03 setembro 2011

Engevix poderá investir em transporte de massa

 
Segundo Almada, empresa já avalia a ampliação do seu complexo


A empresa paulista Engevix Engenharia confirmou a intenção de investir em transportes de massa no Rio Grande do Sul. A companhia, com atuação nas áreas de energia, indústria e infraestrutura e que adquiriu o Estaleiro Rio Grande (ERG) no porto de Rio Grande, analisa oportunidades para investir em uma ligação ferroviária entre as cidades de Rio Grande e Pelotas, cuja expectativa de fluxo de pessoas chega a 30 mil por dia após os investimentos previstos para a região. A empresa também avalia alternativas para Porto Alegre, que poderiam ser tramways (bondes) ou metrô.

"O Rio Grande do Sul opera basicamente com transporte rodoviário, mas isto em muitas ocasiões tira competitividade do Estado", afirmou o sócio da Engevix, Gerson Almada. As iniciativas, no entanto, dependeriam de aprovação e avanço de trâmites legais no Ministério dos Transportes e na prefeitura de Porto Alegre.

O começo da parte física do ERG 2, área de apoio ao Estaleiro Rio Grande, com 350 mil metros quadrados, orçada em R$ 380 milhões, foi possibilitado há 15 dias, com a liberação das licenças ambientais. No ERG-2 será construída uma fábrica de painéis com capacidade de produção de 8,5 mil toneladas por mês, juntamente com obras que irão permitir a construção de navios-sonda. Os investimentos no ERG-2 serão de R$ 500 milhões.

Um desafio da companhia no Estado é viabilizar a compra de uma área próxima onde hoje estão os seus estaleiros. A chamada ERG 3 tem atualmente sua aquisição sendo negociada pela Engevix, e, em caso de sucesso, possibilitará a instalação de um complexo para produzir módulos e peças para outros navios, inclusive para o uso da marinha mercante. "A área onde estamos já está se tornando limitada para nossos projetos", afirmou Almada. Os investimentos multiplicarão o capital da empresa no Estado: somente a fábrica de cascos irá demandar um investimento total de US$ 3,75 bilhões.

Além da implantação do estaleiro no Rio Grande do Sul, a empresa, segundo Almada, estuda a construção de unidades habitacionais em Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande. A empresa poderá erguer empreendimento para atender a parte da demanda de 37 mil casas estimadas para Rio Grande nos próximos anos. Como o centro da cidade está ocupado, as construções seriam em áreas adjacentes.

Arquivo INFOTRANSP