Valeska Peres Pinto, coordenadora Técnica da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP) apresenta a palestra “Tendências e perspectivas da mobilidade urbana no Brasil” durante o 12° Encontro das Empresas de Fretamento e Turismo, promovido pela FRESP - Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo, na cidade de Mogi das Cruzes (SP).
No terceiro dia do 12° Encontro das Empresas de Fretamento e Turismo, Valeska Peres Pinto, coordenadora Técnica da ANTP - Associação Nacional de Transporte Público ministra a palestra sobre “Tendências e perspectivas da mobilidade urbana no Brasil”. O evento, promovido pela FRESP, acontece nos dias 23, 24 e 25 de setembro, no Paradise Golf Lake & Resort, na cidade paulista de Mogi das Cruzes.
A arquiteta e urbanista, com formação pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Brás Cubas e em Geografia Urbana pela EHESS - École des Hautes Études en Sciences Sociales, na França, revela que a participação no 12° Encontro tem por objetivo contribuir para o entendimento dos desafios colocados para o transporte público e o trânsito na mobilidade urbana. “É preciso entender que para melhorar a fluidez na cidade é necessário elaborar uma rede integrada de transporte. Achar que o carro é o único vilão no sistema viário dos grandes centros é uma ideia simplificadora”, afirma.
Valeska ressalta que quando se pensa na mobilidade urbana é preciso partir de uma visão macro da região e de suas necessidades, que requerem a implantação de sistemas de mobilidade que integrem as modalidades de transportes. “Nenhum transporte sozinho responde a todas as necessidades de uma cidade, em particular nas metrópoles. O Metrô não pega as pessoas na porta da casa, os corredores de ônibus têm um limite de capacidade. Somente a organização de redes que considerem a totalidade das viagens, incluindo os deslocamentos à pé,pode reverter a situação, priorizando áreas mais carentes”, expõe.
Segundo ela, o serviço de fretamento é mais uma alternativa para preencher essa lacuna do transporte. “A utilização do ônibus coletivo privado é uma boa solução para as empresas que estão afastadas da rede convencional de transporte público”, reflete. “A modalidade de fretamento é mais um ator, como o carro, ônibus e Metrô, quando se pensa na mobilidade urbana”, completa.
De acordo com a profissional, que já atuou como analista de transportes na diretoria de Planejamento da Companhia Metropolitana de São Paulo, a Copa do Mundo no Brasil será favorável para que as empresas de fretamento acelerem seus investimentos na qualidade do atendimento. “Na Copa da África do Sul, por exemplo, o turismo rodoviário foi o principal protagonista nos deslocamentos realizados durante o evento”, assegura. Pesquisa do Ministério do Turismo (MTur), produzida pela FGV, comprova essa realidade: dos turistas, que foram ao evento, 20% utilizaram o transporte coletivo privado para conhecer o País.
Valeska diz que o evento esportivo é a oportunidade para que se acelerem os investimentos na insfraestrutura do País. “Apesar da Copa do Mundo durar um mês, as cidades que possuem projetos vão saber tirar proveito de forma positiva desse momento. Já as que não possuem, terão de acelerar seus esforços de planejamento e implantação, caso queiram deixar um legado que realmente melhore a qualidade de vida urbana das pessoas”, explica.
Segundo a consultora, o Brasil paga, no tocante a oferta de serviços essenciais, um preço alto devido a sua rápida urbanização. Ela não foi acompanhada de um planejamento da infraestrutura das cidades e na maioria dos caso, a que existia se revelou insuficiente. Para melhorar a mobilidade urbana é necessário tomar medidas de curto, médio e longo prazo. “Primeiramente é preciso eliminar os estacionamentos em local público, porque rua não foi feita para isso. As cidades também devem oferecer calçadas de qualidade para que os pedestres possam fazer seus deslocamentos com segurança, além de incentivar a prática. No médio prazo, é essencial que haja mais investimentos nos transportes para aumentar os corredores de ônibus e as linhas do Metrô. Depois é indispensável fazer um planejamento urbano para evitar a formação das cidades dormitórios, gerando oportunidades de emprego e renda nos locais onde vivem as populações”, esclarece.
Direcionado aos profissionais do setor de transporte, turismo e áreas afins, a programação do evento contará com mais cinco palestras sobre: Políticas Públicas no Fretamento; Pequenos detalhes que fazer a diferença no turismo; Mágica dos resultados empresariais; Descobrindo sua Força; e o exemplo de trajetória de sucesso de um profissional que foi vendedor até chegar a ser gestor de negócios.
Acompanhe a programação:
12º ENCONTRO DAS EMPRESAS DE FRETAMENTO E TURISMO
23/09/2011 (sexta-feira)
18h30 às 19 horas - Abertura oficial
19 horas às 20 horas – Descobrindo sua força
Palestrante: Rodrigo Cardoso
Professor e autor de 4 livros e 2 DVD’s sobre atitude e comportamento organizacional
24/9/2011 (sábado)
09 horas às 09h50 - Desafios para inclusão do fretamento nas políticas públicas de transporte
Palestrante: Eduardo Alcântara Vasconcellos
Especialista em planejamento urbano e coordenador do Projeto Observatório da Mobilidade Cidadã da ANTP - Associação Nacional de Transportes Públicos
09h50 às 10h40 - Serviço de sucesso: pequenos detalhes que fazem a diferença
Palestrante: Horácio Neves
Editor do Brasilturis jornal e idealizador do primeiro caderno de turismo do Brasil, no jornal Folha de S. Paulo
11 horas às 12h30 - De vendedor a gestor de negócios
Palestrante: Cláudio Tomanini
Professor e consultor de marketing e gestão de vendas
25/9/2011 – (domingo)
9h30 às 10h30 - Tendências e perspectivas da mobilidade urbana no Brasil
Palestrante: Valeska Peres Pinto
Coordenadora Técnica da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP)
11 horas às 12h15 - A mágica dos resultados empresariais
Palestrante: Eduardo Peres
Palestrante especializado em Motivação de Equipes, Liderança e Vendas
SERVIÇO:
12º ENCONTRO DAS EMPRESAS DE FRETAMENTO E TURISMO
Dias: 23, 24 e 25 de setembro
Local: Paradise Golf Lake & Resort
Rodovia Engº Cândido do Rêgo Chaves, 4.500 / SP 39 - KM 50 Jundiapeba - Mogi das Cruzes - SP
Investimentos: de R$ 381 a R$ 1.174 por pessoa, com hospedagem inclusa. Os valores podem ser parcelados em até 2 vezes. Crianças menores de 6 anos não pagam.