20 março 2011

Transcarioca: Corredor prevê 3 mil desapropriações

Prefeito do Rio inaugura construção de via que promete desafogar o trânsito e agilizar transporte de massa no Rio

Rio - Presente ontem em Campinho, no início das obras da Transcarioca, que ligará a Barra ao Galeão, o prefeito Eduardo Paes prometeu uma ‘revolução’ no transporte de massa na cidade. Ele afirmou que nenhum dono de imóvel desapropriado ficará no prejuízo. “Iniciamos uma revolução urbana. A obra vai desafogar o trânsito e proporcionar transporte de massa ágil e confortável”, disse Paes.

Interligado com metrô, trens e ciclovias e orçado em R$ 1,3 milhão, o corredor de ônibus prevê 3 mil desapropriações sob custo total R$ 200 milhões. Até 2014, quando estiver pronto, o tempo de viagem deverá ser reduzido em mais de 60%.

Segundo a Secretaria Municipal de Obras, 700 unidades habitacionais já foram desapropriadas, começando por Madureira, bairro vizinho a Campinho. Na operação foram gastos R$ 40 milhões.

As intervenções do primeiro lote (Barra-Penha) começaram com as obras de um mergulhão no Largo do Campinho. No local, 70 residências já foram demolidas. Mas em um conjunto habitacional, 30 das 70 famílias residentes se recusam a sair de casa. As outras foram transferidas para Cosmos e incluídas no programa ‘Minha Casa Minha Vida’, do governo federal.

RESISTÊNCIA

Há 22 anos no bairro, Cléber Olivieri de Barros, 54, é dono de prédio com 11 apartamentos e duas lojas e quer R$ 1,2 milhão pelo patrimônio. Ele conseguiu liminar judicial para não sair do local. “Não quero ir para Vila Cosmos e espero que a prefeitura pague um valor justo pelo imóvel. Não me interessa só a remoção”, disse.

Segundo o prefeito, a prefeitura cumprirá o que a Justiça determinar. “Prometo que nenhum morador ficará no prejuízo”, afirmou.

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