26 junho 2013

Alstom e J-TREC formam uma aliança para desenvolver trens e VLTs no Japão

A Alstom e a J-TREC (Japan Transport Engineering Company) assinaram hoje um Memorando de Entendimento (MOU) para avaliar conjuntamente o mercado japonês de trens e VLTs. 
 
O acordo permitirá às duas empresas participar da modernização das linhas de VLT existentes, bem como do desenvolvimento de novos projetos no país nipônico. 
 
O estudo será concluído no prazo de um ano.
 
Essa é a primeira aliança desenvolvida entre as duas empresas. 
 
O acordo foi impulsionado pelas conversas que estão atualmente sendo realizadas entre Japão e a União Europeia para reforçar as relações econômicas entre os dois mercados.
 
A análise realizada pelas empresas se centrará, em primeiro lugar, nas linhas de trens e VLTs já existentes. 
 
A maioria dessas infraestruturas está em operação há mais de 30 anos. Caso esse estudo avance para oportunidades de negócio, J-TREC e Alstom trabalharão conjuntamente para oferecer soluções de acordo com os padrões japoneses, tanto em nível técnico como de produção local. 
 
As parceiras confiam em explorar o mercado para VLTs e identificar novas oportunidades para a comercialização, no Japão, do modelo de VLT Citadis, da Alstom.
 
Sobre a Alstom
 
A Alstom é líder mundial em infraestruturas para a geração e transmissão de energia elétrica e transporte ferroviário, e uma referência em tecnologias inovadoras e que respeitam o meio ambiente. A Alstom constrói os trens mais rápidos do mundo e o metrô automatizado de maior capacidade. A Alstom fornece soluções integradas turnkey para centrais elétricas, além de serviços associados para uma grande variedade de fontes de energia, incluindo hidráulica, nuclear, gás, carvão e eólica. A empresa também fornece uma ampla gama de soluções para a transmissão de energia elétrica, com foco especial em redes inteligentes. O Grupo conta com 93.000 funcionários em 100 países e registrou vendas no valor de 20 bilhões de euros em 2012/13.
 

País tem 60 projetos de transporte sobre trilhos


Pelo menos 60 projetos para sistemas de transporte de passageiros sobre trilhos estão em alguma fase de execução no país. 

Vinte e dois deles devem ser entregues até 2016 e os demais até 2020, atingindo quatro mil quilômetros de malha viária. 

No total, serão R$ 100 bilhões em investimentos. 

As obras envolvem metrôs, monotrilhos, Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) e trens regionais.

Depois de quatro décadas de abandono do transporte ferroviário, o país retorna aos trilhos, investindo sobretudo nas malhas urbanas das regiões metropolitanas. 

Mas o crescimento projetado pode ficar aquém da demanda por esse tipo de transporte. 

Em 2011, o número de passageiros subiu 21% ante 2010. De 2011 para 2012, a alta foi de 8% chegando aos atuais 9 milhões de passageiros/dia.

"A expectativa é que este ano suba mais 10%, chegando perto de 10 milhões de passageiros.

 A rede, no entanto, só cresceu 3%", diz Joubert Foer, presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos). "Há uma demanda de lugares muito acima da oferta. Significa que, quando todos esses 60 projetos forem concluídos, o crescimento de passageiros poderá ser maior que a malha. 

A necessidade de lugares é muito superior à que está sendo oferecida", afirma.

Segundo Foer, "é importantíssimo que os 22 projetos - que têm a ver com a Copa e a Olimpíada - sejam de fato concluídos até a realização desses eventos, deixando uma herança benéfica para o país, como aconteceu nas cidades que sediaram os jogos".

Na avaliação da ANPTrilhos, as grandes metrópoles constroem a rede pública de transporte em malhas estruturantes que se ordenam sobre redes de trilhos e se integram a outros modais, mas no Brasil isso não acontece. 

"Hoje há umas 60 regiões metropolitanas no Brasil em que caberiam transportes estruturantes, mas só temos 15 sistemas montados sobre trilhos", afirma. 

Hoje, o país tem "1.208 quilômetros de malha ferroviária urbana" e transporta 9 milhões de passageiros dia - muito pouco quando se compara a Paris, Londres ou Nova York que transportam, cada uma, 4 milhões. Xangai sozinha, atende 7 milhões por dia.

São Paulo e Rio concentram as principais malhas metroferroviárias do país. 

Um total de 7,2 milhões de passageiros dia - ou mais de 75% do total do país - é transportado pelos trilhos de São Paulo, somando metrô e trens. "No final de 2014, serão próximos a 9 milhões. Entre 2018 e 2020, com todos os projetos concluídos, estaremos transportando entre 11 e 12 milhões", diz Jurandir Fernandes, secretário estadual dos Transportes Metropolitanos de São Paulo.

A cidade tem hoje 75 quilômetros de metrô e 55,2 quilômetros em construção. São quatro obras que incluem a segunda fase da linha 4, o prolongamento da linha 5 e a implantação dos monotrilhos das linhas 15 e 17. "Esses quatro contratos consumirão R$ 18,7 bilhões", diz o secretário.

Além dessas quatro obras, o governo paulista está com três projetos "na mão e editais na rua", entre eles o monotrilho da linha 18 e a extensão da linha da Paulista. "Vamos entrar 2014 com sete obras de metrô que somam 99,8 quilômetros e significam investimento de R$ 38,6 bilhões", diz.

Simultaneamente às obras e editais do metrô, o governo está modernizando todas as seis linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPPTM), que atendem 22 municípios da Grande São Paulo, somando investimentos de R$ 4,3 bilhões. 

A malha da CPTM tem hoje 260 quilômetros.

Em outra frente, o governo paulista já iniciou a construção do primeiro trecho do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Baixada Santista, que terá 17 quilômetros. 

Segundo o secretário Fernandes, trata-se de uma "obra acelerada" que estará em teste já em julho de 2014. O VLT ligará Santos a São Vicente e custará R$ 1,2 bilhão.

