novo tipo de comportamento, registrado principalmente nas regiões metropolitanas do País, deve-se, em grande parte, à necessidade de economizar o dinheiro da passagem em veículos coletivos, mas, também, à notória precariedade dos transportes urbanos e aos terríveis engarrafamentos ocasionados por veículos de grande porte.
No caso específico de Fortaleza, o problema geral do trânsito é agravado por uma malha viária que muito deixa a desejar e pela carência de ciclovias, corredores de locomoção enfaticamente aconselhados por estudiosos da mobilidade urbana, que atentam para a crescente utilização desse prático meio de transporte e ressaltam, inclusive, sua característica de não contribuir para a poluição ambiental.
Contando com apenas 67 quilômetros de ciclovias, ainda assim carentes dos mínimos cuidados indispensáveis à eficaz manutenção, Fortaleza quase não oferece condições ao deslocamento urbano dos usuários de bicicletas, calculados entre 150 e 200 mil, os quais ainda se queixam de serem vítimas de constantes assaltos nos trechos percorridos, conforme os registros policiais e denúncias recorrentes na mídia. A Via Expressa é um dos alvos preferidos pelos marginais, que rendem suas indefesas vítimas com o objetivo de tomar-lhes seu próprio meio de transporte, muitas vezes adquirido ao custo de ingentes esforços.
Há ainda o flagrante desrespeito aos ciclistas fortalezenses por parte dos veículos motorizados, fora do âmbito das ciclovias. O art. 201 do Código de Trânsito Brasileiro prevê multa para quem deixar de guardar distância lateral de 1,5 metro ao passar por uma bicicleta, mas essa disposição legal é sistematicamente desrespeitada, motivando inúmeros acidentes, alguns deles de caráter letal. Não obstante, tem-se de admitir que alguns utilizam sua bicicleta temerariamente, sem observar, igualmente, as regras de trânsito.
Em agosto último, foi criado pela Câmara Municipal o projeto que institui o Sistema Cicloviário de Fortaleza, o qual assegura a construção de faixas exclusivas para ciclistas que trabalham utilizando a bicicleta como veículo de transporte. No momento, o Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor) promete construir mais 30 quilômetros de ciclovias na Capital, três dos quais já foram concluídos na Avenida Mister Hull. Dois outros se encontram em fase de acabamento na Avenida Bezerra de Menezes. Ainda é muito pouco em face do que foi prometido e das reais necessidades dos fortalezenses. As autoridades responsáveis pelo setor devem atentar que, para aliviar a situação, tanto quanto a necessidade premente da conclusão dos trabalhos do metrô, faz-se necessário agilizar, ao mesmo tempo, a construção de corredores paralelos de tráfego, entre os quais se incluem as ciclovias e, também, pistas especiais para motos, outro tipo de veículo que se multiplica celeremente e contribui para tornar ainda mais caótico o problemático trânsito de Fortaleza.
No caso específico de Fortaleza, o problema geral do trânsito é agravado por uma malha viária que muito deixa a desejar e pela carência de ciclovias, corredores de locomoção enfaticamente aconselhados por estudiosos da mobilidade urbana, que atentam para a crescente utilização desse prático meio de transporte e ressaltam, inclusive, sua característica de não contribuir para a poluição ambiental.
Contando com apenas 67 quilômetros de ciclovias, ainda assim carentes dos mínimos cuidados indispensáveis à eficaz manutenção, Fortaleza quase não oferece condições ao deslocamento urbano dos usuários de bicicletas, calculados entre 150 e 200 mil, os quais ainda se queixam de serem vítimas de constantes assaltos nos trechos percorridos, conforme os registros policiais e denúncias recorrentes na mídia. A Via Expressa é um dos alvos preferidos pelos marginais, que rendem suas indefesas vítimas com o objetivo de tomar-lhes seu próprio meio de transporte, muitas vezes adquirido ao custo de ingentes esforços.
Há ainda o flagrante desrespeito aos ciclistas fortalezenses por parte dos veículos motorizados, fora do âmbito das ciclovias. O art. 201 do Código de Trânsito Brasileiro prevê multa para quem deixar de guardar distância lateral de 1,5 metro ao passar por uma bicicleta, mas essa disposição legal é sistematicamente desrespeitada, motivando inúmeros acidentes, alguns deles de caráter letal. Não obstante, tem-se de admitir que alguns utilizam sua bicicleta temerariamente, sem observar, igualmente, as regras de trânsito.
Em agosto último, foi criado pela Câmara Municipal o projeto que institui o Sistema Cicloviário de Fortaleza, o qual assegura a construção de faixas exclusivas para ciclistas que trabalham utilizando a bicicleta como veículo de transporte. No momento, o Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor) promete construir mais 30 quilômetros de ciclovias na Capital, três dos quais já foram concluídos na Avenida Mister Hull. Dois outros se encontram em fase de acabamento na Avenida Bezerra de Menezes. Ainda é muito pouco em face do que foi prometido e das reais necessidades dos fortalezenses. As autoridades responsáveis pelo setor devem atentar que, para aliviar a situação, tanto quanto a necessidade premente da conclusão dos trabalhos do metrô, faz-se necessário agilizar, ao mesmo tempo, a construção de corredores paralelos de tráfego, entre os quais se incluem as ciclovias e, também, pistas especiais para motos, outro tipo de veículo que se multiplica celeremente e contribui para tornar ainda mais caótico o problemático trânsito de Fortaleza.