14 junho 2011

Supervia e Governo do Rio de Janeiro anunciam investimentos para melhoria do sistema ferroviário estadual .

Investimentos alcançarão R$ 2,4 bilhões e podem ser considerados os maiores já feitos no setor no Rio de Janeiro
 
“É para valer”. Foi com esta frase que o presidente da SuperVia, Carlos José Cunha, garantiu que a SuperVia passa por uma transformação. O objetivo é oferecer aos seus passageiros conforto, segurança e pontualidade. Em coletiva realizada esta manhã no Palácio Guanabara, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, representado pela Secretaria de Transportes (Setrans), e a concessionária detalharam os investimentos de R$ 2,4 bilhões programados para o sistema ferroviário. Trinta e quatro composições com ar condicionado, compradas pelo Governo na Chine, começam a ser embarcadas para o Rio no próximo mês, e parte delas inicia operação ainda este ano.
 
Os 540 mil passageiros diários já poderão perceber os sinais da mudança ainda este ano. Para tanto, a concessionária preparou o SuperVia em Movimento, programa de intervenções que já está em curso e prevê medidas como: a fidelização de plataformas para facilitar a localização dos embarques na Central do Brasil; melhorias em estações, como maior conforto e segurança por meio da instalação de coberturas e nova iluminação no entorno; melhoria na acessibilidade com redução da distância entre plataforma e o vagão; e a operação por intervalos, que reduzirá o tempo de espera entre os trens.
 
Carlos José destacou também o novo sistema de comunicação, que permitirá contato direto entre o Centro de Controle e as composições, o que irá agilizar a informação aos clientes. “Hoje, essa responsabilidade é do maquinista. O novo sistema proporcionará automatização no contato com os passageiros, que poderão ter retorno imediato de possíveis intervenções no sistema.”
 
Ainda em relação à segurança, o presidente da SuperVia informou que serão instaladas 250 câmeras de monitoramento distribuídas entre as estações Deodoro, Japeri, Santa Cruz, Saracuruna e Nova Iguaçu. Hoje, as estações que possuem o sistema são Campo Grande, Méier, Central, Madureira, Engenho de Dentro e Cascadura.
 
Mais investimentos
 
O anúncio das melhorias apresenta a nova formação societária da SuperVia: 60% controlada pela Odebrecht TransPort e 40% por fundos de investimentos estrangeiros. O contrato de concessão da SuperVia foi prorrogado por mais 25 anos, sendo válido até 2048. De acordo com o novo contrato, o Governo deverá fazer aporte de R$ 1,2 bilhão na aquisição de 90 novos trens, todos com ar condicionado. Destes, 34 já foram adquiridos e começam a operar até 2012.
 
O investimento da SuperVia, também de R$ 1,2 bilhão, inclui a aquisição de outros 30 novos trens climatizados, reforma e instalação de refrigeração em 73 trens de aço inox, implantação de um novo sistema de sinalização, modernização da infraestrutura e intervenções em 98 estações, além da revitalização do ramal Guapimirim. Segundo Carlos José, o objetivo é oferecer o melhor serviço ao cliente. Tanto que, se por contrato a concessionária deve adquirir 30 novos trens até 2020, a expectativa é de que a compra dessas composições seja efetivada ainda este ano com previsão de chegada para 2015.
 
“Iniciamos o primeiro governo com a média de 400 mil usuários e observamos o salto de público para os 540 mil, o que demonstra que o trem é um meio de transporte eficiente. Agora, a chegada da Odebrecht TransPort ratifica as iniciativas previstas e deixa claro o caráter transformador com foco no conforto do usuário”, ressaltou o secretário estadual de Transportes, Julio Lopes.
 
A renovação da frota evidencia essa meta. De acordo com Carlos José, a expectativa é que, no próximo verão, já estejam em operação mais 16 trens com ar condicionado (sendo oito do total adquirido pelo governo e oito reformados). Em 2014, a idade média dos trens em circulação será de 16 anos.
 
Para o presidente da OdebrechtTransPort, Paulo Cesena, a concessionária é um ativo de destaque para a Organização Odebrecht, justamente pela complexidade de sua operação e os desafios que ela impõe. “Já deixamos um legado para a cidade, com construções como o aeroporto Santos Dummont e a reforma do Maracanã. Faltava um legado relacionado à operação, ao dia-a-dia. Assim que entramos na SuperVia percebemos que ali existe um time focado, e que poderíamos fazer coisas boas. Isso inclui qualificação dos funcionários e valorização do sistema ferroviário”, disse o executivo
 

Arquivo INFOTRANSP