As áreas mais beneficiadas são infraestrutura, mobilidade urbana e serviços
Brasília - A Copa do Mundo de 2014 deve gerar oportunidades de negócios para 7,7 mil micro e pequenas empresas (MPE) nas 12 cidades-sede da competição. O número faz parte de estudo encomendado pelo Sebrae junto à Fundação Getúlio Vargas (FGV) e engloba nove setores da economia: construção civil, tecnologia da informação, turismo, produção associada, agronegócio, madeira e móveis, têxtil e confecção, comércio varejista e serviços.
Dessas áreas, as quatro primeiras já tiveram seu mapeamento de oportunidades finalizado. A expectativa é mapear todos os setores até abril.
Até 2012, o Sebrae investirá R$ 48 milhões em projetos de consultoria, inovação e acesso a mercados, entre outras ações, com o objetivo de melhorar o nível de gestão das micro e pequenas empresas nas cidades-sede. “Estamos nos preparando não só para a Copa de 2014, mas também para o pós-evento.
O crescimento da demanda virá acompanhado de um aumento do nível de exigência e as micro e pequenas empresas terão que melhorar o processo de gestão para atuar num ambiente cada vez mais seletivo", ressalta o diretor técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. "Trata-se de um grande desafio, porém isso é positivo, já que as empresas ficarão mais fortes, gerarão mais empregos e aumentarão seu faturamento”, assinala o diretor.
As áreas que devem gerar mais oportunidades de negócios para as MPE são a de infraestrutura (arenas esportivas, principalmente), mobilidade urbana (melhoria de estradas, transporte urbano e vias públicas) e serviços, com destaque para o turismo.
Conjunto de metodologias
Segundo Dival Schmidt, coordenador do comitê técnico do Programa Nacional para Atuação do Sistema Sebrae na Copa de 2014, o número de micro e pequenas empresas beneficiadas pelo evento tende a ser multiplicado. Os projetos da instituição terão como prioridade a disseminação de tecnologias e a capacitação em gerenciamento. “Temos um conjunto de metodologias usadas para capacitar pequenos negócios e vamos utilizá-las nesse processo”, afirma Schmidt.
Na construção civil, as grandes empreiteiras que vão erguer os estádios devem contratar pequenos negócios para trabalhar, por exemplo, na remoção de entulhos. Os setores industrial, comercial e serviços também são áreas potencias para os donos de pequenas empresas.
O Programa Nacional para Atuação do Sistema Sebrae na Copa de 2014 abriga projetos estaduais e nacionais, seminário, estudos e debates. Dival Schmidt destaca que a instituição atuará no pré, durante e no pós-Copa. “Usaremos esse grande evento para mudar e preparar os pequenos negócios para aumentar sua competitividade”, diz.