Até 2020, 90% dos brasileiros viverão nas cidades, agravando ainda
mais os problemas de mobilidade urbana, segurança, fornecimento de energia
elétrica, água potável, esgotamento sanitário e moradia.
A informação foi
apresentada na terça-feira pela secretária de Articulação Institucional e
Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Mariana Meirelles, durante o
Seminário sobre Construção Sustentável, realizado pela Comissão de
Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados.
O setor da construção civil, segundo Mariana Meirelles, emprega,
hoje, 3,3 milhões de trabalhadores formais e movimenta cerca de 6% do Produto
Interno Bruto (PIB) brasileiro.
“Mas, por outro lado, responde por 50% a 70% dos
resíduos gerados pelas obras, consome de 15% a 50% de recursos naturais e 54% de
energia elétrica somente na fase de produção”, alertou.
Na exposição, a secretária disse que a preocupação do Ministério
do Meio Ambiente é desenvolver uma cultura em que a sustentabilidade seja
considerada essencial, tendo por base a segurança no trabalho, a ecoeficiência
hídrica e energética, a geração de resíduos sólidos e a adoção de compras
sustentáveis associadas aos grandes investimentos do setor da construção civil.
“O melhor, hoje, é a incorporação dos critérios de sustentabilidade, que
orientam, principalmente, o programa habitacional do governo federal, o Minha
Casa, Minha Vida”, disse.
Crescimento
Para o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU) do Ministério do Meio Ambiente, Ney Maranhão, no que se refere a resíduos sólidos na construção civil, a competência é garantir a sustentabilidade dos recursos naturais e sua regeneração.
Para o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU) do Ministério do Meio Ambiente, Ney Maranhão, no que se refere a resíduos sólidos na construção civil, a competência é garantir a sustentabilidade dos recursos naturais e sua regeneração.
Maranhão acredita que o crescimento desordenado das cidades
dificulta o acesso das pessoas a melhores condições de vida, pois o adensamento
populacional em áreas frágeis faz aumentar as ondas de calor, reduz a qualidade
do ar, da água, e gera impactos ambientais, sociais, econômicos, e culturais
negativos.
“Afeta, inclusive, a segurança pública, a cidadania e a prevenção a
catástrofes naturais”, afirmou.
O problema é tão sério, disse a representante do Ministério das
Cidades, Carolina Baima, que, hoje, 28% da população do País vivem em favelas em total precariedade.
Segundo ela, o Brasil é o
segundo maior poluidor da América Latina.
Na sua opinião, uma das soluções para
o problema da construção civil passa pela busca da sustentabilidade, restaurando
e mantendo a harmonia entre os ambientes, considerando as questões ambientais,
econômicas, sociais e culturais para garantir qualidade de vida às pessoas nas
cidades.