22 setembro 2013

A força dos ventos



Aerogerador 1.85-82.5: tecnologia desenvolvida pela GE para os ventos brasileiros
A energia eólica, uma das fontes mais limpas para geração de energia, está vivendo um ótimo momento. 

As turbinas movidas pelo vento espalhadas pelo mundo já podem gerar 284 gigawatts, mais que o dobro do potencial de cinco anos atrás. Para se ter uma ideia da velocidade de expansão, a capacidade instalada das usinas eólicas apenas nos Estados Unidos cresceu 13,1 gigawatts – praticamente uma Itaipu – em 2012. Boa parte desse crescimento aconteceu com custos decrescentes. 

De acordo com a Bloomberg New Energy Finance, nos últimos quatro anos, o custo da energia dos equipamentos de energia eólica caiu 29%, enquanto o custo de operação teve queda de 40%, o que torna as gigantes torres com pás opções viáveis mesmo sem subsídios.

No Brasil, a capacidade instalada aumentou 70 vezes entre 2005 e 2012 e deve seguir em expansão. A participação da energia eólica na matriz energética saltará do atual 1,69% para 5,5% em 2017, ou 8,8 gigawatts, segundo os dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). 

Além de oferecer energia mais limpa para consumidores domésticos e a indústria, a energia eólica gera oportunidades de negócio para fábricas instaladas aqui. 

A Empresa de Pesquisas Energéticas, órgão do governo federal que promoveu os leilões de energia, estabelece que 60% da produção das turbinas eólicas tem de ser nacionalizada.

A GE aposta nesse crescimento e inaugurou, em junho, o Centro de Serviços para energia eólica na cidade de Guanambi (BA), que terá 50 técnicos para realizar a manutenção nos parques eólicos e manter um estoque de peças essenciais. 

A assistência mais próxima dos clientes é necessária pelo volume de pedidos, já que até o fim de 2014 serão mais de 1 000 turbinas da GE instaladas no Brasil. “A GE quer cada vez mais estreitar a parceria com o Brasil para fornecer tecnologia e os serviços necessários, visando garantir oportunidades significativas no mercado de energia eólica do país”, afirma Jean-Claude Robert, líder de energias renováveis da GE para a América Latina.

Além do Centro de Serviços da Bahia – outro deverá ser inaugurado no Rio Grande do Norte até o fim de 2013 –, a empresa também tem produtos específicos para o mercado nacional, como as turbinas eólicas 1.85-82.5. 

 Utilizando turbinas com mais de 80 metros de diâmetro, ela é mais eficiente, permitindo que sejam instaladas menos torres por parque eólico. 

O processo todo de instalação de torres assim costuma levar 24 horas e envolve mais de 50 pessoas. 

A engenharia de montagem é complexa, como você pode ver neste vídeo gravado na Califórnia em 2011:

O avanço tecnológico da energia eólica tem sido acelerado, mas ainda há bastante espaço para inovações. 

A GE tem investido 2 bilhões de dólares em desenvolvimento de tecnologia de ponta, mostrando como é possível avançar em diversos sentidos. 

Os aerogeradores da GE já contam com sensores de comunicação entre as torres, permitindo maior eficiência e menos manutenção. 

O contato permanente com a rede de distribuição também permite dosar a entrega de acordo com a necessidade do sistema, inclusive com a possibilidade de usar baterias que armazenam a força gerada pelo vento – aumentando a confiabilidade. 

Como se vê, os bons ventos da energia eólica estão apenas começando a soprar. 

Veja também a atuação da GE Power & Water no Brasil:

Arquivo INFOTRANSP