Mais de dois milhões de reais já foram gastos apenas com estudos e projetos Utilizado como promessa de campanha para a reeleição do ex-prefeito Beto Richa e como atrativo para a cidade ser escolhida como sede da Copa do Mundo em 2014, o metrô de Curitiba já foi muito discutido e pouco executado. A prefeitura do município já desembolsou R$ 2,68 milhões para a realização de estudos e projetos de engenharia para a construção do empreendimento, mas a obra ainda não saiu do papel.
E se depender do financiamento do governo federal destinado a obras de infraestrutura nas cidades-sede da Copa a obra não vai para frente mesmo. Na última quinta-feira (14) uma publicação no Diário Oficial deixou Curitiba sem recursos para a construção do metrô. O governo teria priorizado obras no transporte público que pudessem ser concluídas até o Mundial, definidas em parceria com prefeitos e governadores.
De acordo com a prefeitura de Curitiba, a cidade recusou o empréstimo porque pretende pleitear cerca de R$ 700 milhões em créditos de fundo perdido, que não necessitam de devolução, para não se endividar. A decisão contraria afirmações de Beto Richa que em 2009 apostava na escolha de Curitiba como cidade-sede da Copa para obter com maior agilidade recursos para o metrô.
A construção deveria começar neste ano, mas a previsão provavelmente não vai se cumprir. A prefeitura afirma que a obra está em “fase de negociação” e até o término desta etapa o órgão não se pronuncia sobre o assunto. Apenas o primeiro trecho da obra deve custar R$ 2 bilhões, que os representantes da cidade não sabem dizer do bolso de quem vai sair.