CONVÊNIO COM A CAIXA (15/10/2010)
Os veículos Leves Sobre Trilhos (VLTs) possuem demanda projetada de 90 mil passageiros por dia. A linha terá dez estações e seis obras-de-arte viárias para eliminar passagens de nível
FOTO: BRUNO GOMES
15/10/2010
Montante será destinado à construção de linha férrea para VLTs e duas novas estações da Linha Sul do Metrofor
Há anos utilizada apenas como linha intermediária para o transporte de cargas, o ramal ferroviário Parangaba-Mucuripe será, finalmente, reestruturado e repaginado para viabilizar a mobilidade urbana necessária aos turistas e cearenses que pretende assistir aos jogos da Copa do Mundo de 2014, no Castelão. Enquanto aguarda os trens do metrô de Fortaleza entrar nos trilhos, o governo do Estado celebrou ontem, dois financiamentos com a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 203,2 milhões, para as obras de requalificação do trecho e construção de duas novas estações da Linha Sul do Metrofor: a Juscelino Kubitscheck, no Montese, e a Padre Cícero, em Porangabussu, próxima ao campo do Ceará Sporting Clube.
O primeiro financiamento, no valor de R$ 170 milhões, será acrescido de mais R$ 95,5 milhões do tesouro Estadual, para serem aplicados na construção de uma nova linha férrea de 13 quilômetros, que irá operar com VLTs (veículos leves sobre trilhos), ou seja, com trens de superfície de passageiros. Com demanda projetada pelo Metrofor de 90 mil passageiros por dia, o ramal terá dez estações e seis obras de arte viárias, como forma de eliminar as principais passagens de nível sobre as avenidas Germano Franck, Borges de Melo, Aguanambi, Padre Antônio Tomás, Santos Dumont e Alberto Sá.
A proposta do governo do Estado é fazer a ligação entre o setor hoteleiro da orla marítima de Fortaleza e o centro da capital, a partir de sua integração com a Linha Sul do Metrofor, em Parangaba. Já o segundo empréstimo assinado com a Caixa refere-se à liberação de R$ 33,2 milhões, com contrapartida de R$ 1,8 milhão do governo do Estado, que serão aplicados na construção de duas novas estações do Metrofor.
Gargalos
Com cerca de 20 páginas cada um, os dois contratos foram assinados na tarde de ontem, pelo governador do Ceará, Cid Ferreira Gomes, pela vice-presidente de Tecnologia da Informação da Caixa, Clarice Coppetti e pelo superintendente Regional da instituição no Ceará, Gotardo Gurgel. "A quantidade de papel para assinar é proporcional ao dinheiro que vem?", brincou o governador, após rubricar, uma a uma, 80 folhas, das duas vias de cada um dos financiamentos.
"O volume de papel, o contrato extenso é importante para dar segurança ao Estado e a Caixa, da operação", explicou Clarice Coppetti. Segundo ela, os recursos contratados são do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e têm prazos de pagamento superior a 20 anos. "As condições (taxas e prazos) variam de acordo com cada tipo de operação", respondeu, após ressaltar a parceria e o compromisso da instituição com os projetos sociais e econômicos desenvolvidos no Ceará, com apoio da Caixa.
Desapropriações
Se os recursos à reconstrução do ramal Parangaba-Mucuripe estão assegurados, o modelo d e desapropriação das casas e consequente compensação às famílias instaladas ao longo da linha férrea ainda não foram definidos. Segundo o diretor de Planejamento do Metrofor, Edilson Aragão, o cadastro das famílias ainda será realizado, para que sejam decididas a forma, ou as formas, de ressarcimento.
"Pode ser a construção de conjuntos habitacionais, indenização financeira, aluguel social, há uma serie de possibilidades que poderão ser utilizadas após contato, cadastro e conversa com as famílias", sinaliza Aragão. "O modelo ainda será apresentado ao governador, que é quem irá definir´, acrescentou o secretário executivo da Seinfra, Otacílio Borges.
Ambos avaliam que com os recursos agora assegurados, a desapropriação e as obras ganhem celeridade. Segundo disse Cid Gomes, grande parte dos R$ 95,5 milhões da contrapartida do Estado serão aplicados na indenização das famílias.
