13 janeiro 2012

A tecnologia portuguesa que gere o metro de Londres

Lisboa
A tecnologia portuguesa que gere o metro de Londres
João Pavão Martins e Ernesto Morgado doutoraram-se em inteligência artificial na América e trouxeram o conceito para Portugal

"Estávamos nos Estados Unidos da América a tirar um doutoramento em inteligência artificial, isto em 1980/81, quando nos apercebemos de que quem aplicava os conhecimentos ali adquiridos a novos projetos tinha sempre sucesso." Foi deste modo que João Pavão Martins, um dos sócios fundadores da SISCOG, explicou ao DN como surgiu a ideia de criar a empresa. Enquanto isso, folheava um livro, de capa branca, com a história, as peripécias e as fotografias que marcaram esta empresa 100% nacional. Na cadeira ao lado, o seu antigo colega de faculdade, e atual sócio, Ernesto Morgado, validava tudo o que era dito com a cabeça.

Hoje, um dos softwares da SISCOG - o Crews - é responsável pela gestão das escalas dos recursos humanos do Metropolitano de Londres. Mas tal sucesso foi difícil de alcançar.

Quando os dois colegas do Instituto Superior Técnico, que por acaso também se cruzaram nos corredores de uma universidade americana, regressaram a Portugal, tinham um projeto conjunto em mente - a aplicação prática do que haviam aprendido.

A principal dificuldade que sentiram foi explicar aos portugueses as vantagens da inteligência artificial. "Sempre que falávamos sobre os nossos conhecimentos a alguns responsáveis de empresas nacionais riam--se de nós", lembraram com um sorriso.

Ainda assim decidiram arriscar e a 5 de julho de 1986 constituíram a sociedade por quotas SISCOG, Consultas e Serviços em Sistemas Cognitivos, Lda., com capital social de 500 contos, ou seja, cerca de 2500 euros.

http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=2235223

Arquivo INFOTRANSP