Rescisão de contrato com concessionária causa atraso nas obras, previstas para o 1º trimestre de 2013
Homens trabalham na futura Estação Vila Aurora, que ficará pronta em 2013
Moradores da Vila Aurora, na Zona Oeste da capital, ainda aguardam a construção da Estação Vila Aurora na Linha 7-Rubi, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), sonhando com a possibilidade de poder passar menos tempo dentro de ônibus lotados.
O atraso, que completa quase três anos, tem provocado um misto de descontentamento e desânimo naqueles que acompanham a obra.
Localizada entre as estações Jaraguá e Perus, a estação vai atender usuários dos bairros Cidade D’Abril, Jardim Ipanema, Vila Santa Lucrecia, Parque das Nações Unidas, Conjunto Habitacional Voith e Parque Jaraguá.
Segundo a CPTM, o atraso aconteceu devido à rescisão de contrato em junho de 2010 com o consórcio Estacon-Hersa, porém, as obras foram retomadas em novembro do mesmo ano e o prazo de entrega está previsto para o primeiro trimestre de 2013.
Quem mora no Jaraguá e em bairros vizinhos reclama da falta de uma estação de trem. Alguns são obrigados atualmente a pegar dois ônibus para chegar à Estação Jaraguá. O trajeto, que poderia levar 15 minutos, hoje chega a 1h10, o que atrasa ainda mais a vida dos usuários.
O marceneiro Edson Gonçalves da Silva, que trabalha na Rua Aracy Rondon Amarante, bem em frente ao local onde a estação deveria estar funcionando, ainda aguarda uma solução para o problema. “Vai ajudar muito quando a estação estiver pronta, pois temos de pegar ônibus lotados para chegar à estação hoje”, afirmou. Ele enfrenta o calvário do ônibus tanto para ir até às estações Jaraguá ou Perus, onde embarca no trem. A construção da estação Vila Aurora está prevista no plano de expansão do transporte metropolitano, de 2007.
CPTM anuncia mudanças no projeto original para atender melhor o usuário
A CPTM informou que, além do rompimento do contrato com a vencedora da licitação, o projeto teve de passar por mudanças para melhor atender aos usuários, o que também levou ao adiamento da inauguração. Entre elas estão a construção de um mezanino, de uma passarela de acesso aos dois lados da ferrovia e escadas rolantes e fixas para acesso às plataformas e elevadores.
Segundo a companhia, haverá rotas táteis, comunicação em braile, sanitários públicos e para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, bilheterias blindadas, circuito fechado de TV, sistema de detecção e combate a incêndio, SSO (Sala de Supervisão Operacional), sistema de captação de águas pluviais para reuso, bicicletário e projetos de paisagismo nas áreas externas.
Essas mudanças fizeram o valor do investimento subir para R$ 34 milhões, o que obrigou a prorrogação do prazo para conclusão dos trabalhos para o primeiro semestre de 2013. O mês específico não foi informado pela CPTM.