Com o objetivo do coibir a ação dos que impedem o fechamento de portas
das composições, a SuperVia fez no começo da noite de hoje, na Estação
Bento Ribeiro (ramal Deodoro), uma parada excepcional dos trens diretos e
flagrou 22 passageiros, que foram conduzidos para a 30ª Delegacia de
Polícia, em Marechal Hermes, e poderão responder a processo. A operação
contou com o apoio do Núcleo de Policiamento Ferroviário (NPFer).
Impedir o fechamento de portas de trem é considerado crime por expor a
vida e a saúde de terceiros, conforme exposto no artigo 132 do Código
Penal.
O autor da infração está sujeito a pena de três meses a um ano de
prisão.
Quem comete este tipo de ato pode ainda ser enquadrado no
artigo 260, que trata do perigo de desastre ferroviário: “Impedir ou
perturbar serviço de estrada de ferro, destruindo, danificando ou
desarranjando, total ou parcialmente, linha férrea, material rodante ou
de tração, obra de arte ou instalação”, pode resultar em pena de
reclusão de 2 a 5 anos e multa.
Em média, 4 mil portas são danificadas por mês nos trens da SuperVia
por atitudes irregulares e ações indevidas.
Cerca de 200 delas precisam
passar por manutenção para troca do dispositivo de abertura e
fechamento.
Todos os meses, cerca de 20 portas precisam ser totalmente
substituídas.
O tempo de reparo de cada uma é de um dia.
O custo de uma
porta nova é R$ 20 mil, além dos prejuízos causados a todos os
passageiros pela retirada do trem de circulação.