O metrô do Rio de Janeiro, que iniciou sua operação comercial em 1979, aumentou seus investimentos a partir de 2009. "Saímos, há cinco anos, de 450 mil pessoas dia para uma média de 640 mil passageiros, passando de 700 mil em dias especiais", diz Flávio Almada, presidente do MetrôRio. 

Ao todo, são 36 estações e 49 trens. 

O aumento foi possível graças a um crescimento de 65% na oferta de lugares, com a compra de 19 trens. 

Os investimentos se concentram na expansão da linha 4 que terá seis novas estações, ligando Ipanema ao Jardim Oceânico, na Barra. Prevista para 2016, a linha terá 15 quilômetros e transportará mais de 300 mil passageiros, ampliando a oferta.


Outro investimento do MetrôRio é com a acessibilidade. 

A concessionária investiu, desde julho de 2009, R$ 21 milhões para implantar um programa de adaptação de suas 35 estações aos padrões de acessibilidade.

Em Salvador, a primeira parte da linha 1 do metrô - entre Lapa e Retiro - deve começar a operar no ano que vem, antes do início da Copa do Mundo.

 O cronograma foi anunciado em maio passado pelos governos municipal e estadual depois de um atraso de 14 anos. A segunda parte da linha 1, até Pirajá, entra em funcionamento até o final do próximo ano. 

Aí começam as obras da linha 2, que liga a avenida Bonocô a Lauro de Freitas, e que será inaugurada por parte, até 2016. 

A obra, que será uma parceria público privada, tem orçamento estimado em R$ 4 bilhões. Serão 41,2 quilômetros de linha e 22 estações, que por sua vez estarão integradas a 11 terminais de ônibus.

25 junho 2013

VLT X Metrô em São Paulo: qual é a melhor solução?

Com custo menor de implantação que metrô, VLT é ideal para cidades com até 2 milhões de habitantes; em SP, seria útil se integrado ao trem e metrô



VLT em cidade da França
VLT na França: até 2014, 27 cidades do país europeu contarão com veículo


Projeto de VLT para o Rio de Janeiro
Veículo é uma alternativa mais limpa e ecológica que as outras


São Paulo – Em meio às discussões atuais sobre transporte público no Brasil, o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) é uma opção cada vez mais lembrada pelos especialistas. 

O meio de transporte pode ser uma alternativa interessante para o trânsito em grandes cidades. Metrópoles como São Paulo estão entre aquelas que poderiam se beneficiar desse tipo de veículo.

Segundo Creso Peixoto, especialista em transportes e professor da Fundação Educacional Inaciana, o VLT é herdeiro direto dos bondes de antigamente. "Normalmente, ele circula em pistas ao nível da superfície ou em vias suspensas", afirma Marcos Cintra, professor de economia e vice-presidente da FGV. 
 
Usando combustíveis como energia elétrica ou diesel (fora de áreas urbanas), o veículo ganha diferentes nomes quando circula em meio a carros e ônibus (bonde), em faixas parcialmente segregadas (tramway) ou pistas exclusivas (metrô leve). "A qualidade do VLT é ser um sistema limpo e sobre trilhos", defende Peter Alouche, engenheiro da Trends Engenharia e Infraestrutura.  Limpo, claro, quando é elétrico, e não quando usa diesel.
 
Entre os especialistas, são várias as opiniões em relação a introdução do VLT em São Paulo. Veja quais as vantagens e desvantagens da modalidade de transporte: 

Prós
 
Com trilhos construídos na superfície ou em elevados, a implantação do VLT tende a ser uma opção mais barata do que a construção de linhas de metrô. "O gasto para a construção dos túneis utilizados pelo metrô é até 10 vezes maior", afirma Peixoto. 
Em São Bernardo do Campo (SP), por exemplo, cada quilômetro do VLT deverá custar cerca de 50 milhões de dólares, segundo o especialista. 

O valor é cinco vezes menor do que o gasto para construir a mesma extensão de metrô na avenida Paulista, em São Paulo. 
Além disso, por ser elétrico, o VLT é mais silencioso e gera menos poluentes do que o BRT (Bus Rapid Transit ou corredor expresso de ônibus), por exemplo.
 
A capacidade de uma composição de VLT é de cerca de mil pessoas – metade daquela oferecida por um vagão de metrô, segundo Alouche.

Para Peixoto, este é um dos fatores que levaria a uma rápida saturação do VLT caso ele fosse adotado para atender longas distâncias na cidade de São Paulo. 

A menor capacidade aliada à grande demanda por parte dos passageiros geraria uma situação próxima a da Linha 4-Amarela do metrô paulistano, inaugurada em maio de 2010 e que hoje já opera com vagões lotados em horários de pico. “O VLT é interessante para cidades com até 2 milhões de habitantes", afirma Peixoto.

Cintra chama atenção ainda para a questão urbanística, uma vez que a construção de elevados para circulação do VLT poderia tornar a paisagem da cidade mais feia. "O metrô é 'invisível', já o VLT deixa uma cicatriz urbanística", diz o especialista da FGV.

Exemplos

Nos últimos anos, iniciativas semelhantes ao VLT foram cogitadas para a Grande São Paulo.

 O VLT de São Bernardo do Campo foi anunciado em 2009 e consiste num projeto de metrô leve. 

Orçada em 27,6 milhões de reais, a proposta básica previa integração com metrô e trem. 
Até meados de 2014, deve ficar pronto o primeiro trecho do VLT que vai ligar Santos e São Vicente. O projeto ocupa a antiga linha férrea das cidades e deverá transportar 70 mil pessoas. 

No Brasil, outras cidades estão construindo linhas de VLT – como Rio, Brasília e Cuiabá. Na última, cerca de 80% de um trecho de 22,2 quilômetros de extensão do veículo já estão prontos.

Um exemplo de alternativa de transporte parecida com VLT adotada em São Paulo é o monotrilho que deve operar na linha 17-ouro do Metrô-SP. 

 Suas obras já começaram, com a instalação de pilares na avenida Roberto Marinho. 

A conclusão do primeiro trecho da via, ligando o aeroporto de Congonhas à estação Morumbi da CPTM, está prevista para o ano que vem.

 No entanto, segundo Alouche, o custo de manutenção e operação do monotrilho é mais elevado do que o do VLT - já que cada carro da alternativa paulistana pode contar com 18 pneus. 

Com índices de aprovação superiores a 80%, o Expresso Tiradentes é outro modelo alternativo de transporte em funcionamento hoje em São Paulo. "Ele tem toda característica de VLT, só que em vez de trilhos, opera sobre pneus", afirma Cintra. 

Na cidade, Peixoto entende que o VLT pode funcionar bem caso seja integrado ao metrô – como acontece em Bruxelas, na Bélgica.  "Hoje, a solução para o transporte público em São Paulo é multimodal e implica num mix de opções", resume Cintra.

 
 
 

Conheça as 10 construções mais caras do mundo

No topo da lista dos empreendimentos modernos, feita pela empresa alemã Emporis, está o prédio do Parlamento da Romênia, em Bucareste

A empresa alemã Emporis reúne uma infinidade de dados sobre construções de 190 países – são mais de 400 mil edifícios catalogados. E, segundo levantamento da companhia, o prédio do Parlamento da Romênia (foto abaixo), em Bucareste, é a construção mais cara do mundo dentre os empreendimentos considerados modernos. A obra custou U$ 3 bilhões e foi finalizada em 1988.
construções mais caras do mundo

Em segundo lugar no ranking está o hotel e cassino The Palazzo, em Las Vegas. A construção de 53 andares ficou pronta em 2007 e custou U$ 1,9 bilhão.
construções mais caras do mundo

A terceira posição fica com o arranha-céu Taipei 101, erguido em 2004 na cidade de Taipei, em Taiwan. O prédio de mais de 500 metros de altura é utilizado por escritórios e custou U$ 1,760 bilhão.
construções mais caras do mundo

O prédio mais alto do mundo, o Burj Khalifa, figura em quarto lugar no ranking da Emporis. Foram necessários U$ 1,5 bilhão para erguer o arranha-céu, que fica em Dubai e tem 828 metros de altura.
construções mais caras do mundo

Já a quinta construção mais cara do mundo fica em Kyoto, no Japão. A Kyoto Station, finalizada em 1997, reúne estação de metrô, trem e terminal de ônibus e custou U$ 1,250 bilhão.
construções mais caras do mundo

Prevista para 2016, a sala de concerto Elbphilharmonie, em Hamburgo, na Alemanha, deve ficar em sexto lugar no ranking. A construção terá 100 metros de altura e terá um gasto de U$ 1,028 bilhão.
O arranha-céu Bank of America Tower, em Nova York, nos Estados Unidos, fica em sétimo lugar. O conjunto de salas comerciais foi concluído em 2009 e custou U$ 1 bilhão.
A oitava construção mais cara fica em Sydney, na Austrália. A Chifley Tower também custou U$ 1 bilhão e tem 241 metros de altura.
construções mais caras do mundo

Las Vegas figura mais uma vez na lista como sede de outra construção caríssima: o hotel e cassino MGM Grand. O empreendimento concluído em 1993 gerou um custo de U$ 1 bilhão.
construções mais caras do mundo

Por fim, em décimo lugar, o Myer Centre. O prédio comercial erguido em Adelaide, na Austrália, também custou U$ 1 bilhão.
construções mais caras do mundo


























http://revista.penseimoveis.com.br/especial/rs/editorial-imoveis/19,480,4180558,Conheca-as-10-construcoes-mais-caras-do-mundo.html

23 junho 2013

Sem metrô, São Paulo deixaria de produzir 6,15 bi por ano e poluição seria 30% maior

 

Sem metrô, São Paulo deixaria de produzir 6,15 bi por ano e poluição seria 30% maior

Um estudo apresentado na sexta-feira, 7 de junho, mostrou que se o metrô paulistano deixasse de existir, a economia local perderia R$ 6,15 bilhões por ano, o equivalente a 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no município) da capital paulista. 

O estudo fez parte de um workshop promovido na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP), em que foram mostradas pesquisas sobre os impactos da existência do metrô no município sob vários aspectos, como economia, acessibilidade e saúde.

Segundo o professor Eduardo Haddad, coordenador da pesquisa, os cálculos foram baseados na infraestrutura ligada à mobilidade e no modo como ela afeta a produtividade dos trabalhadores. 

“Isso, por sua vez, afeta a competitividade das firmas, e, por meio de relações de renda, produtivas e comerciais, afeta toda a economia brasileira”, destacou à Agência Brasil Haddad, que é professor do Departamento de Economia da USP e diretor de pesquisas da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Com as pessoas que usam o transporte público demorando mais a chegar ao trabalho, elas tornam-se menos produtivas e as empresas obtêm menos lucro, fazendo com que o governo arrecade menos, destaca a pesquisa.

 Outro ponto levantado na consulta foi que a redução do bem-estar proporcionado pelo metrô faria o consumo das pessoas cair e, com isso, diminuiria a arrecadação governamental.

Além disso, como a capital paulista é um grande polo econômico, a inexistência do metrô geraria impacto negativo na economia nacional – o país perderia R$ 19,3 bilhões por ano, o correspondente a 0,6% do PIB. “Apesar de ser uma infraestrutura local, o metrô [de São Paulo] causa impacto sobre toda a economia brasileira”, concluiu Haddad.

Problema de mobilidade

Ao longo de 74 quilômetros e 64 estações, o metrô paulistano transporta diariamente 4 milhões de passageiros, o equivalente a 20% das viagens no transporte público.

 De acordo com Haddad, o valor de R$ 19,3 bilhões ao ano (impacto no país) corresponde a 65% dos custos da construção de toda a rede do metrô. 

A despesa com cada quilômetro do metrô fica em torno de R$ 300 milhões.

Na opinião do pesquisador, o exemplo da capital paulista pode ser pensando para outros municípios. “Isso é importante não apenas para São Paulo, mas, quando se pensa em mobilidade em outras grandes cidade brasileiras, esse problema também se coloca”.

Mais poluição

Já o ar na capital paulista seria, em média, 30% mais poluído caso o metrô, que transporta diariamente 4 milhões de passageiros, não existisse.

