Moradores do ABCD confirmam pesquisa da CNI
Assim como ela, uma em cada quatro pessoas demora pelo menos uma hora para chegar ao trabalho ou à escola. De acordo com pesquisa divulgada na quarta pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), 43% das pessoas gastam até meia hora por dia para chegar ao trabalho ou a escola, 27% precisam de mais de meia hora para fazer o percurso rotineiro, e 24% levam mais de uma hora por dia.
Ainda segundo o levantamento, os ônibus, micro-
Para o professor de engenharia civil da Universidade FEI e mestre em transportes, Creso de Franco Peixoto, para aumentar esse índice as administrações precisam tirar os automóveis das ruas. “Falta oferta de transportes alternativos porque muitas cidades se recusam a colocar faixas exclusivas para ônibus. É preciso diminuir o espaço dos carros.
Para incentivar outras formas, como o ciclismo, por exemplo.”
O estudo ainda mostrou que 34% da população tem o ônibus como principal meio de locomoção. Mas, que 24% vão a pé para seu destino e 16% de carro próprio. Os demais utilizam outros meios, como táxi, moto e bicicleta. O especialista, entretanto, fez um alerta para o fato dos índices serem nacionais.
“Quando olhamos para região sudeste percebemos que a situação é pior. No Brasil, são 4 habitantes por carro, mas em São Paulo são 1,6 por automóvel. Em São Caetano, o percentual chega a uma pessoa por carro. É uma evolução dramática”, explicou o professor.
Para 49% dos brasileiros, o sistema de transporte público no país deve melhorar nos próximos três anos. Peixoto, disse que como técnico não vê mudança para melhor nesse prazo e que a situação tende é piorar. “Não costumo ser pessimista, mas é a realidade. Se começarmos a mudar nosso pensamento agora, daqui quatro anos poderemos ver melhorias”, aposta o especialista.
Um dos usuários que fazem parte da metade que utiliza transportes públicos é Ricardo Marques Gutierrez, de 35 anos. O arquiteto e urbanista teria que pegar ônibus, trem e metrô para ir da sua casa em Santo André até o trabalho em São Paulo.
Para gastar menos dinheiro, ganhar tempo e ajudar a saúde e o meio ambiente ele começou a usar a bicicleta no primeiro trecho do caminho. “Comprei uma bicicleta elétrica e dobrável por R$ 2,9 mil. Agora não preciso mais esperar o ônibus e aproveito para me exercitar”, explicou.
Na opinião de Gutierrez, mais pessoas poderiam repetir a prática, mas a ausência de ciclovias. “Não existe respeito com o ciclista. É uma aventura disputar lugar com os carros. Homem até se arrisca, mas mulher dificilmente encara esse desafio”, criticou o profissional que também é professor universitário.
O ciclista também fez uma crítica ao horário de funcionamento do bicicletário da estação de trem da cidade. “Acho que deveria funcionar na mesma hora que os trens.” Hoje, o horário é das 6h às 22h.
Outro morador que usa bicicleta para ganhar tempo é Dejair Mendes, de 43 anos. O auxiliar de hidráulica demora 10 minutos para chegar à estação de trem, mas se vier de ônibus o percurso fica 20 minutos mais demorado.
“Já fui derrubado por falta de atenção de motorista. Se tivesse ciclovia na avenida dos Estados iria até o metrô Tamanduateí, mas sem é muito perigoso.”
Um dos usuários que fazem parte da metade que utiliza transportes públicos é Ricardo Marques Gutierrez, de 35 anos. O arquiteto e urbanista teria que pegar ônibus, trem e metrô para ir da sua casa em Santo André até o trabalho em São Paulo.
Para gastar menos dinheiro, ganhar tempo e ajudar a saúde e o meio ambiente ele começou a usar a bicicleta no primeiro trecho do caminho. “Comprei uma bicicleta elétrica e dobrável por R$ 2,9 mil. Agora não preciso mais esperar o ônibus e aproveito para me exercitar”, explicou.
Na opinião de Gutierrez, mais pessoas poderiam repetir a prática, mas a ausência de ciclovias. “Não existe respeito com o ciclista. É uma aventura disputar lugar com os carros. Homem até se arrisca, mas mulher dificilmente encara esse desafio”, criticou o profissional que também é professor universitário.
O ciclista também fez uma crítica ao horário de funcionamento do bicicletário da estação de trem da cidade. “Acho que deveria funcionar na mesma hora que os trens.” Hoje, o horário é das 6h às 22h.
Outro morador que usa bicicleta para ganhar tempo é Dejair Mendes, de 43 anos. O auxiliar de hidráulica demora 10 minutos para chegar à estação de trem, mas se vier de ônibus o percurso fica 20 minutos mais demorado.
“Já fui derrubado por falta de atenção de motorista. Se tivesse ciclovia na avenida dos Estados iria até o metrô Tamanduateí, mas sem é muito perigoso.”
O período nos transportes e as contratações
Recrutadora explica que distância de trabalho só é levada em conta quando se trata de oportunidades operacionais e administrativas
O tempo de permanência em transportes públicos pode ser fator eliminatório de acordo com o tipo de vaga que se está buscando.
De acordo com Vanessa de Mello Roggeri Mariano, consultora de Recrutamento e Seleção da Ricardo Xavier Recursos Humanos, oportunidades para cargos específicos como na área de gestão e coordenação nas empresas o local de residência dos candidatos não é levado em conta. O mesmo acontece com cargos para área de engenharia e mineração.
Ainda segundo a recrutadora, o quadro muda quando se trata de posições administrativas e operacionais e as companhias passam a levar em conta a distância em que o candidato mora.
“Isso acontece devido aos custos com transporte e com o desgaste físico dos colaboradores. A permanência por muitas horas nos coletivos ou no carro pode comprometer o rendimento durante o expediente”, explicou.
A profissional também afirmou que é possível identificar uma mudança de comportamento das empresas atualmente.
“Nós costumamos orientar nossos clientes a verificarem o aspecto comportamental antes das condições geográficas. Porque normalmente pessoas que buscam oportunidades longe de casa querem desenvolvimento profissional e tendem a ser mais comprometidas. Não é porque o candidato mora perto que ele será comprometido.”
Recrutadora explica que distância de trabalho só é levada em conta quando se trata de oportunidades operacionais e administrativas
O tempo de permanência em transportes públicos pode ser fator eliminatório de acordo com o tipo de vaga que se está buscando.
De acordo com Vanessa de Mello Roggeri Mariano, consultora de Recrutamento e Seleção da Ricardo Xavier Recursos Humanos, oportunidades para cargos específicos como na área de gestão e coordenação nas empresas o local de residência dos candidatos não é levado em conta. O mesmo acontece com cargos para área de engenharia e mineração.
Ainda segundo a recrutadora, o quadro muda quando se trata de posições administrativas e operacionais e as companhias passam a levar em conta a distância em que o candidato mora.
“Isso acontece devido aos custos com transporte e com o desgaste físico dos colaboradores. A permanência por muitas horas nos coletivos ou no carro pode comprometer o rendimento durante o expediente”, explicou.
A profissional também afirmou que é possível identificar uma mudança de comportamento das empresas atualmente.
“Nós costumamos orientar nossos clientes a verificarem o aspecto comportamental antes das condições geográficas. Porque normalmente pessoas que buscam oportunidades longe de casa querem desenvolvimento profissional e tendem a ser mais comprometidas. Não é porque o candidato mora perto que ele será comprometido.”