25 janeiro 2014

Ponte solar em Londres vai suprir metade da energia da estação de trem

                
   
Existem diversas pontes em todo o mundo, não é verdade? É quase impossível imaginar uma grande cidade desprovida de, ao menos, uma dessas construções, que têm como principal característica a ligação de duas regiões distintas.
 
Mas que tal uma ponte que, além de desempenhar sua função básica, ainda gera energia solar?
Depois de quase cinco anos, Londres concluiu na quarta-feira, 22 de janeiro, a instalação de 4,400 painéis fotovoltaicos na ponte Blackfriars, sobre o Rio Tâmisa, cartão postal da capital inglesa. A energia gerada vai suprir metade do consumo da estação ferroviária London Blackfriars.
Maior ponte solar do mundo, superando a passarela Kurilpa, na Austrália, e o Solar Tunnel, na Bélgica, a Blackfriars conta com seis mil metros quadrados de teto solar, capazes de produzir 900 mil kWh por ano.
Responsável pela operação da estação, a empresa First Capital Connect visa dois objetivos: cortar os custos da conta de luz e reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 511 toneladas por ano, o equivalente a cerca de 89 mil viagens de carros.
Viagem sustentável
"Os trens elétricos já são a forma mais ecológica de transporte público - este telhado dá aos nossos passageiros uma viagem ainda mais sustentável", destacou David Statham, diretor da First Capital Connect, ao portal Business Green. (VIDEO).
 
"O telhado solar também se tornou um marco da nossa estação, visível por quilômetros ao longo do Rio Tamisa", completou.
A empresa responsável pela instalação dos painéis foi a londrina Solarcentury. Já os módulos solares de alta eficiência utilizados foram fabricados pela Panasonic.
A estação ficou mais arejada e com melhor iluminação natural, além de também passar a contar com sistema de captação de água da chuva.
 
 
 
 

TARIFA ANUNCIADA PARA O METRO CURIIBA JA CAUSA POLEMICA

http://www.parana-online.com.br/editoria/cidades/news/720477/?noticia=TARIFA+ANUNCIADA+PARA+O+METRO+JA+CAUSA+POLEMICA

Roubos e furtos quase dobram no Metrô e CPTM

 

Sistema registra 3,1% mais passageiros no ano passado, mas rede teve alta de 64% nos furtos e 76% nos roubos; Sé é a mais violenta