Quanto ao início das obras, ninguém sabe ao certo. Segundo o diretor do Metrofor, o projeto executivo está em execução e a licitação deve ocorrer até o fim deste ano. "Tudo deve estar pronto até 2013", previu.
Há anos utilizada apenas como linha intermediária para o transporte de cargas, o ramal ferroviário Parangaba-Mucuripe será, finalmente, reestruturado e repaginado para viabilizar a mobilidade urbana necessária aos turistas e cearenses que pretende assistir aos jogos da Copa do Mundo de 2014, no Castelão. Enquanto aguarda os trens do metrô de Fortaleza entrar nos trilhos, o governo do Estado celebrou ontem, dois financiamentos com a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 203,2 milhões, para as obras de requalificação do trecho e construção de duas novas estações da Linha Sul do Metrofor: a Juscelino Kubitscheck, no Montese, e a Padre Cícero, em Porangabussu, próxima ao campo do Ceará Sporting Clube.
O primeiro financiamento, no valor de R$ 170 milhões, será acrescido de mais R$ 95,5 milhões do tesouro Estadual, para serem aplicados na construção de uma nova linha férrea de 13 quilômetros, que irá operar com VLTs (veículos leves sobre trilhos), ou seja, com trens de superfície de passageiros. Com demanda projetada pelo Metrofor de 90 mil passageiros por dia, o ramal terá dez estações e seis obras de arte viárias, como forma de eliminar as principais passagens de nível sobre as avenidas Germano Franck, Borges de Melo, Aguanambi, Padre Antônio Tomás, Santos Dumont e Alberto Sá.
A proposta do governo do Estado é fazer a ligação entre o setor hoteleiro da orla marítima de Fortaleza e o centro da capital, a partir de sua integração com a Linha Sul do Metrofor, em Parangaba. Já o segundo empréstimo assinado com a Caixa refere-se à liberação de R$ 33,2 milhões, com contrapartida de R$ 1,8 milhão do governo do Estado, que serão aplicados na construção de duas novas estações do Metrofor.
Gargalos
Com cerca de 20 páginas cada um, os dois contratos foram assinados na tarde de ontem, pelo governador do Ceará, Cid Ferreira Gomes, pela vice-presidente de Tecnologia da Informação da Caixa, Clarice Coppetti e pelo superintendente Regional da instituição no Ceará, Gotardo Gurgel. "A quantidade de papel para assinar é proporcional ao dinheiro que vem?", brincou o governador, após rubricar, uma a uma, 80 folhas, das duas vias de cada um dos financiamentos.
"O volume de papel, o contrato extenso é importante para dar segurança ao Estado e a Caixa, da operação", explicou Clarice Coppetti. Segundo ela, os recursos contratados são do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e têm prazos de pagamento superior a 20 anos. "As condições (taxas e prazos) variam de acordo com cada tipo de operação", respondeu, após ressaltar a parceria e o compromisso da instituição com os projetos sociais e econômicos desenvolvidos no Ceará, com apoio da Caixa.
Desapropriações
Se os recursos à reconstrução do ramal Parangaba-Mucuripe estão assegurados, o modelo d e desapropriação das casas e consequente compensação às famílias instaladas ao longo da linha férrea ainda não foram definidos. Segundo o diretor de Planejamento do Metrofor, Edilson Aragão, o cadastro das famílias ainda será realizado, para que sejam decididas a forma, ou as formas, de ressarcimento.
"Pode ser a construção de conjuntos habitacionais, indenização financeira, aluguel social, há uma serie de possibilidades que poderão ser utilizadas após contato, cadastro e conversa com as famílias", sinaliza Aragão. "O modelo ainda será apresentado ao governador, que é quem irá definir´, acrescentou o secretário executivo da Seinfra, Otacílio Borges.
Ambos avaliam que com os recursos agora assegurados, a desapropriação e as obras ganhem celeridade. Segundo disse Cid Gomes, grande parte dos R$ 95,5 milhões da contrapartida do Estado serão aplicados na indenização das famílias.
Quanto ao início das obras, ninguém sabe ao certo. Segundo o diretor do Metrofor, o projeto executivo está em execução e a licitação deve ocorrer até o fim deste ano. "Tudo deve estar pronto até 2013", previu.