Tarifa de R$ 2,40 não inclui metrô, trem e barcas e não vale para ônibus com ar
Mariana Costa, do R7 | 06/11/2010
O Bilhete Único Carioca entra em vigor neste sábado (6), mas os passageiros do Rio e da região metropolitana ainda têm muitas dúvidas sobre o seu funcionamento.
Apesar do nome, o novo modelo não inclui metrô, trem e barcas, e vai se unir aos cinco cartões já existentes: o bilhete único interestadual, o Riocard Jovem, o vale-transporte (fornecido pelas empresas), o vale-transporte rápido e o expresso.
Tire suas dúvidas sobre o novo sistema
Por R$ 2,40, os passageiros poderão usar duas linhas de ônibus municipais em um período de duas horas. Para ter direito ao benefício, é preciso se cadastrar no site www.riobilheteunico.com.br ou em um dos oito postos do sistema Riocard. Quem usa o Bilhete Único estadual, em vigor desde o início do ano, ou vale-transporte, será cadastrado automaticamente.
A novidade entra em vigor a pouco mais um mês do verão, mas não valerá para ônibus com ar-condicionado. A Secretaria Municipal de Transportes informou que não há previsão para incluir os coletivos refrigerados no sistema.
Também não há prazo para a inclusão dos demais meios de transporte. De acordo com a secretaria, será preciso “abrir uma rodada de negociações” com as concessionárias que administram o metrô, as barcas e o trem, subordinadas ao Estado.
O passageiro que pegar um ônibus da Barra até a zona sul e outro até o centro vai pagar R$ 2,40. Se usar barcas ou trem, pagará o preço convencional desses transportes. Se pegar outro ônibus depois, poderá se beneficiar da tarifa do bilhete intermunicipal, de R$ 4,40.
Moradora do bairro Santa Rosa, em Queimados, na Baixada Fluminense, a doméstica Ana Maria Tavares Scwenk, de 54 anos, gasta R$ 20 no trajeto de casa para o trabalho. Ela conta que ainda não teve tempo de se cadastrar, já que, sem acesso a internet, a doméstica teria que ir até um dos postos de cadastramento, que funcionam de segunda a sexta-feira, no horário comercial.
- Ainda não sei como é esse negócio de bilhete único. Passo as noites no trabalho de segunda a sexta e só tenho os sábados para resolver esse tipo de coisa.
Como não há integração entre os meios de transporte, ela passaria a gastar R$ 4,40 (ônibus e trem com a tarifa do bilhete intermunicipal) para chegar ao centro do Rio, e mais R$ 2,40 no trajeto até Laranjeiras, na zona sul da capital, onde trabalha.
O novo sistema municipal será operado por quatro consórcios que reúnem 41 empresas. Os grupos Intersul, Internorte, Transcarioca e Santa Cruz venceram a licitação e vão operar os ônibus que rodam nas quatro áreas licitadas: zona sul e Grande Tijuca; zona norte; Baixada de Jacarepaguá, Barra da Tijuca e Recreio; e zona oeste.
A licitação aberta pela Prefeitura do Rio despertou o interesse de grupos de outros Estados, mas os vencedores foram as mesmas empresas que já operavam as linhas de ônibus no Rio.
O grupo de São Paulo perdeu a licitação porque deu um prazo mais longo para a implantação do sistema: 120 dias. As empresas cariocas ofereceram dois meses para dar início ao Bilhete Único, se beneficiando do sistema já existente do Riocard.
A Secretaria Municipal de Transportes informou que o prazo oferecido pelas empresas foi determinante, pois o que pesou “foi o benefício de milhares de passageiros”. Ainda de acordo com a secretaria, não houve irregularidades na licitação, que foi aprovada pelo Tribunal de Contas e pela Procuradoria do Município.
Para operar o novo sistema, as empresas receberam um presentão da prefeitura: a alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS) cobrada das empresas de ônibus caiu de 2% para 0,001%.
Apesar do nome, o novo modelo não inclui metrô, trem e barcas, e vai se unir aos cinco cartões já existentes: o bilhete único interestadual, o Riocard Jovem, o vale-transporte (fornecido pelas empresas), o vale-transporte rápido e o expresso.
Tire suas dúvidas sobre o novo sistema
Por R$ 2,40, os passageiros poderão usar duas linhas de ônibus municipais em um período de duas horas. Para ter direito ao benefício, é preciso se cadastrar no site www.riobilheteunico.com.br ou em um dos oito postos do sistema Riocard. Quem usa o Bilhete Único estadual, em vigor desde o início do ano, ou vale-transporte, será cadastrado automaticamente.
A novidade entra em vigor a pouco mais um mês do verão, mas não valerá para ônibus com ar-condicionado. A Secretaria Municipal de Transportes informou que não há previsão para incluir os coletivos refrigerados no sistema.
Também não há prazo para a inclusão dos demais meios de transporte. De acordo com a secretaria, será preciso “abrir uma rodada de negociações” com as concessionárias que administram o metrô, as barcas e o trem, subordinadas ao Estado.
O passageiro que pegar um ônibus da Barra até a zona sul e outro até o centro vai pagar R$ 2,40. Se usar barcas ou trem, pagará o preço convencional desses transportes. Se pegar outro ônibus depois, poderá se beneficiar da tarifa do bilhete intermunicipal, de R$ 4,40.
Moradora do bairro Santa Rosa, em Queimados, na Baixada Fluminense, a doméstica Ana Maria Tavares Scwenk, de 54 anos, gasta R$ 20 no trajeto de casa para o trabalho. Ela conta que ainda não teve tempo de se cadastrar, já que, sem acesso a internet, a doméstica teria que ir até um dos postos de cadastramento, que funcionam de segunda a sexta-feira, no horário comercial.
- Ainda não sei como é esse negócio de bilhete único. Passo as noites no trabalho de segunda a sexta e só tenho os sábados para resolver esse tipo de coisa.
Como não há integração entre os meios de transporte, ela passaria a gastar R$ 4,40 (ônibus e trem com a tarifa do bilhete intermunicipal) para chegar ao centro do Rio, e mais R$ 2,40 no trajeto até Laranjeiras, na zona sul da capital, onde trabalha.
O novo sistema municipal será operado por quatro consórcios que reúnem 41 empresas. Os grupos Intersul, Internorte, Transcarioca e Santa Cruz venceram a licitação e vão operar os ônibus que rodam nas quatro áreas licitadas: zona sul e Grande Tijuca; zona norte; Baixada de Jacarepaguá, Barra da Tijuca e Recreio; e zona oeste.
A licitação aberta pela Prefeitura do Rio despertou o interesse de grupos de outros Estados, mas os vencedores foram as mesmas empresas que já operavam as linhas de ônibus no Rio.
O grupo de São Paulo perdeu a licitação porque deu um prazo mais longo para a implantação do sistema: 120 dias. As empresas cariocas ofereceram dois meses para dar início ao Bilhete Único, se beneficiando do sistema já existente do Riocard.
A Secretaria Municipal de Transportes informou que o prazo oferecido pelas empresas foi determinante, pois o que pesou “foi o benefício de milhares de passageiros”. Ainda de acordo com a secretaria, não houve irregularidades na licitação, que foi aprovada pelo Tribunal de Contas e pela Procuradoria do Município.
Para operar o novo sistema, as empresas receberam um presentão da prefeitura: a alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS) cobrada das empresas de ônibus caiu de 2% para 0,001%.