O número de furtos e roubos tem crescido no Metrô de São Paulo e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) acima do aumento de usuários nas redes. Dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) mostram que a quantidade de crimes contra o patrimônio em 2013 quase dobrou no sistema na comparação com o ano anterior. Os furtos passaram de 3.439 em 2012 para 5.664 entre janeiro e novembro do ano passado, um aumento de 64%. Os roubos - ação com violência - subiram de 173 para 306 (76%).
Outra série estatística obtida no Metrô pelo Estado por meio da Lei de Acesso à Informação revela quais são as estações da rede metroviária com mais ocorrências. A Sé, que conecta as Linhas 1-Azul e 3-Vermelha, é a mais violenta. Entre 1.º de janeiro e 11 de dezembro de 2013, um total de 136 furtos foram anotados pela área operacional do Metrô na parada. Em seguida, vem a Palmeiras-Barra Funda, com 77 furtos. Trata-se de duas estações entre as mais movimentadas da malha do metrô.
Quando se consideram os roubos, a situação se inverte: a Barra Funda, com 13 casos, fica à frente da Sé, que teve 12 (leia mais nesta página). Na Linha 1-Azul, além da própria Sé, a Luz é a segunda colocada em casos de furtos (38) e roubos (7).
Os dados repassados pelo Metrô, porém, divergem das estatísticas da SSP pelo fato de não contabilizarem todos os boletins de ocorrência encaminhados para a Delegacia do Metropolitano (Delpom). As informações disponíveis no banco de dados da SSP são mais completas porque contêm ocorrências registradas nas delegacias eletrônicas e até mesmo de crimes registrados no entorno da rede metroferroviária.
De acordo com a Secretaria de Transportes Metropolitanos, os dados das companhias "são obtidos com base nos registros feitos na Delpom, que envia a cópia dos boletins para as duas companhias", mas a SSP "contabiliza também informações de outras fontes de registro", explica.
Assim, pelos registros do Metrô, a Linha 3-Vermelha é a campeã de furtos na rede - os dados não computam ocorrências na Linha 4-Amarela, que é administrada pela concessionária ViaQuatro. No ano passado, segundo as estatísticas à disposição do Metrô, ao menos 415 furtos e 68 roubos foram registrados nas 18 estações do ramal, incluindo as de transferência com outras linhas, como a Sé e a República, no centro.
Distração. De acordo com Osvaldo Nico Gonçalves, delegado do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade), da Polícia Civil, passageiros distraídos são o principal alvo dos assaltantes. "Geralmente, as vítimas dormem nos trens e acabam sendo furtadas", diz. Ele conta que a superlotação também facilita a ação dos bandidos. Celulares e bolsas estão entre os itens mais levados.
A gastrônoma Reinaldete Masão, de 32 anos, já foi assaltada três vezes no metrô. A última, em setembro do ano passado, em um túnel de acesso à Estação Sé. "Eram 16h30 de uma quinta-feira, tinha bastante gente no local, mas nenhum segurança. O cara me apontou o revólver e pediu a bolsa. Perdi todos os documentos."
O ajudante de pedreiro Fernando José dos Santos, de 25 anos, quase foi furtado dentro de um vagão lotado, também na Estação Sé, na Linha 3-Vermelha, no sentido Corinthians-Itaquera. "Senti alguém tentando puxar a carteira do bolso da calça. Agora, só fico com as mãos dentro dos bolsos, por precaução", diz.
Passageiros. No ano passado, a quantidade de passageiros transportados no Metrô cresceu proporcionalmente menos do que as ocorrências de furtos e roubos. Foram 1,297 bilhão de passageiros em 2013, 3,1% a mais do que no ano retrasado.
 
O Metrô não tem dados atualizados sobre cada ramal, mas em 2012 a Linha 3-Vermelha, a mais sobrecarregada, levava, na média por dia útil, 1,191 milhão de passageiros. Já a 1-Azul, 1,039 milhão.
 
 
 

2034. Uma rede ‘europeia’ de linhas de metrô

 

Malha será comparável à de Berlim e Paris, mas não há previsão de vagões mais vazios



 
 

Parece sonho, mas se os projetos governamentais para o transporte público saírem do papel, São Paulo finalmente terá, em 2034, uma rede de metrô com extensão similar ou até superior à de Berlim (332 km) e Paris (214 km).
 
O mais atualizado plano de expansão da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos mostra um sistema metroviário com 342 km em 2030.
 
Hoje, a cidade possui apenas 74 km de trilhos e tem na mobilidade urbana um de seus maiores desafios.
 
Na malha prevista para o futuro, a zona norte de São Paulo, que hoje é servida apenas pela Linha 1-Azul, teria três novos ramais, entre eles o chamado Arco Norte, que vai conectar a região de leste a oeste, passando por bairros como Freguesia do Ó, Casa Verde e pela região às margens da Rodovia Presidente Dutra. Bairros no extremo da zona leste também deverão ganhar estações.
 
Há previsão de linhas chegando ao Jardim Iguatemi, São Mateus, Vila Curuçá e Cidade Tiradentes. "Estamos configurando a rede com intensidade, com muito mais quilometragem, mas também com a racionalidade de redistribuí-la fugindo da concentração central", diz Jurandir Fernandes, secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos.
 
Na rede de trens, linhas ambiciosas também são prometidas, entre elas o chamado Arco Sul, que vai ligar Alphaville, em Barueri, ao ABC, passando pela zona sul da capital, em uma extensão de mais de 65 km.
 
Essa seria a maior linha da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
 
De Santo André, onde o Arco Sul terminaria, outra linha partiria rumo a Guarulhos.
 
Com esses e outros projetos, a malha ferroviária passaria dos atuais 260 km para 448 km em 2030, segundo o projeto da secretaria.
 
