20 março 2011

Mudança na legislação pode criar alternativa para congestionamentos e transporte público

Cidades que investirem em novas formas de transporte poderão ser as primeiras a resolver engarrafamentos
Ônibus e trens lotados, passagem cara e atrasos constantes. Problemas como esses, diários para boa parte da população brasileira, estão incentivando o usuário a trocar o transporte público pelo individual. Recente pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que para cada ônibus novo surgido colocado em circulação na última década, apareceram 52 automóveis. Este aumento na procura pelo veículo próprio, seja carro ou moto, trouxe outro problema: os congestionamentos.

Com esse cenário o carrinho elétrico, desenvolvido pela empresa gaúcha Joape ganha ares ainda mais promissores. O veículo foi lançado oficialmente no ano passado no Museu de Ciências e Tecnologia da PUC e já vem sendo usado dentro de indústrias e comércio.

Os números não deixam dúvidas que o transporte coletivo não vem sendo satisfatório. Em Porto Alegre, o ano passado apresentou uma pequena elevação no número de passageiros transportados comparado com 2009. Mas, de 1998 a 2010, Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) contabilizou 2.406 mil viagens de ônibus a menos pela cidade. Na mesma pesquisa do IPEA, um em cada três brasileiros reclama ter que enfrentar pelo menos um engarrafamento por dia. Somado a isso, o crescimento habitacional prejudica a ampliação de ruas e avenidas. A criação de espaços como ciclovias é visto como opção para atenuar esta situação.

Uma alternativa que agregaria a fuga de congestionamentos com uma agilidade maior no deslocamento seria a utilização de carrinhos elétricos, como o modelo Speedy, já explorados em hospitais, comércio e em indústrias. A velocidade máxima do veículo é de 20 Km/h. O sistema usa uma carga aproximada de 24 volts e a autonomia varia, conforme o modelo, de 40km a 80 km. O veículo não é poluente, tem transmissão silenciosa e funciona com freios à disco.

- Você chega de metrô até uma estação e dali até uns 3 Kms você andaria num Speedy, rápido, ágil, baixo custo e super seguro sem congestionamentos - projeta o diretor da Joape, João Henrique Schmidt.

Pontos de estacionamento possibilitariam a carga de energia elétrica do veículo. Mas, para que este meio de transporte seja visto como opção é preciso uma adequação na legislação federal, já que ele não pode ser emplacado, andar em calçadas ou no asfalto, segundo a EPTC.

- De maneira geral ele é muito bom pela questão de mobilidade e de não emissão de COS. O Código de Trânsito Brasileiro foi criado quando ainda não existiam essas novas tecnologias e é preciso que seja feita uma reformulação - avalia o assessor da Gerência de Fiscalização da EPTC, Daniel Denardi.

A Joape já conta com autorização oficial para uso do carrinho elétrico em aplicações específicas. Um dos exemplos é a resolução publicada no Diário Oficial do município de Porto Alegre que autorizou a utilização por parte dos Correios, levando em conta que o equipamento ajuda a diminuir a emissão global de poluentes.

A expectativa, segundo o diretor da Joape, João Henrique Schmidt, é que, em dez anos esta tecnologia possa ser usada em cidades mais ousadas

A Joape é uma empresa com mais de 5 anos de experiência no mercado de climatização. Localizada no Sul do Brasil possui uma estrutura voltada ao desenvolvimento de novas tecnologias, novos produtos e, principalmente, a preocupação constante em oferecer soluções de alta qualidade.
http://www.crossbrasil.com.br/2011031611096/Diversos-On-Road/mudanca-na-legislacao-pode-criar-alternativa-para-congestionamentos-e-transporte-publico.html

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