O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes,
afirma que em 2014 em média 8 milhões de passageiros por dia devem usar o metrô
e trens da CPTM, com a inauguração de novas estações. Ele comenta sobre a
restrição de carros na capital e as denúncias de carte.
A implantação de corredores de ônibus pela prefeitura de São Paulo
trouxe mais passageiros para o metrô?
Não sabemos a origem dos passageiros, se são de ônibus ou de carro, mas de
setembro a outubro, nós crescemos. Em novembro tivemos a CPTM (Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos) batendo recorde, chegando a 3 milhões de
passageiros por dia.
E o metrô encostou em 4,9 milhões.
A soma dos dois era de
7,2 milhões e encostou em 8 milhões de passageiros, com média de 7,7 milhões por
dia.
Em 2014, a média ficará nos 8 milhões e em 2015, com as novas linhas, deve
passar a 9,3 milhões. Em 2011, era de 5,9 milhões passageiros/dia.
O senhor vê necessidade de restrição dos carros na
capital?
Um pouco naturalmente isso vai acontecendo.
Os preços vão ficando absurdos
para estacionar.
Muitas pessoas já fazem cálculos que é mais barato deixar o
carro em casa.
Se estiver em horário de pico e não conseguir pegar metrô ou
ônibus, pega um táxi.
Fora do horário de pico dá sim para pegar metrô ou ônibus
na hora em que precisar.
Já há mudança de comportamento nesse estilo. Existe
tendência mundial de retomada de transporte não-motorizado, seja caminhadas a
pé, seja bicicletas.
Nesses processos de denúncias relacionadas ao metrô, Siemens e Alstom
podem ser declaradas inidôneas. Isso pode prejudicar obras?
Não temo isso. E se forem declaradas inidôneas é por justa razão.
É
importante destroçar, destruir esses carteis.
Sob todos os aspectos são um mal
tremendo.
Tem que tomar providências, mas não é fácil, por isso o Cade está aí
há tantos anos e não conseguiu até hoje provar.
No segundo momento, queremos
nosso dinheiro de volta, caso seja comprovado o cartel.
E nesse momento,
estaremos processando essas empresas e declarando-as inidôneas em decorrência,
mas existem outros fornecedores surgindo no mundo.
A ViaQuatro pede indenização pela demora na entrada de operação da
Linha 4-Amarela. O Estado terá que indenizar a companhia em cerca de R$ 100
milhões?
[A Linha 4-Amarela] deveria ter começado com seis estações e começou com
duas.
Ao começar com duas, fez investimento para seis e só tinha receita para
duas.
Existe pleito, mas a fase dois não depende disso. É algo em torno de R$ 87
milhões, mas como tem correções do período que ocorreu pode chegar a esse valor
[R$ 100 milhões].
Na linha atual, estamos trabalhando diferente. Só vamos
considerar a fase dois iniciada, quando entregar Vila Sônia. Tudo que acontecer
antes é decorrência de antecipação de operação e será acordado entre as partes.
Não haverá o problema do faseamento.
http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,novas-estacoes-devem-elevar-para-8-mi-usuarios-de-metro-e-trem-em-sp,1111309,0.htm