 
 
"O plano de infraestrutura vai dar certo porque já está sendo feito.
 
Vivíamos falando, nas décadas de 1980 e 1990, que iríamos fazer, e não fizemos nada.
 
Foram décadas perdidas, por questões macroeconômicas e por falta de alinhamento de políticas públicas.
 
Hoje, você tem esse alinhamento. Não há gestor daqui da Região Metropolitana que hoje não tenha esse pensamento", diz Fernandes.
 
Mas quem pensa que uma rede digna de primeiro mundo vai ter todos os passageiros transportados sentados e com conforto não deve ficar tão otimista.
 
Mesmo nas grandes metrópoles da Europa e dos Estados Unidos, o transporte público de alta capacidade é cheio, cenário que deverá se repetir na capital paulista.
 
"O planejamento tenderá a colaborar para melhorar a eficiência da mobilidade, mas o problema nunca vai estar totalmente resolvido.
 
Na condição de metrópole, São Paulo atrai pessoas, eventos, serviços. Isso impacta na mobilidade. Mais metrô ajuda, mas isso tem um limite.
 
Se você for pegar o metrô na hora do rush em qualquer metrópole do mundo não deixará de ficar espremido", diz Rovena Negreiros, diretora de Planejamento da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa).
 
Integração. Outra tendência que poderá melhorar a mobilidade dos paulistanos daqui a 20 anos será a integração de vários tipos de transporte, entre eles os não motorizados. "Todas as novas estações hoje contemplam bicicletários.
 
Algumas linhas, como nos monotrilhos das Linhas 15-Prata e 18-Bronze, terão ciclovias em toda as suas extensões", diz o secretário Jurandir Fernandes.
 
Para ele, até o compartilhamento de carros, já presente em 160 cidades da Europa, poderá tornar-se popular em São Paulo. "Lá, as pessoas estão deixando de ter o segundo carro de família.
 
O primeiro carro seria para passeios; o carro para trabalho é compartilhado.
 
E já está havendo um avanço desse sistema nos Estados Unidos, que é deixar o próprio veículo no ponto de compartilhamento.
 
Então, a pessoa vai para o trabalho de manhã e deixa o carro em uma estação para ser usado por outros. Isso ajuda o dono a pagar os custos do automóvel.
 
É uma mudança de comportamento interessante."
 
A melhoria nos transportes implicará em um aumento da qualidade de vida do paulistano. "São Paulo vai poder ter uma vida cultural descentralizada", opina o maestro e ativista cultural Livio Tragtenberg.
 
"Com transporte mais eficiente e mais rápido, vamos acabar com a dualidade ‘cultura de periferia’ versus ‘cultura da elite’. Teremos uma mistura das culturas e as pessoas poderão ir a todos os lugares."
 

SP em números

http://www.estadao.com.br/infograficos/sp-em-numeros,224043.htm

23 janeiro 2014

Usuário sem alternativa faz demanda por metrô subir 13%



 
Horario de pico no metro
Lotado. Passageiros da única linha de metrô da capital se espremem entre os vagões lotados; CBTU diz que trens têm qualidade
 
A procura pelo metrô de Belo Horizonte bate recorde a cada ano, mas as melhorias do transporte sobre trilhos não são realizadas na mesma proporção. 

De acordo com dados da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), divulgados ontem, o número de novos embarques subiu 13% em 2013 na comparação com o ano anterior, o que equivale a 7,5 milhões de novos passageiros. 

A média da capital é maior que a nacional, de 10%.


A CBTU atribui o crescimento na procura à “qualidade dos serviços prestados”, mas usuários e especialistas questionam essa avaliação. 

É esse o caso da técnica em enfermagem Tatiane Ferreira, 25. Ela usa o metrô diariamente do São Gabriel até o Novo Eldorado, onde trabalha. “Em horário de pico, vence o mais forte. 

Já vi briga, gente caída e o pessoal passando por cima porque o vagão estava cheio demais”, relata. A moça conta ainda que é normal ter que esperar até três composições para conseguir seguir viagem. 