 O resultado foi obtido por meio de uma simulação feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que mostra aumento nas concentrações dos poluentes no ar, principalmente de material particulado.

Responsável pela pesquisa, a professora do departamento de ciências exatas e da terra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Simone Georges Miraglia, explicou que esse percentual foi obtido em determinadas condições meteorológicas, que podem variar conforme o dia.

Poluição do ar em São Paulo seria 30% maior se metrô não existisse, sugere estudo

O ar na capital paulista seria, em média, 30% mais poluído caso o metrô, que transporta diariamente 4 milhões de passageiros, não existisse.

  O ar na capital paulista seria, em média, 30% mais poluído caso o metrô, que transporta diariamente 4 milhões de passageiros, não existisse. 

O resultado foi obtido por meio de uma simulação feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que mostra aumento nas concentrações dos poluentes no ar, principalmente de material particulado.

Responsável pela pesquisa, a professora do Departamento de Ciências Exatas e da Terra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Simone Georges Miraglia explica que esse percentual foi obtido em determinadas condições meteorológicas, que podem variar conforme o dia.

A pesquisa, intitulada Os Efeitos Positivos em Saúde devido ao Transporte Urbano sobre Trilhos – Estudo de Caso para São Paulo, foi apresentada durante workshop promovido hoje (7) na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP). 

Foram divulgados também estudos envolvendo os impactos da existência do metrô na capital paulista sob vários aspectos, como economia, acessibilidade e saúde.

De acordo com Simone, a análise, feita durante a década de 2000, comparou a qualidade do ar entre os dias em que o metrô funcionou normalmente e aqueles em que o transporte foi afetado por greves, ocorridas em 2003 e 2006. 

“O serviço do metrô leva a uma não emissão de poluentes significativa”, destacou a pesquisadora.

Os levantamentos usaram as medições de qualidade do ar fornecidos pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), além de dados do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade no Município de São Paulo (PRO-AIM).

Simone explica que, nos dias em que a cidade fica sem o metrô, há aumento considerável nos atedimentos em prontos-socorros e nas internações hospitalares. 

“Em qualquer evento em que a gente tem aumento das concentrações de poluentes atmosféricos, existem diversos efeitos indesejáveis na saúde, entre eles, aumento da incidência de doenças respiratórias, cardiovasculares e problemas oftalmológicos”, explica. 

Segundo ela, o município também registra elevação do nível de mortalidade, em decorrência de complicações das doenças que pioram com poluição do ar.


 

Espionagem na web evitou atentado no metrô de NY, diz fonte


Washington - Um programa secreto da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA para coletar e-mails - cuja divulgação motivou intensa polêmica nesta semana - contribuiu para evitar um atentado islâmico no metrô de Nova York em 2009, disseram fontes governamentais na sexta-feira.

De acordo com essas fontes, o deputado Mike Rogers, presidente da Comissão de Inteligência da Câmara, conversava na quinta-feira sobre uma trama organizada por Najibullah Zazi, um afegão residente nos EUA, quando disse que os métodos de vigilância do governo haviam ajudado a impedir um complô terrorista significativo nos últimos anos

O governo do presidente Barack Obama é alvo de críticas após a revelação de detalhes sobre os programas da NSA para recolher dados sobre comunicações telefônicas e via Internet.

O programa de vigilância que inviabilizou a trama de Zazi foi o que recolhia dados de emails de suspeitos estrangeiros, segundo uma fonte do governo norte-americano.

A CNS News noticiou na sexta-feira que as autoridades descobriram os planos de Zazi após encontrar um email enviado a um endereço da Al Qaeda raramente usado, e que estava associado a um notório fabricante de bombas no Paquistão.

Um subúrbio de Denver foi identificado como sendo a origem do email. Zazi foi seguido de lá até Nova York, onde foi preso. 

Em fevereiro de 2010, o homem confessou a trama à Justiça Federal.

Metrô faz simulação para a segurança na Copa das Confederações no Rio

Policiais, representantes da prefeitura e o Exército participaram de teste.

Objetivo era reproduzir situações com explosões, colisão, fogo e feridos.

 A estação do metrô no Estácio, na Zona Norte do Rio, ficou parada no domingo (9) por cerca de duas horas para um treinamento para os grandes eventos que a cidade vai receber, como a Copa das Confederações. 

Funcionários do metrô, policiais, representantes da prefeitura e o Exército participaram de simulações de imprevistos que podem afetar a segurança dos passageiros.

Cerca de 250 pessoas participaram da simulação na estação do Estácio. 

O objetivo era reproduzir situações de caos no metrô, com explosões, colisão de trens, fogo e feridos. 

O treinamento é para garantir a segurança durante a Copa das Confederações, quando vai aumentar o fluxo de passageiros.

“A gente simulou o resgate das vítimas, a recuperação no atendimento, o atendimento.

Simulamos um descarrilamento, não temos um descarrilamento real, mas as equipes foram trazidas para tratar de um descarrilamento e medir os tempos que elas levariam para recuperar, reencarrilar o trem”, contou Joubert Flores, diretor de engenharia do Metrô Rio.

Funcionários que estavam de folga foram chamados em casa sem saber que tudo não passava de um teste. 

A operação envolveu bombeiros, policiais militares e civis, homens da Defesa Civil, do Comando Militar do Leste e do Centro de Operações da Prefeitura.

“Primeiro a nossa equipe atua, verifica que há vítimas, aciona o Corpo de Bombeiros e a partir daí o bombeiro identifica que tem artefatos explosivos, chama o Core, dependendo do artefato, ele chamou também o Comando Militar do Leste. 

Todos os órgãos de segurança se envolveram para atuar integradamente”, disse o diretor de engenharia do Metrô Rio.

A imprensa não foi autorizada a acompanhar a simulação que durou cerca de quatro horas. Na avaliação do Metrô Rio o resultado foi satisfatório. 

 “O resultado foi excelente, o protocolo foi integralmente cumprido. As expectativas de tempo pra cada etapa foram sempre atendidas e a gente conseguiu integrar esses esforços no sentido de estar preparado para qualquer eventualidade”, afirmou Flores.


