04 junho 2012

Transportes coletivos perdem milhares de passageiros

Com o desemprego a atingir máximos históricos, e os transportes muito mais caros, o número de utentes dos transportes coletivos está em queda acelerada.

 
São menos 55 mil pessoas, por dia, no Metro de Lisboa e menos 40 mil nos comboios.
 
Queda acentuada de passageiros coincide com mês do aumento dos transportes.
Transportes coletivos perdem milhares de passageiros
O Metro de Lisboa perdeu, em média, 55 mil passageiros por dia no primeiro trimestre do ano. A diminuição do numero de viagens nos transportes públicos é extensível aos comboios, que transportam agora menos 40 mil pessoas por dia e ao metro do Porto e transportes fluviais.

Os números, divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, indicam uma queda de 8 a 9% no transporte coletivo de passageiros nos comboios, metro de Lisboa e ligações fluviais.
O elevado número de desempregados (com a taxa oficial a revelar que um em cada seis cidadãos não encontra trabalho) e o acentuado aumento do preço dos bilhetes está a diminuir a necessidade e capacidade de mobilidade das pessoas.

Em Março, o Metro de Lisboa transportou menos 15 por cento de passageiros. Na CP a queda foi de 13,1 por cento, mas nas grandes cidades a diminuição de passageiros nos comboios fez-se notar ainda mais.

Foi na rede suburbana, que concentra 90 por cento dos passageiros dos transportes ferroviários, que mais se fez sentir a queda do número de viagens nos comboios (8,8 por cento no primeiro trimestre).

Se em janeiro a queda de passageiros foi de apenas 1 por cento, em fevereiro e março este número disparou para os 12 por cento. Recorde-se que foi em fevereiro que o governo aumentou o preço dos bilhete e dos passes sociais.

Os barcos que fazem o transporte fluvial entre as duas margens do rio Tejo também não escaparam à diminuição de pessoas nos transportes coletivos, diminuindo 9,2 por cento. O mesmo aconteceu no metro do Porto, que, pela primeira vez em dois anos, viu o número de passageiros descer (1,7 por cento).

Arquivo INFOTRANSP