Substituição do atual padrão 802.11n para o novo 802.11ac, mais conhecido como AC, caminha timidamente e muitas empresas ainda não estão se arriscando
O novo padrão de redes Wi-Fi definido pelo Instituto de Engenheiros
Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) é pauta do mercado, mas de forma ainda
discreta.
A substituição do atual padrão 802.11n para o novo 802.11ac,
mais conhecido como AC, caminha timidamente e muitas empresas ainda não
estão se arriscando neste caminho.
A nova tecnologia é capaz de transferir dados em uma velocidade de 1,3 Gbps na teoria, enquanto o padrão atual N consegue chegar a 450 Mbps.
Os aparelhos com novo padrão irão operar somente na frequência de 5
GHz, que possui mais canais disponíveis, diferente dos aparelhos
801.11n, que operam tanto na frequência de 2,4 GHZ, quanto na de 5 GHz.
A Aerohive, fornecedora de soluções Wi-Fi corporativas, recomenda a
utilização do novo padrão em nichos específicos.
"Como qualquer
tecnologia, o padrão está evoluindo, mas achamos que a adoção vai ser um
pouco mais lenta do que o mercado está dizendo.
Recomendamos para
ambientes de um único ponto de acesso e com alta densidade.
Eu poderia
trabalhar com o AC em outros casos? Poderia, mas por quê vou usá-lo se a
maioria no mercado não o utiliza?
As empresas precisam ter critérios
para adotar o que é melhor para a corporação", diz o diretor da Aerohive
para a América Latina, Fernando Lobo.
Segundo o executivo, dentre os critérios a serem avaliados para a adoção da tecnologia estão a compatibilidade dos smartphones, tablets ou notebooks
e se a rede será substituída pelo novo padrão, pois isso pode implicar
também na substituição e perda de clientes que ainda não estão
preparados para receber a novidade.
"Se a rede visar uma missão crítica, é interessante usar a tecnologia
já consolidada. Se ela for nova, iniciada do zero, pode usar o AC e o N.
E se for de alta densidade, o AC", recomenda Lobo.
A Aerohive acredita que o AC terá uma adoção plena a partir de 2015 e
cita uma pesquisa da Infonetics, que mostra que 20% dos pontos de acesso
embarcados no mundo em 2015 serão sobre o padrão AC, e em 2017, essa
porcentagem será de 70%.
A empresa deve lançar em breve uma solução para
a nova tecnologia.
"A tecnologia vai ser igual para todo mundo, todos terão maior velocidade, a questão está no uso das aplicações", diz Lobo.
Ele comenta que a fornecedora irá focar em aplicações como a Presence
Analytics, voltada ao varejo, que fornece informações sobre os
consumidores aos lojistas, como por exemplo, quantas pessoas olharam a
vitrine da loja e quantas entraram.
Outra aplicação é a Teachers' View,
que permite aos professores o controle do acesso ao Wi-Fi dentro da sala
de aula.