Aerogerador 1.85-82.5: tecnologia desenvolvida pela GE para os ventos brasileiros
A energia eólica, uma das fontes mais limpas para geração de energia,
está vivendo um ótimo momento.
As turbinas movidas pelo vento espalhadas
pelo mundo já podem gerar 284 gigawatts, mais que o dobro do potencial
de cinco anos atrás. Para se ter uma ideia da velocidade de expansão, a
capacidade instalada das usinas eólicas apenas nos Estados Unidos
cresceu 13,1 gigawatts – praticamente uma Itaipu – em 2012. Boa parte
desse crescimento aconteceu com custos decrescentes.
De acordo com a
Bloomberg New Energy Finance, nos últimos quatro anos, o custo da
energia dos equipamentos de energia eólica caiu 29%, enquanto o custo de
operação teve queda de 40%, o que torna as gigantes torres com pás
opções viáveis mesmo sem subsídios.
No Brasil, a capacidade instalada aumentou 70 vezes entre 2005 e 2012 e
deve seguir em expansão. A participação da energia eólica na matriz
energética saltará do atual 1,69% para 5,5% em 2017, ou 8,8 gigawatts,
segundo os dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
Além de oferecer energia mais limpa para consumidores domésticos e a
indústria, a energia eólica gera oportunidades de negócio para fábricas
instaladas aqui.
A Empresa de Pesquisas Energéticas, órgão do governo
federal que promoveu os leilões de energia, estabelece que 60% da
produção das turbinas eólicas tem de ser nacionalizada.
A GE aposta nesse crescimento e inaugurou, em junho, o Centro de
Serviços para energia eólica na cidade de Guanambi (BA), que terá 50
técnicos para realizar a manutenção nos parques eólicos e manter um
estoque de peças essenciais.
A assistência mais próxima dos clientes é
necessária pelo volume de pedidos, já que até o fim de 2014 serão mais
de 1 000 turbinas da GE instaladas no Brasil. “A GE quer cada vez mais
estreitar a parceria com o Brasil para fornecer tecnologia e os serviços
necessários, visando garantir oportunidades significativas no mercado
de energia eólica do país”, afirma Jean-Claude Robert, líder de energias
renováveis da GE para a América Latina.
Além do Centro de Serviços da Bahia – outro deverá ser inaugurado no
Rio Grande do Norte até o fim de 2013 –, a empresa também tem produtos
específicos para o mercado nacional, como as turbinas eólicas 1.85-82.5.
Utilizando turbinas com mais de 80 metros de diâmetro, ela é mais
eficiente, permitindo que sejam instaladas menos torres por parque
eólico.
O processo todo de instalação de torres assim costuma levar 24
horas e envolve mais de 50 pessoas.
A engenharia de montagem é complexa,
como você pode ver neste vídeo gravado na Califórnia em 2011:
O avanço tecnológico da energia eólica tem sido acelerado, mas ainda há
bastante espaço para inovações.
A GE tem investido 2 bilhões de dólares
em desenvolvimento de tecnologia de ponta, mostrando como é possível
avançar em diversos sentidos.
Os aerogeradores da GE já contam com
sensores de comunicação entre as torres, permitindo maior eficiência e
menos manutenção.
O contato permanente com a rede de distribuição também
permite dosar a entrega de acordo com a necessidade do sistema,
inclusive com a possibilidade de usar baterias que armazenam a força
gerada pelo vento – aumentando a confiabilidade.
Como se vê, os bons
ventos da energia eólica estão apenas começando a soprar.
Veja também a atuação da GE Power & Water no Brasil: