18 dezembro 2010

Sedes da Copa ganham mais dois anos para pedir empréstimos ao BNDES

Mato Grosso já fechou contrato com BNDES para Arena Pantanal (crédito: GCP Arquitetos)
 
As cidades-sede da Copa de 2014 ganharam mais dois anos para pedir financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as obras dos estádios e de mobilidade urbana. O prazo para a contratação das linhas de crédito, que acabaria no próximo dia 31, foi adiado para 31 de dezembro de 2012.
 
Criadas no fim de 2009, as duas linhas de crédito têm orçamento de R$ 14,8 bilhões. Para a linha de financiamentos para estádios, os recursos somam R$ 4,8 bilhões (R$ 400 milhões por estádio).

Para as obras de transporte urbano, o orçamento soma R$ 8 bilhões.

De acordo com o Tesouro Nacional, até agora sete das 12 sedes já pegaram dinheiro emprestado para obras de mobilidade urbana. Quanto aos estádios, Mato Grosso, Ceará, Bahia e Rio de Janeiro já assinaram contrato com BNDES.

O banco suspendeu o empréstimo para o Amazonas a pedido do Minitério Público, que apontou indícios de sobrepreço.

O BNDES lançou no ano passado a linha de crédito PróCopa Arenas, que disponibiliza até R$ 400 milhões para cada estádio do Mundial. O financiamento chega até 75% da obra. O banco cobra Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), em torno de 6% ao ano, mais 0,9% anual de remuneração e até 3,57% ao ano de risco de crédito.

Segundo Mário Gouveia, assessor econômico do Tesouro Nacional, o adiamento do prazo ocorreu porque as prefeituras e os governos estaduais precisam ter flexibilidade para executarem os projetos. “Cada projeto tem uma engenharia financeira diferente e os governos locais podem iniciar as obras com recursos próprios e só recorrerem a operações de crédito no fim das obras”, explicou.

Arquivo INFOTRANSP