 

Página na internet ajuda usuários do metrô de SP a rever pretendente

'Spotted: metrô SP' já tem quase 10 mil curtidores na rede social.
Cantada é pública, mas anonimato do autor é garantido.

Cruzou com alguém interessante no metrô, sentiu que rolou uma química, mas não pôde levar o sonho romântico adiante porque teve que descer na estação seguinte? A página ‘Spotted: metrô SP’ pode ser a solução para unir potenciais casais desgarrados. 

Com o lema é “procure aquela pessoa que ocupou seu coração por algumas estações”, ela já tem quase 10 mil curtidores e uma média diária de cem mensagens.

A cantada é pública, mas o anonimato do autor é garantido. A ideia é da estudante de Relações Internacionais Samara Rizzo, de 18 anos, responsável por publicar ela mesma as mensagens. 

Quem mais faz sucesso na página são as meninas asiáticas, os homens loiros e funcionários da linha amarela. 

Veja no vídeo algumas das mensagens.


SSA: Vereador propõe emenda que dificulta implantação do metrô

Se já não bastasse toda a dificuldade para tocar as obras do metrô de Salvador, o vereador Marcell Moraes (PV) protocolou uma emenda para derrubar a isenção do Imposto sobre Serviços (ISS) oferecida pela prefeitura aos serviços vinculados às obras e instalações necessárias à implantação do metrô. A concessão está prevista no artigo 1º do Projeto de Lei nº 354/13, que também propõe, no artigo 2º, a redução para 2% do tributo citado sobre o serviço de transporte metroviário de passageiros.


De acordo com a matéria, haveria entre 2013 e 2015 uma renúncia na arrecadação tributária municipal de aproximadamente R$ 118,8 milhões. Deste valor, R$ 46,5 milhões seriam relativos à isenção do ISS para obras e instalações e outros R$ 72,3 milhões estariam ligados à diminuição da alíquota do tributo para operação do modal.

Na mensagem enviada à Câmara, o prefeito ACM Neto diz que a renúncia de receita seria compensada por medidas de incremento presentes na reforma tributária, aprovada na última semana pelo Legislativo soteropolitano.

“Se o prefeito tem como fazer isso, precisa explicar à sociedade. Sigo muito ACM Neto, mas fui eleito para defender a cidade”, insistiu Marcell. 
 
O vereador declarou contar com o apoio de pelo menos outros 15 vereadores para derrubar a isenção e que Kiki Bispo, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, disse que vai dar parecer favorável à emenda.
 

Cientista analisa qualidade do ar de metrô


Cada amostra de ar coletada continha um bilhão de bactérias, algo equiparável ao encontrado no ar exterior



Norman R. Pace, microbiologista da Universidade de Colorado em Boulder, foi um dos primeiros pesquisadores a utilizar o DNA para estudar micróbios. 

Ele pesquisou os extremófilos (organismos que vivem em ambientes extremos) das fontes termais do Parque Nacional de Yellowstone e chegou a mergulhar com o submersível Alvin para examinar a vida microbiana das fontes hidrotermais. 

Como qualquer microbiologista que já viu muita coisa, ele cumprimenta os visitantes com um "toca aqui".

Pace também pesquisou um ambiente exótico que é muito mais familiar para os nova-iorquinos: o metrô da cidade. 

Mas qual era seu objetivo? Descobrir exatamente como é o ar que se respira lá baixo – e se as criaturas invisíveis seriam motivo de preocupação. Além disso, seu estudo fornece uma "base prévia", ou seja, uma noção de quais são as condições normais do ar nessas áreas – o que é extremamente útil no caso de um ataque bioterrorista, das inundações recentes ou de qualquer outra catástrofe.

Em cada uma de sete estações pesquisadas – Times Square, Grand Central (com as linhas 4, 5, 6 e 7), Union Square, Chambers Street, Bowling Green e a estação abandonada da IRT na prefeitura – a equipe de Pace coletou dois metros cúbicos de ar, o equivalente ao que uma pessoa respira todos os dias.

Como referência, a equipe também coletou o ar da superfície na Union Square e dentro do mezanino da Grand Central. 

As descobertas foram publicadas na revista "Applied and Environmental Microbiology".

Cada amostra continha um bilhão de bactérias e, surpreendentemente, costumava refletir a qualidade do ar exterior, conforme descobriram Pace e os colegas. Contudo, a equipe destacou uma diferença fundamental no subterrâneo: "O volume de fungos é um pouco mais alto. 

Porém, há muita madeira podre por lá, de forma que isso não chega a surpreender."

A equipe não identificou qualquer patógeno humano e apenas cinco por cento das espécies microbianas (que representam um quinto das identificáveis) eram provavelmente originadas na pele humana – em calcanhares, cabeças e antebraços, principalmente.

"Todas as vezes que você desce, a pressão do ar dentro de seus sapatos aumenta", afirmou Pace. "Você pisa e libera um pouco de ar quente, que por sua vez carrega a microbiologia do pé." 

Essa "nuvem convectiva" é irradiada pelos corpos dos cerca de 1,6 bilhão de passageiros que utilizam o sistema de metrô todos os anos. Bactérias associadas à pele humana foram encontradas até mesmo na estação abandonada, no centro da cidade.

O veredito: o ar lá de baixo não é causa para preocupação e, do ponto de vista da microbiologia, o ar úmido de lá de baixo não é diferente de qualquer local cheio de gente.

"Não identificamos nada estranho e certamente nada ameaçador", afirmou Pace. "Pelo menos, nada mais ameaçador que a pessoa ao seu lado na plataforma do trem."

Somague assina novo contrato com o Metro de São Paulo

Consórcio da construtora portuguesa vai executar nos próximos dois anos empreitada de mais de 65 milhões de euros. 
 
A Somague assinou um novo contrato com a Companhia do Metropolitano de S. Paulo no valor 188,5 milhões de reais (mais de 65,5 milhões de euros), adiantou esta segunda-feira a construtora portuguesa em comunicado.

