Os maiores problemas constatados de degradação dos vagões vêm de atos de vandalismo
A Companhia Metropolitana de Transportes Públicos (CMTP) trabalha periodicamente em reparos preventivos nos vagões que circulam na capital. Segundo o órgão, os maiores problemas constatados de degradação dos vagões vêm de atos de vandalismo.
Esta semana, um dos trens apresentou problemas nas portas de acesso. A porta ficou aberta até completar o percurso e o vagão teve que ser substituído para ser feito o reparo.
O diretor da CMTP, Marcos Silva, explicou que o problema aconteceu porque no momento em que o maquinista acionou a manivela de pressão, a porta do vagão foi segurada para não fechar por algum usuário, o que desregulou todo o sistema. "Algum vândalo segurou a porta do segundo vagão, isso provocou um problema na pressão do ar do sistema de fechamento das portas, esse problema está acontecendo constantemente, agora, vamos colocar fiscais da companhia para fazer a fiscalização, é o jeito", falou Silva.
O engenheiro, Mário Brígido, responsável pela reforma dos vagões, explica que, para os novos vagões a serem entregues em março, foi necessário um reforço especial para dar mais durabilidade e vida útil ao trem. “Tivemos um caso de um trem que, em apenas um mês de circulação, teve janelas quebradas, assentos destruídos e portas de acesso danificadas, tudo provocado por atos de vandalismo”, disse.
O engenheiro responsável pela reforma explica ainda que um problema, como o das portas, provoca defeitos em cadeia e desconforto geral do usuário. “Uma porta aberta manualmente em um vagão pode criar um problema geral em outras portas, o sistema, que é único, provoca um problema em cadeia que vai desde as outras portas do trem até o sistema de ar-condicionado que fica debilitado”.
A conservação dos trens que circulam na capital é um dos pretextos que torna o metrô o transporte mais seguro do Piauí. O diretor administrativo da CMTP, Antônio Sobral, diz que desde quando começou a circular em 1990 não foi registrado nenhum acidente envolvendo os passageiros. “Os acidentes envolvendo o metrô sempre foram provocados por agentes externos como carros, ciclistas e pedestres; nossos passageiros nunca foram atingidos”, afirma Sobral.
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