16 junho 2012

Modelagem econômica deve ser definida em breve - Metrô POA



Tarso e Fortunati assinaram termo de cooperação para o projeto
Tarso e Fortunati assinaram termo de cooperação para o projeto

O atual impasse entre o governo federal e a prefeitura de Porto Alegre, sobre a modelagem econômica utilizada para o pagamento da empresa que será responsável pelas obras e pela operação do metrô da Capital, deve ser resolvido nos próximos dias. O investimento previsto é de aproximadamente de R$ 2,4 bilhões. A escolha do modelo implica exatamente nos custos desta implantação, que receberá repasses do Orçamento Geral da União, de instituições privadas, da prefeitura e do governo estadual.

“A proposta apresentada pelo governo federal de uma parceria público-privada (PPP) poderia tornar impraticável a licitação do metrô. Assim, enviamos uma nova sugestão de concessão subsidiada, que proporciona manter o custo previsto”, relatou o prefeito José Fortunati, durante a inauguração do escritório do MetrôPoa, na avenida Padre Cacique. No local, serão discutidos projetos voltados para a implantação do metrô, que deve ter início no próximo ano. Outro objetivo do escritório é reunir equipes técnicas do transporte Bus Rapid Transit (BRT), em uma ação integrada entre prefeitura, Estado e governo federal.

“O modelo de metrô implantado na Capital será de veículo leve, diferente dos adotados hoje no País. A escolha foi motivada porque as obras são mais rápidas. Devido à profundidade pequena, a manutenção é mais fácil e causa menor dano ambiental”, explicou o prefeito. Esta tecnologia utiliza trens menores, compatível com a demanda da cidade. O objetivo é atender diariamente a cerca de 300 mil passageiros. A proposta prevê uma composição formada por quatro carros, que têm capacidade para 270 pessoas cada. O tempo de espera nas estações para a chegada do trem deve ser de dois minutos nos horários de pico.

De acordo com Fortunati, o modal fará parte do sistema integrado de transporte na Capital, o que proporcionará maior qualidade na mobilidade e não trará interferência na parte viária. A primeira fase da linha de metrô terá 15 quilômetros, 13 estações e 25 trens. Para o governador Tarso Genro, a concretização do metrô teve grande influência política, principalmente no que diz respeito às negociações com o governo federal. “Os dois partidos envolvidos, o meu e o do prefeito (PT e PDT), estão na base parlamentar do governo. Isso proporcionou maior atenção da presidência”, afirmou.

Durante o evento, foram assinados dois termos de cooperação - um entre o governo do Estado e a prefeitura, para auxílio técnico, e um entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), a Trensurb e a prefeitura, no sentido de desenvolver estudos e projetos acadêmicos nas faculdades de Arquitetura e Engenharia. O projeto do metrô, apesar de ser municipal, está dentro de uma rede integrada, envolvendo principalmente o transporte metropolitano. “Por esse motivo, existe a necessidade de se fazer os convênios, tanto para a articulação técnica quanto para a parte operacional”, diz o engenheiro Luís Cláudio Ribeiro, coordenador do projeto do metrô e do BRT.

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=95983

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