Organizações sindicais e cidadãs do Chile repudiaram o novo aumento nas tarifas do transporte público que entram em vigor nesta quinta-feira (31), a oitava do governo de Sebastián Piñera.
O metrô custará 670 pesos chilenos, cerca de 1,35 dólares, no horário de maior fluxo. O preço do ônibus também aumentará.
O ministro do transporte , Pedro Errázuriz, admitiu que se trata de uma má notícia, mas justificou a medida pelo impacto da inflação o aumento do custo dos combustíveis e as variações na taxa de cambio.
As organizações sociais alertaram que o aumento ocorre apesar do Parlamento ter um projeto de lei que busca subsidiar o transporte público e congelar o preço das tarifas. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Comitê de Usuários do Transantiago (sistema de ônibus urbanos) advertiram que o fato ocorreu sem o devido reajuste salarial, por causo do alto custo de vida no país.
De acordo com analistas locais, o custo médio para um chileno em sua locomoção diária da casa para o trabalho e vice-versa é de 85 sólares mensais, com a base de apenas 25 dias. Se for considerado que em média nos lares chilenos trabalham mais de uma pessoa a soma se duplica e triplica e isso ocorre em um país onde o salário mínimo é de 182 mil pesos chilenos, cerca de 380 dólares mensais, e o preço dos alimentos e de outros serviços disparou consideravelmente.
As organizações sociais desafiam que o estado subsidie as utilidades das empresas privadas que administram o sistema de transporte público, o que consideram que é deficitário apesar do seu astronômico custo. Cerca de 2,3 milhões de chilenos usam diariamente o metrô e os ônibus urbanos
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