05 março 2011

Entre o BRT e o VLT?

A falta de investimentos na malha viária é apontada como o principal entrave do trânsito de Cuiabá, que possui uma demanda de 30 mil passageiros no horário de pico e congestionamentos semelhantes aos grandes centros brasileiros.

O centro de Cuiabá é um capítulo à parte, com ruas estreitas, fica completamente intransitável. Em Várzea Grande, o maior ponto de estrangulamento do trânsito fica por conta da Avenida da FEB, ponto de maior fluxo entre os dois municípios.

O sistema atual de transporte usado em Mato Grosso é precário e inviável. O sistema de transporte urbano está cada vez mais defasado.

Como não teve seu crescimento planejado, Cuiabá sofre as consequências, mas está prestes a dar um grande passo rumo a um futuro melhor para aqueles que dependem de um transporte público de massa de qualidade.

Com os trilhos cortando as principais avenidas, fazendo as ligações necessárias para atender nossa população e aos turistas, a cidade, ou melhor, os representantes do povo, poderão escolher entre um degrau acima para a solução do trânsito de veículos e pedestres, com sustentabilidade ambiental, ou a emissão de poluentes causados pela queima de combustível.

O poder público não tem recursos para promover essa revolução. O dinheiro "emprestado" e garantido, segundo as autoridades, está destinado apenas ao chamado Buss Rapid Transit (BRT) linhas exclusivas para ônibus, que têm na capital paranaense de Curitiba a cidade pioneira na América Latina. Até Nova Iorque copiou o "ligeirinho". Mas, por que não unir, integrar BRT ao Veículo Leve sobre Trilho (VLT)?

Entendimentos nesse sentido começaram para valer na terça-feira quando diretores da Agecopa iniciaram uma discussão da questão na Assembleia Legislativa.

O deputado estadual José Riva defende o VLT, alegando menos custos nas desapropriações, já que serão utilizados os canteiros centrais das avenidas e o sistema poderá estar pronto em um ano. A Agecopa, através de seu presidente Yênes Magalhães, considera o projeto inviável.

Uma proposta apresentada na década de 1990 previa a construção de dois ramais do metrô/VLT, um no eixo Aeroporto Marechal Rondon até a região do CPA e outro interligando a região do Coxipó até a região do bairro Santa Rosa.

A Agecopa considera que o restante da cidade seria excluído. A opção é teoricamente simples: a iniciativa privada arcaria com as formas de construção e concessão. Já há na Assembleia, projeto de lei que dispõe sobre Parcerias Público-Privadas (PPPs). A Agecopa alega que não haveria demanda para a implantação do VLT. Quem garante? Quanto custaria essa revolução para os passageiros? ou o retrocesso?



http://www.gazetadigital.com.br/materias.php?codigo=285489&codcaderno=10&GED=7026&GEDDATA=2011-03-02&UGID=178b63e0fbb6cc61358e9e06bbe9def4

Arquivo INFOTRANSP