O contrato diz respeito à empreitada do lote 3 da linha 15 do Metrô de S. Paulo e integra a construção de três estações (Iguatemi, Jequiriçá, Jacu-Pêssego e Páteo Ragueb Chohfi) com uma área total de 55.000 metros quadrados. Inclui ainda a execução de diversos edifícios de apoio.

O contrato será executado no período de 24 meses, refere ainda a Somague no comunicado.

Recentemente a Somague assinou o contrato relativo ao lote 1 da Linha 15 do metro de São Paulo, que integra a construção de quatro estações (S.Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstoi e Vila União), no valor de 143,7 milhões de reais (cerca de 50 milhões de euros).

O consórcio construtor conta, para além da Somague (35%), com a SA Paulista (35%) e a Benito Roggio e Hijos SA (30%).

A empresa portuguesa refere ainda no comunicado que outra obra em curso para a Companhia do Metropolitano de São Paulo é o Interface de Vila Prudente, que contempla a construção de um terminal de autocarros, da estação de Vila Prudente do sistema de monotrilho de SP, a sua ligação à estação de metro já existente, respectivo edifício técnico e urbanização exterior. 

Uma obra que tem o valor global de 88 milhões de reais (mais de 30 milhões de euros).

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/somague_assina_novo_contrato_com_o_metro_de_sao_paulo.html 

Entidades de engenharia discutem implantação do metrô em Curitiba

Estão abertas as inscrições para o seminário “Metrô em Curitiba – Contribuições da Engenharia”, promovido pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), Instituto dos Engenheiros do Paraná (IEP) e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR) no dia 26 (quarta-feira), das 8h às 17h, no auditório da biblioteca da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

A proposta é oferecer mais subsídios e colaborar de forma técnica com soluções que possam ampliar o debate sobre a implantação do metrô em Curitiba. As inscrições podem ser feitas neste link.

Seminário: METRÔ EM CURITIBA - CONTRIBUIÇÕES DA ENGENHARIA

Promoção: SENGE-PR, IEP, CREA-PR. Apoio: PUC, Sinduscon e Abenc 
 
Data: 26 de junho – Das 8h às 17h 
 
Local: Auditório da Biblioteca da PUCPR

Programação

8h – Mesa de abertura 
 
8h30 - Matriz de decisão para a escolha do processo construtivo de túneis para corredores metroviários. Engenheiro Civil Vinicius Bernardino Travagin - Professor do Curso de Engenharia Civil da Universidade Positivo

9h10 - Métodos construtivos de túneis metroviários: a experiência do Metrô de São Paulo: Geólogo Hugo Cassio Rocha - Chefe de Projetos Civis do Metrô de São Paulo

10h – debates 
 
10h40 - Revendo o projeto do metrô em Curitiba: novo cronograma de implantação: Economista Fábio Dória Scatolin, Secretário de Planejamento e Gestão da Prefeitura Municipal de Curitiba

11h30- Debates

14h - A Parceria Público Privada (PPP), como alternativa para a implantação do Metrô Curitibano. Arquiteto e Urbanista Leonardo Melhorato Grilo

15h – Debates 
 
17h – Encerramento

Vagão anda com todas as portas abertas em metrô na Rússia

Passageiro flagrou trem andando normalmente sem fechar as portas.
Cena ocorreu na linha vermelha de São Petersburgo.


Em São Petersburgo, na Rússia, um usuário chamado Aleksey Vakulov publicou um vídeo em seu canal no YouTube que mostra um trem da linha vermelha do metrô trafegando com todas as portas abertas (veja o vídeo).

Na gravação, passageiros assustados ficam sentados nas cadeiras do trem, que anda em alta velocidade sem que as portas estejam fechadas por pelo menos duas estações. 

No título do vídeo, há uma brincadeira com o anúncio feito pelo condutor quando as portas deveriam fechar. “Cuidado, as portas NÃO estão fechando”, em tradução literal.

O vídeo foi muito divulgado em jornais russos e alcançou mais de 30 mil visualizações.
Passageiro filmou vagão de metrô andando com todas as portas abertas (Foto: Reprodução/YouTube/Aleksey Vakulov)Passageiro filmou vagão de metrô andando com todas as portas abertas 
 

Transporte na Europa é caro, mas o serviço é bom, dizem brasileiros


O sistema de transportes eficiente e pontual torna o alto valor das passagens razoável para brasileiros que vivem na Europa

Em grande parte das cidades europeias, o preço das passagens de ônibus e metrô é muito mais alto do que no Brasil — se comparados os preços diretamente, sem contar, por exemplo, o salário mínimo de cada país. 

No entanto, segundo brasileiros que vivem no exterior, o transporte europeu é eficiente e de alta qualidade, o que torna o valor das passagens razoável para os entrevistados pelo R7.

Moema Medeiros, que mora em Bilbao, na Espanha, afirma que o transporte público no país é “perfeito”. 

Segundo ela, o valor do metrô varia muito de acordo com o trajeto do passageiro, mas não passa de 80 centavos de euro, valor que se aproxima da tarifa brasileira.

— Apesar de a cidade ser muito pequena, temos um trem local, um trem que nos liga a outras cidades, o metrô e o ônibus. 

Dá para ir a qualquer parte da cidade e redondezas assim.

Para Luis Felipe Fregonezi Ferraz, que mora na Itália, “a qualidade do transporte é indiscutivelmente maior [em relação ao Brasil]".

— Todos os pontos [de ônibus] possuem um painel eletrônico que indica o horário que o próximo ônibus ou o bonde irá passar.

Em Roma, capital do país, o valor do metrô é de 1,50 euro, cerca de R$ 4,30.

— Tanto o metrô quanto o ônibus são interligados, portanto, posso comprar e utilizar uma passagem durante cem minutos, em qualquer trajeto que englobe esses tipos de transporte.

Carlos Henrique Manenti, estudante brasileiro que vive em Lisboa, Portugal, não considera alto o valor de 1,80 euro (R$ 5,20) pago pela passagem de ônibus, já que “em geral, o transporte é muito bom. 

É possível chegar em qualquer local da cidade e os veículos são bem conservados”.

— No metrô, a espera de um trem, às vezes, pode ser grande, porém o sistema funciona bem. 

Não há necessidade de irmos abarrotados dentro do vagão.

