04 outubro 2010

Greve no metrô de Londres afeta maioria das linhas

Contra demissões
Greve no metrô de Londres afeta maioria das linhas
Publicada em 04/10/2010
Reuters
LONDRES - Os moradores de Londres enfrentaram bastante dificuldade para chegar ao trabalho nesta segunda-feira devido à segunda greve de funcionários do metrô da capital britânica em menos de um mês, em uma disputa contra um plano de demissões.
A maioria das linhas do metrô foi fechada ou parcialmente afetada em consequência da paralisação de até 10 mil funcionários, iniciada no domingo à noite. A rede com 140 anos de existência transporta mais de 1 bilhão de pessoas por ano.
Essa foi a segunda de quatro greves de 24 horas planejadas em protesto contra as demissões previstas de vendedores dos bilhetes. A administração do metrô alega que esses funcionários não são necessários, uma vez que a maioria dos passageiros compra os tíquetes pela Internet ou em máquinas de auto-atendimento.
- Não há necessidade de bilheterias - disse o administrador de empresas Roger Law, de 54 anos, enquanto aguardava um ônibus, debaixo de chuva.
A Grã-Bretanha pode enfrentar o aumento dos protestos de trabalhadores por causa dos planos da coalizão governista de cortar custos para reduzir o déficit orçamentário recorde.
O prefeito de Londres, Boris Johnson, considerou a greve como de motivação "política", e disse que 3 mil pessoas não poderiam "parar a cidade". Ele estava se referindo ao número de membros do sindicato que votaram pela greve.
A autoridade responsável pelo transporte da capital disse que todas as principais estações de Londres estavam operando, e que um "bom" serviço estava sendo oferecido em algumas linhas. No entanto, muitas pessoas optaram por pegar ônibus e táxis em vez do metrô, congestionando as ruas da capital.
Os funcionários do metrô planejam mais duas greves, no dias 2 e 28 de novembro, se a administração mantiver seus planos de demissão.
 
 
 

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