Ela gastou uma hora a mais no trajeto de casa ao trabalho.
Usuários reclamam de falta de informação em pontos de ônibus
A advogada Kátia Fujita aceitou o desafio do projeto RespirAR e deixou o carro da garagem por um dia. Ela mora no Jabaquara, na Zona Sul de São Paulo, e trabalha em Pinheiros, na Zona Oeste. Ela demora em média 30 minutos no trajeto.
Kátia não andava de ônibus havia 12 anos. Para ir ao trabalho usando o transporte público, ela precisou de um coletivo e do metrô. Demorou uma hora a mais, em um dia sem complicações no trânsito.
“Vou continuar vindo de carro. Ainda não dá... quem sabe quando tivermos o metrô aqui [em Pinheiros] inaugurado, eu consiga pelo menos mesclar as minhas vindas”, disse a advogada.
Um ônibus é capaz de transportar 35 pessoas sentadas. Como a média de passageiros por carro em São Paulo é de 1,4, seriam necessários 25 veículos para levar as mesmas 35 pessoas.
Pontos de ônibus
Segundo o superintendente de Serviços da SPTrans, Celso Lopes, a Prefeitura de São Paulo investe R$ 800 mil mensais na manutenção e instalação de abrigos para aumentar ao conforto do usuário.
“Existem limitações da calçada, o espaço necessário para instalação dos abrigos ou resistência dos comerciantes e moradores para a instalação dos mesmos”, disse Lopes.
Segundo ele, para a construção de um ponto de ônibus com cobertura é preciso um espaço de 2,5 metros de comprimento por 6 metros de largura.
Uma das reclamações dos usuários do transporte público é a falta de informação nos pontos de ônibus. As condições dos abrigos também geram insatisfação dos usuários. Dos 19 mil pontos, só 7 mil tem cobertura e apenas 4 mil tem assentos.