Padrão que mede qualidade do ar não segue recomendações internacionais
Secretário do Meio Ambiente promete estudar a questão.
A poluição do ar em São Paulo pode ser pior do que dizem os números oficiais. A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) faz a medição correta, mas não utiliza os padrões internacionais de classificação sobre a qualidade do ar.
A Cetesb considera que o ar é bom quando registra até 150 microgramas de material particulado por metro cúbico. Material particulado é a poluição do ar que pode ser visto. Mas pelas contas da Organização Mundial da Saúde (OMS), essa mesma concentração de poluente é considerada ruim. É com base nos índices da OMS que as autoridades podem tomar providências como suspender aulas no dias mais críticos.
O próprio secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, reconhece que o padrão está desatualizado. “É um padrão antigo, de um momento anterior ao século 21. É mais velho do que eu. A gente precisa logo alterar esses padrões”, diz Covas. Mas essa alteração não vai acontecer imediatamente.
O secretário afirma que o Conselho do Meio Ambiente vai primeiro discutir os padrões de poluição, o que começa em maio.
Para medir a poluição que sai dos escapamentos de milhões de veículos, a Cetesb tem 20 estações espalhadas pela capital paulista e região metropolitana. Cada estação mede os gases e o material particulado que existe na atmosfera
http://g1.globo.com/sao-paulo/respirar/noticia/2011/04/poluicao-do-ar-em-sp-pode-ser-pior-do-que-apontam-numeros-oficiais.html