Debate travado para decidir entre BRT e VLT vem dominando noticiário sobre melhor estratégia para Cuiabá com vistas à Copa, mas passagem é desconhecida
As siglas BRT e VLT têm dominado o noticiário local quando o assunto é mobilidade urbana em Cuiabá e Várzea Grande para a Copa do Mundo de 2014. A melhoria do sistema de transporte coletivo, a fim de garantir mobilidade para a população - incluindo idosos e pessoas com necessidades especiais - é uma das exigências da Fifa para as 12 cidades-sede do próximo Mundial. Os dois sistemas polarizam o debate sobre qual é o melhor para Cuiabá, porém nenhum estudo apresenta um valor médio da tarifa a ser aplicada.
Até pouco tempo, a escolha do BRT (Bus Rapid Transit) era dada como certa pela Agecopa, mas uma nova opção de mobilidade ganhou fôlego nas últimas semanas: o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Disputas políticas à parte para decidir qual será o sistema escolhido para as cidades, boa parte da população – incluindo o maior afetado, o usuário - ainda não sabe a diferença entre um e outro. De forma simples, pode-se dizer que a briga está entre ônibus e trem.
O BRT é um sistema de transporte com ônibus articulados que trafegam pela cidade em corredores exclusivos, ou seja, específicos para os veículos, garantindo mais rapidez e deixando as pistas laterais livres para os demais veículos. O sistema pode ser encontrado em Curitiba (PR), Goiânia (GO), no Brasil, e em cidades no exterior como Bogotá (Colômbia) e São Francisco (EUA).
O VLT é um trem de passageiros, cujos trilhos passam pela cidade podendo se “encaixar” no meio urbano já existente. Não chega a ser grande como um metrô, mas seu aspecto é parecido e funciona de forma semelhante. O veículo pode ser movido a eletricidade ou a diesel. Seu sistema existe em cidades europeias como Barcelona (Espanha) e Paris (França). No Brasil, já começou a funcionar em Maceió (AL).
Das 12 cidades-sede do Mundial no Brasil, nove vão implantar ou já têm o BRT como parte do sistema de transporte coletivo, enquanto Brasília foi a única que optou pelo VLT. Já Fortaleza escolheu tanto o BRT quanto o VLT como opção para a mobilidade urbana.
O Diário teve acesso ao Plano de Mobilidade Urbana da Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá - documento em poder da Agecopa que diz que o VLT custaria duas vezes o preço do BRT – e ao Estudo Comparativo Rodoviário x Ferroviário, elaborado pela empresa TTrans, segundo o qual o VLT ficaria mais caro que o sistema com ônibus, mas leva vantagens em outros pontos como conforto e por não poluir o meio ambiente. Os dados dos dois estudos podem ser conferidos no quadro, mas vale destacar que os resultados podem estar contaminados por interesses de ambas as partes em verem implantado o modelo que defendem.
Apesar de todos os números apresentados nos dois estudos, nenhum deles trouxe o valor da tarifa que os usuários terão que pagar em cada sistema. O preço da passagem é, talvez, o componente mais importante na definição do modelo de transporte coletivo.
De qualquer forma, seja BRT ou VLT o escolhido, os veículos vão passar por dois corredores principais em Cuiabá e Várzea Grande, um ligando o aeroporto ao bairro CPA e o outro, o Coxipó ao Centro.
Os projetos BRT já foram encaminhados à Caixa Econômica Federal, que vai financiar as obras. O estudo do VLT foi entregue no início de abril ao governo do Estado e ainda está sob análise. A palavra final sobre qual sistema será o escolhido será do governador Silval Barbosa. Ainda não há data para isso.
DESAPROPRIAÇÕES - Um dos temas mais comentados em relação ao sistema de transporte é a quantidade de imóveis que terão de ser desapropriados para dar lugar às pistas ou trilhos. Segundo a Agecopa, seja VLT ou BRT, será necessário investimento em alargamento das ruas. O impacto seria na mesma medida. Já a empresa TTrans garante que com o VLT as desapropriações serão quase inexistentes.
Até pouco tempo, a escolha do BRT (Bus Rapid Transit) era dada como certa pela Agecopa, mas uma nova opção de mobilidade ganhou fôlego nas últimas semanas: o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Disputas políticas à parte para decidir qual será o sistema escolhido para as cidades, boa parte da população – incluindo o maior afetado, o usuário - ainda não sabe a diferença entre um e outro. De forma simples, pode-se dizer que a briga está entre ônibus e trem.
O BRT é um sistema de transporte com ônibus articulados que trafegam pela cidade em corredores exclusivos, ou seja, específicos para os veículos, garantindo mais rapidez e deixando as pistas laterais livres para os demais veículos. O sistema pode ser encontrado em Curitiba (PR), Goiânia (GO), no Brasil, e em cidades no exterior como Bogotá (Colômbia) e São Francisco (EUA).
O VLT é um trem de passageiros, cujos trilhos passam pela cidade podendo se “encaixar” no meio urbano já existente. Não chega a ser grande como um metrô, mas seu aspecto é parecido e funciona de forma semelhante. O veículo pode ser movido a eletricidade ou a diesel. Seu sistema existe em cidades europeias como Barcelona (Espanha) e Paris (França). No Brasil, já começou a funcionar em Maceió (AL).
Das 12 cidades-sede do Mundial no Brasil, nove vão implantar ou já têm o BRT como parte do sistema de transporte coletivo, enquanto Brasília foi a única que optou pelo VLT. Já Fortaleza escolheu tanto o BRT quanto o VLT como opção para a mobilidade urbana.
O Diário teve acesso ao Plano de Mobilidade Urbana da Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá - documento em poder da Agecopa que diz que o VLT custaria duas vezes o preço do BRT – e ao Estudo Comparativo Rodoviário x Ferroviário, elaborado pela empresa TTrans, segundo o qual o VLT ficaria mais caro que o sistema com ônibus, mas leva vantagens em outros pontos como conforto e por não poluir o meio ambiente. Os dados dos dois estudos podem ser conferidos no quadro, mas vale destacar que os resultados podem estar contaminados por interesses de ambas as partes em verem implantado o modelo que defendem.
Apesar de todos os números apresentados nos dois estudos, nenhum deles trouxe o valor da tarifa que os usuários terão que pagar em cada sistema. O preço da passagem é, talvez, o componente mais importante na definição do modelo de transporte coletivo.
De qualquer forma, seja BRT ou VLT o escolhido, os veículos vão passar por dois corredores principais em Cuiabá e Várzea Grande, um ligando o aeroporto ao bairro CPA e o outro, o Coxipó ao Centro.
Os projetos BRT já foram encaminhados à Caixa Econômica Federal, que vai financiar as obras. O estudo do VLT foi entregue no início de abril ao governo do Estado e ainda está sob análise. A palavra final sobre qual sistema será o escolhido será do governador Silval Barbosa. Ainda não há data para isso.
DESAPROPRIAÇÕES - Um dos temas mais comentados em relação ao sistema de transporte é a quantidade de imóveis que terão de ser desapropriados para dar lugar às pistas ou trilhos. Segundo a Agecopa, seja VLT ou BRT, será necessário investimento em alargamento das ruas. O impacto seria na mesma medida. Já a empresa TTrans garante que com o VLT as desapropriações serão quase inexistentes.
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=391377