Primeiro Caderno | Dia-a-dia
Edição de sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Depredação dá prejuízo de R$ 80 mil
Lucilene Meireles
A depredação é um problema antigo e ainda é um dos que mais incomodam os usuários dos trens urbanos na Grande João Pessoa. Por conta do vandalismo, a Companhia de Trens Urbanos de João Pessoa (CBTU-JP) chega a gastar, por ano, cerca de R$ 80 mil com a manutenção de portas e a reposição de janelas dos trens. Quem precisa se deslocar nas locomotivas com frequência sabe que a situação melhorou um pouco, mas não o bastante para evitar sustos durante as viagens. "Já vi várias vezes as pessoas jogando pedras no trem. É arriscado para o passageiro. Mesmo com as telas nas janelas, ainda tenho um certo medo", disse Severina dos Santos, 27, dona de casa.
Vera Lúcia Barbosa Sousa, 50, colaboradora de uma ong, também relatou as histórias que vive no cotidiano. Ela mora em Santa Rita e trabalha em João Pessoa. "Preciso do trem todos os dias e sempre acontecem atos de vandalismo. O maior problema são as pedradas. É um absurdo, porque quando menos se espera, as pedras batem. Por isso, prefiro ficar afastada da janela. Acho isso uma grande falta de respeito com o bem público", declarou.
Além das pedras que são atiradas, outro problema observado pela Companhia de Trens Urbanos de João Pessoa (CBTU-JP) é o lixo jogado às margens da via. "Acabamos gastando mais para fazer o recolhimento destes detritos", declarou o coordenador de Operações da CBTU, Marcos Moura. Ele não informou os custos para este serviço. Por isso, a companhia realiza campanhas educativas permanentes nas comunidades por onde o trem passa, nas estações e dentro das composições. Ao todo, são 12 estações, sendo as principais João Pessoa, Cabedelo, Bayeux e Santa Rita
Marcos Moura disse que algumas pessoas costumam segurar as portas dos vagões. O resultado é que esta atitude faz com que elas quebrem. A pressa de sair ou entrar no trem faz com que alguns usuários chutem e até retirem as borrachas das portas. O sistema, que é automático, tem seu funcionamento prejudicado. Para consertar seis portas de carros de passageiros são gastos, em média, R$ 1 mil. E se houver necessidade de substituir peças, o valor aumenta bastante. Embora os serviços de manutenção e conserto sejam feitos na oficina de Cabedelo, o conserto de portas que não fecham em razão do vandalismo é feito em João Pessoa, Cabedelo, Bayeux e Santa Rita. Pode até ser necessária a retirada do veículo da composição para facilitar o trabalho.
Neste sábado, acontece mais uma versão do Projeto Trem Criança, uma ação que tem como foco principal mostrar à criançada a importância da preservação do patrimônio público, além de reforçar o trabalho educativo que vem sendo realizado pela CBTU. A expectativa é que o trabalho com a garotada sirva como forma de multiplicar as informações sobre a necessidade de cuidar dos trens. Este é o décimo quinto ano do evento, que deverá reunir cerca de três mil estudantes.
Os trens que circulam na Grande João Pessoa têm idade média de 50 anos e transportam, nas 28 viagens diárias, cerca de 11,5 mil pessoas. O trem possui cinco vagões, cada um com capacidade de transportar pouco mais de mil pessoas. A passagem custa R$0,50 e não há previsão de reajuste.
![]() Foto: Em muitos locais onde a locomotiva passa, pessoas jogam pedras nas janelas |
Além das pedras que são atiradas, outro problema observado pela Companhia de Trens Urbanos de João Pessoa (CBTU-JP) é o lixo jogado às margens da via. "Acabamos gastando mais para fazer o recolhimento destes detritos", declarou o coordenador de Operações da CBTU, Marcos Moura. Ele não informou os custos para este serviço. Por isso, a companhia realiza campanhas educativas permanentes nas comunidades por onde o trem passa, nas estações e dentro das composições. Ao todo, são 12 estações, sendo as principais João Pessoa, Cabedelo, Bayeux e Santa Rita
Marcos Moura disse que algumas pessoas costumam segurar as portas dos vagões. O resultado é que esta atitude faz com que elas quebrem. A pressa de sair ou entrar no trem faz com que alguns usuários chutem e até retirem as borrachas das portas. O sistema, que é automático, tem seu funcionamento prejudicado. Para consertar seis portas de carros de passageiros são gastos, em média, R$ 1 mil. E se houver necessidade de substituir peças, o valor aumenta bastante. Embora os serviços de manutenção e conserto sejam feitos na oficina de Cabedelo, o conserto de portas que não fecham em razão do vandalismo é feito em João Pessoa, Cabedelo, Bayeux e Santa Rita. Pode até ser necessária a retirada do veículo da composição para facilitar o trabalho.
Neste sábado, acontece mais uma versão do Projeto Trem Criança, uma ação que tem como foco principal mostrar à criançada a importância da preservação do patrimônio público, além de reforçar o trabalho educativo que vem sendo realizado pela CBTU. A expectativa é que o trabalho com a garotada sirva como forma de multiplicar as informações sobre a necessidade de cuidar dos trens. Este é o décimo quinto ano do evento, que deverá reunir cerca de três mil estudantes.
Os trens que circulam na Grande João Pessoa têm idade média de 50 anos e transportam, nas 28 viagens diárias, cerca de 11,5 mil pessoas. O trem possui cinco vagões, cada um com capacidade de transportar pouco mais de mil pessoas. A passagem custa R$0,50 e não há previsão de reajuste.
