O Metrô vai entregar em 90 dias um novo sistema de controle de trens que
promete reduzir em até 20% o intervalo das composições e é tido como a principal
arma para reduzir a superlotação da rede - inclusive na Linha 3-Vermelha,
caminho para o Itaquerão, estádio da zona leste que abrirá a Copa do Mundo de
2014.
A Linha 2-Verde, que vinha sendo testada desde o ano passado, será a primeira
a receber o sistema. Os testes nas Linhas 1-Azul e 3-Vermelha serão no ano que
vem.
Para terminar o processo, as estações da Avenida Paulista serão fechadas
nas manhãs de domingo, em dias alternados, até o fim do ano (leia na C3).
Chamado CBTC (sigla em inglês para Controle de Trens Baseado em Comunicação),
o novo sistema permite que a distância entre os trens seja reduzida sem
comprometer a segurança.
A distância mínima, hoje de 200 metros, cairá para 70
metros. Assim, caberão mais oito trens na Linha 2, o que aumentará a oferta de
assentos e reduzirá a lotação. Cada trem carrega até 2 mil pessoas por
viagem.
Os contratos para instalação da nova sinalização foram assinados com a
empresa Alstom em 2008.
A promessa inicial era que o processo estaria concluído
em dezembro de 2009. O custo foi R$ 750 milhões.
Mas o Metrô enfrentou uma
sequência de problemas técnicos para adaptar os trens à nova tecnologia.
"O teste é um processo interativo. Você faz o teste, valida e, se tiver algum
problema, volta ao trecho de novo.
O começo foi um processo difícil, mas agora
estamos em uma fase consolidada", afirmou o gerente de Concepção de Projetos e
Sistemas do Metrô, David Turbuk. "Nos testes, a segurança vem em primeiro lugar.
Depois, avaliamos os recursos de controle. Colocamos o maior número de trens no
trecho em teste e simulamos todas as alternativas de manobras, para aí validar o
teste", explicou.
Os testes vinham sendo feitos no trecho entre as Estações Sacomã e Vila
Prudente da Linha 2, na zona leste, as últimas entregues.
Só agora o Metrô
validou a operação para expandi-la ao resto da linha.