Na capital inglesa, o valor da passagem de metrô “é um pouco caro, pois se fizermos a contabilidade de todas as passagens, num mês se gasta bastante”, diz o brasileiro Maurício Azevedo. 

Durante o horário de pico, o metrô de Londres custa 2,80 libras, valor equivalente a cerca de R$ 9,50.


— Porém, o metrô é muito bom e sempre pontual. 

Os ônibus também, sempre com sinalização [nos pontos] de qual será o próximo a vir e quantos minutos faltam.

Os grandes números de 10 metrôs pelo mundo

http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/os-grandes-numeros-de-10-metros-pelo-mundo#2

Primeiras vigas da obra do monotrilho da Linha 17-Ouro, em São Paulo, são instaladas

Peças de concreto armado pesam 90 toneladas e variam de 16 a 31 metros de comprimento, com 2,2 metros de altura e 80 centímetros de largura



O Governo de São Paulo iniciou no final de maio uma nova fase da obra do monotrilho da Linha 17-Ouro com a instalação das primeiras vigas-guia de concreto, uma espécie de trilho por onde passarão os trens, na Avenida Jornalista Roberto Marinho.

O sistema, que terá 17.688 metros de extensão e 18 estações, ligará a estação Jabaquara, na zona sul, à futura estação São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela do metrô, passando pelo aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Divulgação
Cada suporte conta com um ou dois pilares, capitel e viga-guia. Ao todo, a linha terá mais de 1.791 vigas.

Em média, as peças de concreto armado pesam 90 toneladas e variam de 16 a 31 metros de comprimento, com 2,2 metros de altura e 80 centímetros de largura. São formadas por 32 m³ de concreto e 5 mil kg de aço.

Cada viga-guia exige um trabalho de logística intenso para que sejam transportadas em segurança, da fábrica localizada no município de Cajamar até o local das obras.

 Segundo os engenheiros responsáveis, esse é o maior desafio da obra. Outro desafio encontrado é a fabricação das vigas-guia, pois cada viga segue rigorosamente as determinações e peculiaridades de cada etapa do trajeto, acompanhando a topografia do local.

O percurso da Linha 17 - Ouro será realizado por 24 trens, com três ou cinco vagões cada, num total de 100 vagões.

A demanda diária é de aproximadamente 450 mil usuários.

Em operação, cada trem atingirá velocidade média de 35 km por hora, sendo que a velocidade máxima pode chegar aos 80 km por hora.

As obras iniciadas no primeiro semestre de 2012, a primeira fase do projeto, compreendem as estações: Jardim Aeroporto, Congonhas, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Campo Belo, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Morumbi.

A previsão é de que o trecho de 7,7 km seja entregue no segundo semestre de 2014.

O trecho 2 , que vai ligar o Panamby à estação São Paulo-Morumbi, terá 6,4 km de extensão e cinco estações: Panamby, Paraisópolis, Américo Mourano, Estádio do Morumbi e São Paulo-Morumbi.

O último trecho, com 3,5 km de extensão, terá cinco estações: Jabaquara, Hospital Sabóia, Cidade Leonor, Vila Babilônia e Vila Paulista.

Movido à energia elétrica, o monotrilho tem investimento de cerca de R$ 4,8 bilhões e está sendo implantado pelo consórcio composto pelas empresas Andrade Gutierrez, CR Almeida, Scomi e MPE.

A opção pelo sistema, feita pela Companhia do Metrô na Linha 17-Ouro em relação ao metrô convencional, considerou o menor custo de implantação, além da redução do impacto urbanístico.

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http://www.piniweb.com.br/construcao/infra-estrutura/primeiras-vigas-da-obra-do-monotrilho-da-linha-17-ouro-em-291129-1.asp

Bicicletários vão reabrir em 10 estações do Metrô

Serviço será retomado em 5 de julho e funcionará diariamente, das 7h às 22h; 12 primeiras horas são gratuitas

O Metrô de São Paulo vai reabrir dez bicicletários, nas estações Liberdade, Paraíso, Sé, Vila Madalena, Tamanduateí, Brás, Carrão, Corinthians-Itaquera, Guilhermina-Esperança e Santa Cecília. 

A empresa FGTV Produções é quem vai operar os espaços.

O serviço terá início em 5 de julho e funcionará diariamente, das 7h às 22h. 

A empresa credenciada deverá disponibilizar em todas as estações pelo menos dez vagas de estacionamento para o equipamento, sendo as 12 primeiras horas gratuitas e após haverá a cobrança de R$ 2 por hora de uso. 

Nos casos de empréstimo, os primeiros 30 minutos serão gratuitos e após este período a cobrança é de R$ 2 por hora.

A FGTV também será responsável por ocorrências nos estacionamentos, como dano e roubo ou furto dos equipamentos, tendo como obrigação providenciar seguro para a cobertura de responsabilidade civil.

Quatro consórcios foram habilitados para a construção da Linha Leste do Metrô, em Fortaleza


O Consórcio Construcap-Copasa Linha Leste foi considerado inabilitado, mas poderá recorrer da decisão

Segundo divulgação da Comissão Central de Concorrências da linha Leste do Metrô de Fortaleza, Ceará, dos cinco concorrentes para a construção do sistema, quatro consórcios foram habilitados para os serviços.

As obras da Linha Leste, que terá 12,4 km de extensão, integra o Programa "Mobilidade Grandes Cidades", do Governo Federal, que garantiu recursos da ordem de R$ 2 bilhões o projeto, sendo R$ 1 bilhão do Orçamento Geral da União e R$ 1 bilhão financiados pela Caixa Econômica Federal.

O menor preço não poderá ser superior a R$ 2,5 bilhões.
Divulgação Metrofor
A linha Leste terá as seguintes estações: Sé, Luíza Távora, Colégio Militar, Nunes Valente, Leonardo Mota, Papicu, HGF, Cidade 2.000, Bárbara de Alencar, Centro de Eventos e Edson Queiroz. Além dessas, haverá integração com as linhas Oeste e Sul na estação central Chico da Silva, totalizando doze estações.

