No Grande ABC, existem pelo menos dois projetos de VLTs - um ligando o bairro Alvarenga, em São Bernardo, até a Estação Tamanduateí do Metrô, na Capital, e outro que sairia de Santo André e chegaria até Guarulhos, passando pela Zona Leste de São Paulo. O projeto de São Bernardo está orçado em R$ 3 bilhões.
A diferença básica entre os BRTs e os corredores de ônibus convencionais está no pagamento da passagem.
No BRT, a bilhetagem é feita na estação, o que agiliza o tempo de embarque. O BRT costuma ter menos paradas do que as faixas exclusivas tradicionais. "Na Capital, o único corredor que se enquadra na classificação de BRT é o Expresso Tiradentes (antigo Fura-Fila)", explicou o engenheiro de transportes Luis Antônio Lindau, presidente do CTS (Centro de Transportes Solidários), em referência ao corredor que liga os bairros do Sacomã, Vila Prudente e Centro.
Para Lindau, a grande vantagem do BRT é a maior facilidade na implantação. "O VLT tem o mesmo desempenho do BRT e custa dez vezes mais. Eles têm a mesma eficácia", pontuou. Ele cita a cidade de Curitiba, no Paraná, como referência no sistema. Segundo ele, há 81 quilômetros do modal na capital paranaense.
Peixoto reforça também a necessidade de ciclovias e do incentivo ao pedestrianismo. "A lógica correta é: da bicicleta para o ônibus, do ônibus para o metrô, e do metrô para o destino final", acrescentou.
MENOS CARROS
Lindau calcula que, em uma faixa com um quilômetro de extensão e 3,5 m de largura onde só trafegam carros passam cerca de 1.500 pessoas por hora. Se a faixa for exclusiva para ônibus, o número sobe para 15 mil.
Linha 10 da CPTM se adapta para receber expansão
A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) iniciou a preparação para adaptar a Linha 10 - Turquesa, que liga as estações Luz e Rio Grande da Serra, para receber o programa de expansão.
Segundo a estatal, estão sendo ampliados dois pátios para estacionamentos de trens, localizados próximos à Estação Mauá. A companhia informa que o objetivo da reforma é acomodar melhor a frota de trens que atende a linha.
A CPTM informa que a obra faz parte do plano de modernizar a linha, que, diz a empresa, terá infraestrutura revitalizada até 2014. A promessa é substituir os sistemas de sinalização, controle de tráfego, energia, rede aérea e via permanente.
A equipe do Diário constatou a construção de um trilho de trem em Mauá, paralelo ao já existente. A companhia não informou, no entanto, quando chegarão os novos trens que atenderão a região.
O programa Expansão SP, anunciado em 2007, tem como objetivo transformar todas as linhas da CPTM em metrô de superfície