Tatiane é um dos muitos casos de usuários de transporte público que preferem a falta de conforto do metrô a enfrentar horas em engarrafamentos dentro de ônibus. 

“O metrô é um serviço mais atraente que os outros, é rápido e tem uma regularidade garantida, mas não recebe investimentos para crescer acompanhando a demanda. É limitado”, explica o consultor em transportes e trânsito Silvestre Andrade. 

O vice-presidente do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindmetro), Romeu José Machado Neto, afirma que as novas integrações de passagens para o transporte público e as constantes obras na cidade estão fazendo com que o metrô seja uma opção cada vez mais procurada. Com isso, para dar conta da demanda, os metroviários estão “tirando leite de pedra”. 

“As pessoas estão abandonando os ônibus e indo para o metrô. A procura é maior por causa disso e não por causa da oferta da CBTU”, criticou.

Detalhes. Os números divulgados ontem pela CBTU revelam que, em 2013, o metrô de Belo Horizonte transportou 64,9 milhões de passageiros, em aproximadamente 90 mil viagens. Ainda de acordo com a companhia, o índice de pontualidade das viagens ficou em 98,9% e o índice de regularidade das partidas foi de 99,5%. 

O pico de passageiros no trem foi registrado em 14 de novembro, quando o metrô recebeu 268.981 passageiros. A média mensal de usuários saiu de 4,7 milhões para cerca de 5,4 milhões de passageiros. 

Espera Andamento. O tempo médio entre uma estação e outra foi de dois minutos, segundo a CBTU. Outubro foi o mês com maior demanda mensal, com 5,7 milhões de passageiros.




Metrô de Xangai passa a ser o primeiro com mais de 500 km

               China tem dois maiores sistemas de metrô do mundo, após 20 anos de obras.

Metrô de Xangai passa a ser o primeiro com mais de 500 km (Foto: BBC)Metrô de Xangai passa a ser o primeiro com mais de 500 km 
Esta semana, a cidade de Xangai estabelece um novo recorde: com a abertura das linhas 12 e 16, a metrópole chinesa passa a ter o primeiro sistema de metrô do mundo com comprimento total superior a 500 quilômetros. 
Nos próximos anos, serão adicionados mais 230 quilômetros, extensão superior à do metrô de Paris.
Enquanto Xangai atinge esta semana 567 quilômetros de trilhos em operações, Londres tem 400 quilômetros, e Nova York, 337 quilômetros.
Já o metrô de São Paulo, maior rede do Brasil, tem 74 quilômetros.
Metrô de Xangai passa a ser o primeiro com mais de 500 km (Foto: BBC)Metrô de Xangai passa a ser o primeiro com mais de 500 km (Foto: BBC)

Metrô é responsabilizado por má prestação de serviço

Danos morais

Conforme o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, o fornecedor de serviço responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação de danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços. 

Assim decidiu a 13ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo ao condenar a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) a indenizar um passageiro em R$ 5 mil por danos morais pela demora na regularização da circulação dos trens, após paralisação ocorrida em setembro de 2010.

O homem embarcou na estação Penha com destino à Barra Funda. Segundo ele, durante o percurso o trem parou por tempo prolongado e a circulação de ar foi desligada nos vagões. 
Com o calor, os passageiros quebraram os vidros das janelas e caminharam pelos trilhos, colocando em risco a segurança de todos.

No momento em que saía da composição por uma das janelas, teria sofrido um corte na cabeça. 

