14 abril 2011

Poluição do ar em SP pode ser pior do que apontam números oficiais

Padrão que mede qualidade do ar não segue recomendações internacionais
Secretário do Meio Ambiente promete estudar a questão.


A poluição do ar em São Paulo pode ser pior do que dizem os números oficiais. A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) faz a medição correta, mas não utiliza os padrões internacionais de classificação sobre a qualidade do ar.

A Cetesb considera que o ar é bom quando registra até 150 microgramas de material particulado por metro cúbico. Material particulado é a poluição do ar que pode ser visto. Mas pelas contas da Organização Mundial da Saúde (OMS), essa mesma concentração de poluente é considerada ruim. É com base nos índices da OMS que as autoridades podem tomar providências como suspender aulas no dias mais críticos.

O próprio secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, reconhece que o padrão está desatualizado. “É um padrão antigo, de um momento anterior ao século 21. É mais velho do que eu. A gente precisa logo alterar esses padrões”, diz Covas. Mas essa alteração não vai acontecer imediatamente.

O secretário afirma que o Conselho do Meio Ambiente vai primeiro discutir os padrões de poluição, o que começa em maio.

Para medir a poluição que sai dos escapamentos de milhões de veículos, a Cetesb tem 20 estações espalhadas pela capital paulista e região metropolitana. Cada estação mede os gases e o material particulado que existe na atmosfera

http://g1.globo.com/sao-paulo/respirar/noticia/2011/04/poluicao-do-ar-em-sp-pode-ser-pior-do-que-apontam-numeros-oficiais.html

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