O valor dos benefícios sociais e ambientais do Metro do Porto foi, em 2010, de 153,3 milhões de euros, mais 2,3% do que o fixado no ano anterior.
De acordo com o Relatório de Sustentabilidade da empresa 2010, o valor dos benefícios sociais e ambientais estimados pela empresa não é, contudo, suficiente para cobrir os resultados líquidos da empresa, que encerrou o exercício em 2010 com um saldo negativo de 351,7 milhões de euros.
Em termos monetários e considerando a redução de emissões de dióxido de carbono (CO2 equivalente) para a atmosfera, a Metro do Porto apresentou ganhos de 240 mil euros, enquanto que em ganhos de tempo dos clientes foi possível arrecadar 142,2 milhões de euros.
Já a redução de pressão sobre o estacionamento permitiu à Metro obter proveitos de 9,9 milhões de euros.
“Para a valorização de cada tonelada de CO2e evitada utilizou-se um valor de 5,5 euros. Ao nível dos benefícios sociais, o ganho de tempo foi valorizado em 15 cêntimos por minuto (deslocações em serviço para o local de trabalho) e em 3 cêntimos por minuto (outros motivos) e a valorização das horas de estacionamento foi de 50 cêntimos/hora”, refere o documento.
Na mensagem que deixa neste relatório, o presidente do conselho de administração da empresa, Ricardo Fonseca, afirma que, “em resultado de um exercício claramente marcado pela diminuição de custos, pelo crescimento da procura e pela expansão da rede, os pilares económico, social e ambiental que pautam a actividade da empresa, conheceram uma nova ordem de grandeza, com evidentes benefícios para a comunidade”.
O responsável considera que “as vantagens de ordem social não resultam apenas numa evidente melhoria da qualidade de vida das populações servidas”. Na sua opinião, têm também “uma tradução ao nível ambiental e ao nível económico”, tendo sido possível evitar mais de 56 mil toneladas de emissões de CO2.
“Ao nível ambiental”, salienta Ricardo Fonseca, “a performance positiva do sistema não tem paralelo”.
Para o cálculo das poupanças nas emissões para a atmosfera, a empresa assume a estrutura de transferência de outros meios de transporte para o metro, sendo que, em 2010, “80%” das mais de 56 mil toneladas de emissões de CO2 evitadas resultou da “transferência do transporte individual para o metro e os restantes 20% em consequência da transferência do transporte colectivo”.
Em 2010, a rede do metro contava com 6 linhas, em 7 municípios, numa extensão de 66 quilómetros.
http://porto24.pt/porto/19092011/metro-do-porto-mais-de-150-milhoes-de-beneficios-sociais-e-ambientais/