O Metrô de São Paulo ganhou usuários de baixa renda
entre 2001 e 2012, enquanto os mais ricos da cidade deixaram de usar o
sistema.
Uma pesquisa inédita do perfil do usuário do Metrô de 2012
mostra que a proporção atual é de quase oito passageiros entre dez que
ganham até quatro salários mínimos.
Em 2001, havia quase cinco pessoas
entre dez na mesma categoria. Em contrapartida, se há mais de dez anos,
23% de usuários que ganhavam mais de oito salários mínimos entravam nas
linhas do metrô, hoje, 7% da amostra registrada na pesquisa se enquadra
na mesma faixa salarial.
As informações foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo.
A pesquisa foi feita com 7.320 pessoas. Nenhuma
entrevista ocorreu dentro das estações da linha 4-amarela do sistema,
que é administrada por outra empresa.
Segundo a chefe do departamento de
relações com o cliente da companhia, Cecília Guedes, com o crescimento
de renda da população, mais pessoas de classes sociais que antes não
usavam os trens estão agora no sistema.
O levantamento mostrou ainda que
o aumento da rede do Metrô tem feito com que pessoas de outras cidades
da região metropolitana optem mais pelo transporte.
Além disso,
considerado toda a viagem do passageiro, desde a sua casa até o seu
destino final, aumentaram as viagens que duram mais de 1h30.
O
crescimento recorde do Metrô, que transportou 877.171 pessoas em 2012
(mais de 20% em relação ao ano anterior), diminuiu o conforto dos
usuários.
Por causa da lotação, ainda mais nos horários de pico, parte
das pessoas está recorrendo ao carro.