Os consórcios Cetenco-Acciona (Cetenco Engenharia e Acciona Infraestructura); Mendes Júnior-Soares da Costa-Isolux (Mendes Júnior Trading e Engenharia, Sociedade de Construções Soares da Costa S.A do Brasil e Isolux Projetos e Instalações); Consórcio Metrofor (Construtora Andrade Gutierrez, Construtora Norberto Odebrecht Brasil e Serveng Civilsan-Empresas Associadas e Engenharia); e Mobilidade Urbana (Construções e Comércio Camargo Corrêa, Construtora Queiroz Galvão e Construtora Marquise) foram habilitados.

Já o consórcio Construcap-Copasa Linha Leste (Construcap CCPS Engenharia e Comercio e Sociedad Anonima de Obras y Servicios - Copasa) foi declarado inabilitado, mas poderá recorrer da decisão.
Somente após essa etapa será definida a dada de análise das propostas de preços da obra.

As tuneladoras estão sendo fabricadas em Xangai, na República Popular da China.

As obras da Linha Leste deverão começar ainda no segundo semestre desse ano.

http://www.piniweb.com.br/construcao/infra-estrutura/quatro-consorcios-foram-habilitados-para-a-construcao-da-linha-leste-291583-1.asp 

Editorial: Destravar São Paulo


Se os protestos que tomaram as ruas do país terminaram por catalisar insatisfações latentes na sociedade e veicular uma disparatada pauta de reivindicações, é fato que tudo começou com uma demanda específica: a revogação do aumento das tarifas do transporte público ineficiente e precário. 

Na Grande São Paulo, onde as dificuldades de mobilidade urbana assumem proporções dramáticas, o poder público está diante de uma oportunidade única para elevar o padrão dos serviços de ônibus e trens nos próximos anos. 

Na capital, encerram-se na quarta-feira as audiências públicas com vistas ao lançamento de uma nova concorrência para a exploração das linhas municipais de ônibus. 

As concessões, pelas quais a prefeitura pagará R$ 46 bilhões, serão divididas em oito lotes para consórcios de empresas de ônibus, com 15 anos de validade, e 12 lotes para cooperativas de vans (sete anos). 

O prefeito Fernando Haddad já se comprometeu com a meta de adicionar 150 km de corredores aos 130 km existentes.

 Isso custaria R$ 6 bilhões aos cofres públicos (só a revogação do aumento da tarifa representará um subsídio adicional de R$ 2,6 bilhões até 2016). 

Não basta, contudo, fixar apenas um objetivo ambicioso de expansão. É necessário que a prefeitura assegure o aumento da velocidade média dos ônibus, hoje em arrastados 12 km/h. 

Para tanto, é indispensável construir pistas de ultrapassagem e plataformas de embarque e desembarque. 

Nas avenidas com linhas mais demandadas, é recomendável adotar o sistema de transporte rápido por ônibus, conhecido pela sigla BRT ("bus rapid transit"). Trata-se de um metrô de superfície sobre pneus, com faixas próprias, estações e bilheterias. 

Muitas dessas melhorias precisam ser estendidas aos corredores existentes. Vários deles perderam a eficácia, pois ficam travados pelo excesso de veículos e pela inexistência de áreas de ultrapassagem. 

Seria desejável, ainda, que a redistribuição de linhas previsse a circulação de ônibus expressos ou semiexpressos, que fariam ligações diretas entre dois pontos, ou parariam só em estações selecionadas. 

A instalação dessa nova infraestrutura terá de ser acompanhada necessariamente de um desestímulo à circulação de automóveis. 

É impossível, numa megacidade como São Paulo, persistir num sistema de mobilidade urbana com base no transporte individual. 

Não parece ser o caso, por ora, de obter tal efeito onerando proprietários de carros com novas taxas, num país em que a carga tributária já é pesada. Mas não há como escapar de restrições físicas. 

Em algumas avenidas, o trânsito de ônibus tem de ser privilegiado, ocupando a maior parte da área disponível. Especialistas estimam que seria preciso diminuir em ao menos 30% as viagens de automóveis nas principais vias. 

Num município em que as linhas sobre pneus respondem por cerca de dois terços do transporte coletivo, melhorá-las é a alternativa não só mais rápida, como também a mais barata. 

Dito isso, continuam nebulosos os números do sistema de ônibus paulistano. Não se sabe, por exemplo, se a margem de lucro prevista para as empresas (em torno de 6%) corresponde ao real; há estimativas de que possa chegar ao dobro disso. 

A melhoria da frequência e do tempo gasto nas viagens é a prioridade maior. 

A certeza quanto a horários tem sido uma das razões do aumento da demanda pelo metrô --que, no entanto, está longe de suprir as necessidades da cidade. 

Os 74 km do sistema subterrâneo teriam de ser duplicados para chegar a uma rede de dimensões razoáveis. 

Ocorre que ampliar linhas de metrô sai pelo menos dez vezes mais caro do que implantar corredores de ônibus (cerca de R$ 35 bilhões, no caso da duplicação). 

Quanto à malha da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), é urgente acelerar o processo de modernização, dotando-a, ao menos em parte, de eficiência comparável à do metrô. 

Não há dúvida de que a rede pública de São Paulo terá de ser ampliada também por meio da conexão entre as diferentes modalidades. 

É indispensável que as as transferências sejam mais planejadas e distribuídas, de modo a facilitar a vida do usuário e evitar gargalos nas estações. 

O sistema deveria ser complementado por instalações adequadas para acolher passageiros que cheguem após pequenos trajetos de automóvel, táxi ou bicicleta. 

Considerando os vínculos da cidade com municípios adjacentes, também é conveniente criar uma autoridade metropolitana para o setor, com o propósito de coordenar os serviços oferecidos pelo governo estadual e pelas diversas prefeituras da Grande São Paulo.

Os desafios são vultosos, e os recursos para investimento, limitados. Cabe à prefeitura e ao governo estadual equacioná-los. 

Um bom caminho seria deixar em segundo plano gastos com obras viárias. 

As ruas emitiram um sinal de alerta, que precisa ser ouvido. 

Arquivo INFOTRANSP