04 janeiro 2014

'Qualquer dia vão descobrir a imobilidade urbana'



                       

Mapa do sistema chinês
   
Falta trilho. Trilho para transportar passageiro, falta muito trilho para se ir ao trabalho, às compras, ao teatro, ao cinema, ao futebol, como acontece nas cidades que resolveram o transporte público – fora do Brasil, é claro.
Agora o transporte público tem outro nome: é mobilidade urbana, um nome mais sofisticado para um problema primário.
Na capital do país, uma comitiva de autoridades do legislativo local viajou para Londres para conhecer o metrô. Por coincidência, a viagem foi durante as Olimpíadas. E ainda não conheciam um metrô que é de 1863.
A propósito, o de Buenos Aires completou cem anos neste ano. O de São Paulo começou a funcionar 61 anos depois de Buenos Aires.
Xangai não tinha um metro de metrô quando o Rio de Janeiro abriu a primeira linha em 1979. Hoje Xangai tem uma teia de 12 linhas e mais de 300 estações.
As comparações servem para mostrar que vamos muito devagar com um problema que cresce muito rápido: a necessidade de transportar pessoas sem que elas precisem recorrer ao transporte individual que entope as cidades e os estacionamentos – e prejudica a velocidade do transporte coletivo de superfície, os ônibus.
Já editaram a lei da mobilidade urbana, há dois anos. As ruas de junho já clamaram por transporte urbano. E o atraso agrava o problema a cada hora.
Qualquer dia vão descobrir a "imobilidade urbana".
 

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