20 setembro 2011


Metro do Porto recebeu 10 mil reclamações no ano passado 

A Metro do Porto recebeu, em 2010, “cerca de 10 mil reclamações”, das quais cerca de 84% decorrem de autos de notícia, revela o Relatório de Sustentabilidade da empresa.

De acordo com o relatório, em segundo lugar, surgem reclamações ao serviço (12%) e a obras (4%), sendo que destas últimas, 40% tiveram origem em Gondomar (construção da Linha Laranja) e 24% em Gaia (extensão até Santo Ovídio).

Dentro das reclamações associadas ao serviço da Metro do Porto, 57% dizem respeito ao serviço propriamente dito, 29% às estações e 14% aos veículos.

A temperatura dentro dos veículos motiva 36% das reclamações referentes aos veículos, enquanto que os atrasos e o não cumprimento de horários lidera a lista de protestos (25%) no que diz respeito ao serviço propriamente dito.

Apesar de reclamarem, os clientes nem sempre cumprem as normas e regras que lhes são impostas, tendo a Metro do Porto emitido 34.970 autos no ano passado, resultantes de “1,8 milhões de fiscalizações”. O número representou um aumento de 51,6% face ao ano anterior.

A infracção mais comum é viajar sem título ou com título inválido (47%), seguindo-se a posse de títulos de transporte não validados (18%) e viagens além das zonas disponíveis no título (18%).

O estudo inquérito de satisfação do cliente realizado conclui, contudo, que “88,9% dos clientes nunca apresentaram qualquer reclamação pelo serviço prestado pela Metro”.

Este mesmo estudo indica ainda que 27,4% dos inquiridos que já apresentaram alguma reclamação fizeram-no por causa de problemas com carregamentos [do Andante] e 26,3% por considerarem a multa injusta.

O Relatório de Sustentabilidade da empresa revela ainda que a maioria dos seus colaboradores (71%) tem como grau mínimo de formação a licenciatura. A 31 de Dezembro de 2010, a Metro do Porto contava com 100 colaboradores ao serviço, sendo que o número de pessoas vinculadas à empresa ascendia a 129.
O documento revela também que 58% destas pessoas tem menos de 40 anos e 35% são do sexo feminino.
“O salário mais baixo praticado pela empresa é de 650 euros, 37% acima do salário mínimo nacional, fixado em 475 euros em 2010″, acrescenta.

O relatório revela ainda que 93% dos trabalhadores ao serviço estão vinculados por meio de um contrato sem termo.

No ano passado, “tal como nos últimos 3 anos”, apenas se registou um acidente de trabalho com baixa, e a taxa de absentismo situou-se nos 3,1%, tendo sido contabilizadas 5.294 horas de ausência em 171.350 horas trabalháveis.

“Cerca de 79% das horas de ausência referem-se a colaboradores em usufruto de licenças de paternidade/maternidade”, sublinha o relatório.

Foram efectuadas cerca de 1.900 horas de formação no ano passado, que incidiram essencialmente nas áreas de transportes, contabilidade, direito, gestão do relacionamento com o cliente e gestão de reclamações e informática.

http://porto24.pt/porto/19092011/metro-do-porto-recebeu-10-mil-reclamacoes-no-ano-passado/

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