Após a decisão da Justiça que proibiu a realização de cultos
evangélicos nos vagões de trens da Supervia, no Rio de Janeiro, a 7ª
Vara Empresarial da Capital decidiu que multará a empresa diariamente em
R$ 5 mil caso as celebrações continuem ocorrendo.
Além de colocar avisos sobre a proibição da realização de cultos
durante as viagens, a Supervia deverá fazer uso de força coercitiva para
se fazer cumprir a ordem judicial.
O inquérito que deu origem à decisão da justiça registrou mais de 100
queixas de passageiros, que relataram incômodo com os cultos
evangélicos durante as viagens nos trens, além das queixas relativas à
entonação de cânticos, uso instrumentos musicais, gritarias e ofensas
verbais aos demais passageiros que não compartilham da mesma fé.
A decisão não foi bem vista por parte dos passageiros: “A pessoa pode
se expressar onde quiser.
De vez em quando é chato , mas acho [a
proibição] um abuso de poder”, afirmou Débora Fernandes, jornalista, em
entrevista ao G1. “Eu acho que cada um se manifesta da maneira que quer.
Mas tem que ter um local apropriado, porque nem todos do trem gostam de
ouvir”, ponderou o técnico de informática Carlos Esteves.
A Supervia afirmou que já colocou avisos nas bilheterias e também
realizou reuniões com os religiosos, pedindo a colaboração na questão.