Casa instala 900 equipamentos para montar ‘Big Brother’ nos corredores do poder em Brasília, com filmadoras que custam até R$ 11,5 mil a unidade
Quando voltarem das férias no dia 4 de fevereiro, os 81
senadores da República estarão na mira de 900 câmeras que passarão a
integrar um sistema moderno de segurança contratado a pedido da Polícia
Legislativa do Senado (Polegis, como é apelidada).
O ‘Big Brother’ na
principal casa do Poder Legislativo está sendo montado a custo total de
R$ 5.348,402,00 conforme apurou o iG
.
O valor é o resultado de uma concorrência
eletrônica realizada em novembro de 2011 para a instalação de um
circuito fechado de televisão que deve monitorar os passos de senadores,
funcionários e visitantes que transitam pelos 267 mil metros quadrados
do complexo.
O Senado possui atualmente 150 câmeras, que serão
substituídas por novas. A casa conta ainda com 138 agentes da Polegis,
cujo custo anual com folha de pagamento é de R$ 1,9 milhão. O salário
inicial de um agente é de R$ 13,8 mil.
Câmera de R$ 11,5 mil
O novo sistema eletrônico de vigilância inclui câmeras
cujo preço varia entre R$ 2,281 mil e R$ 11,5 mil. Somente em
filmadoras, o Senado está gastando pouco mais de R$ 2,433 milhões.
O
montante será pago à Multidata Ltda, empresa de tecnologia vendedora do
pregão eletrônico.
A empresa de Goiás ainda receberá outros R$
2,868 milhões para instalar equipamentos complementares ao sistema de
segurança do Senado.
O valor inclui 15 ambientes de armazenamento de
dados das imagens que serão captadas pelas câmeras. Cada unidade de
armazenamento (ou storage) custa R$ 102 mil, totalizando R$ 1,53 milhão.
A Multidata já mantém contrato de fornecimento e
manutenção do sistema de cabeamento de dados do Senado (fibra ótica, som
e vídeo).
O contrato foi firmado em junho de 2008 pelo valor anual
inicial de R$ 459,6 mil.
A empresa recebeu cinco reajustes sobre o valor
inicial e ganha atualmente cerca de R$ 603,8 mil por ano.
O novo sistema de vigilância eletrônica do Senado renderá
outros R$ 46.548,00 à DG10 Data Global Tecnologia e Informações Ltda.
A
empresa instala 12 injetores de PoE, equipamento usado para transmitir
energia elétrica por meio de cabo de rede. Cada injetor custa R$ 3.789.