24 julho 2012



São Paulo – Ninguém discute o papel que os espaços arborizados têm de ajudar a controlar a poluição nas cidades. Mas o quão poderosa é essa contribuição? Segundo um novo estudo desenvolvido pela Universidade de Birmingham, no Reino Unido, ávores, arbustos e outros tipos de vegetação podem reduzir até oito vezes mais do que se pensava os níveis de poluição nos centros urbanos.
De acordo com o estudo, publicado na revista da Sociedade Americana de Química, os espaços verdes atuam principalmente como filtro de dois poluentes extremamente prejudiciais para a saúde humana: o dióxido de nitrogênio (NO2) e o chamado material particulado inalável (PM), partículas microscópicas que resultam da combustão incompleta de combustíveis fósseis utilizados pelos veículos automotores e fábricas.
Pesquisas anteriores já sugeriram que as árvores e outras plantas podem melhorar a qualidade do ar urbano. Contudo, dizem os persquisadores de Birmingham, a melhoria parecia ser pequena, uma redução de menos de 5%. As novas análises mostraram um resultado bem mais animador: um planejamento criterioso para criação de espaços arborizados pode reduzir a concentração de NO2 em até 40% e de material particulado em 60%.
Para turbinar esse efeito, os autores ainda sugerem a construção específica de instalações, como outdoors, cobertas de vegetação para aumentar a quantidade de folhagem nas cidades e melhorar a qualidade do ar.

Vista do Central Park e seu entorno
Vista aérea do Central Park e entorno: espaços arborizados podem reduzir a concentração de NO2 em até 40% e de material particulado em 60%


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