28 maio 2013

“Nem BRT ou metrô vão resolver mobilidade em SP”, diz Haddad

Prefeitura envia à Câmara nos próximos dias projeto que incentiva abertura de negócios na periferia da capital.

Para Haddad, é a única maneira de resolver mobilidade em SP

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, defendeu hoje que a solução para a mobilidade urbana na capital paulista não virá prioritariamente do transporte público. “Nem BRT (Bus Rapid Transit) nem metrô vão resolver problema de mobilidade”, disse o prefeito hoje em evento do Insper para discutir a administração das megacidades.

Diariamente, segundo Haddad, uma população igual à do Uruguai – 3,3 milhões de habitantes – se desloca mais de 10 quilômetros para chegar ao trabalho na cidade, contingente principalmente das zonas Leste e Sul.

Com isso, Haddad voltou a defender que a solução é combater a concentração de empregos e serviços na área central, uma das principais bandeiras de campanha.

Neste momento, o governo municipal dá os últimos retoques para mandar à Câmara o projeto que vai desonerar empresas que se instalarem na periferia de São Paulo. Um dos alvos será o Imposto Sobre Serviços (ISS).

Dados da Prefeitura mostram que 66% dos empregos estão localizados em apenas 5 das 31 subprefeituras. Além de acabar com as viagens desses trabalhadores, o governo acredita que a política vai estimular empresários a ficarem na capital.

“Se nós descentralizarmos os incentivos, porque ele (o empresário) iria para Barueri, por exemplo, se ele pode ir para Itaquera, onde tem metrô?”, questionou o prefeito.

A fala de Haddad sobre o BRT e o metrô, porém, não quer dizer corte nos investimentos em transportes
O plano da Prefeitura é transformar 120 quilômetros de corredores de ônibus da cidade em BRT, um sistema mais eficiente de ônibus, e construir outros 280 ao custo de seis bilhões de reais.

O prazo, porém, considera um segundo mandato do prefeito, já que a previsão é atingir o objetivo em oito anos.

Arquivo INFOTRANSP