Ele pediu indenização por danos morais.
Em primeira instância o Metrô foi condenado a pagar R$ 15 mil por danos morais.
 O juízo, entretanto, deferiu o pedido da estatal para condenar a seguradora a lhe pagar a mesma quantia, deduzindo-se o valor da franquia contratada, para ressarcimentos do prejuízo pelo risco assumido em contrato de seguro.
A seguradora apelou ao TJ-SP sustentando que não poderia arcar com toda a condenação, devendo ser respeitado o contrato de seguro firmado, do qual consta que, em caso de arbitramento de indenizações, há o desconto de uma franquia obrigatória para todas as coberturas. 
Alegou também que a responsabilidade da seguradora deve limitar-se ao máximo fixado na apólice, não se admitindo no contrato de seguro interpretação extensiva.
O Metrô também apelou alegando que a paralisação dos trens foi desencadeada por ação dos próprios usuários e que não seria responsável pelo incidente, uma vez que se trata de fato de terceiro, o que é uma causa excludente de responsabilidade. 
Disse ainda que não houve falha na prestação do serviço e que tomou todas as medidas para o restabelecimento do serviço o mais rápido possível como mensagens sonoras aos usuários e desenergização de vias.
O relator da apelação, desembargador Heraldo de Oliveira, entendeu que a falha na prestação do serviço ficou caracterizada pela demora na regularização dos problemas e na retomada da circulação dos trens, em horário de pico, obrigando os usuários a caminharem pelos trilhos. 
Segundo ele, o Metrô deve transportar em segurança os usuários do serviço que disponibiliza até o seu destino e responde pelos danos que causar nessa atividade.
No caso da seguradora, o desembargador afirmou que a indenização fixada em primeira instância é relacionada à ocorrência de inadimplemento contratual do Metrô e que gerou o dever de indenizar o autor da ação. 

“Portanto, não tem cabimento pretender a seguradora furtar-se à obrigação de pagamento determinada pela sentença de modo que, tendo sido vencida na lide secundária, também era de rigor que lhe houvesse imputado a condenação nas verbas da sucumbência respectivas”, entendeu.
Em relação ao valor da indenização, o desembargador reduziu a quantia estabelecida em 1° grau por entender que R$ 5 mil já seriam suficientes para impedir que fatos como esses não ocorram novamente e ao mesmo tempo não ocasione o enriquecimento sem causa do autor. 
Os desembargadores Francisco Giaquinto e Zélia Maria Antunes Alves também participaram do julgamento e acompanharam o voto do relator.
Apelação 0109549-53.2011.8.26.0100

Jovens aderem ao Dia Internacional Sem Calças no Metrô


Apesar do frio, diversas pessoas de cidades como Paris, Londres, Berlin e Tóquio participaram do movimento

 

Dia Internacional Sem Calça No Metrô
Em Londres, jovens participam da manifestação pacífica

Uma situação inusitada foi vista por frequentadores de metrô de algumas cidades do mundo: vários jovens entraram sem calças nas estações.

Apesar do frio, jovens de Paris, Londres, Praga, Viena, Bruxelas, Tóquio e Hong Kong participaram

 Anualmente, essa manifestação por liberdade nos metrôs vem acontecendo me cidades de todo o mundo. Em 2013, um evento no facebook indica que São Paulo participou da manifestação. 

Na descrição do evento, a autora conta que a intervenção urbana surgiu em 2002 idealizada pelo grupo Improv Everywhere.

http://www.otempo.com.br/capa/mundo/jovens-aderem-ao-dia-internacional-sem-cal%C3%A7as-no-metr%C3%B4-1.772424  


Metrô e CPTM ultrapassam a marca de 8 milhões de passageiros transportados por dia



O Metrô de São Paulo divulgou nota sobre o recorde de passageiros alcançado em 2013.
 
Sim , passamos dos 8 milhões de passageiros transportados por dia nos trilhos da CPTM e do Metrô.
 
Segundo a publicação, as 11 linhas que compõe o sistema metroferroviário paulista (Metrô, CPTM e ViaQuatro) transportou 2.092 bilhões de usuários no ano passado, o que representa mais de 75% de todas as pessoas transportadas por trens e metrôs em todo o Brasil.
 
O crescimento em relação ao ano anterior (2012) foi de 3,5%.
A CPTM cresceu mais em relação ao Metrô no que se refere a transporte de usuários.
 
Nos trens o número de passageiros acumulados foi de 795.378.870 milhões, com aumento de 4,1% em relação a 2012.
 
Já no Metrô, foram 1.297 bilhão, resultando em um acréscimo de 3,1% comparado ao ano anterior.
No dia 14 de novembro de 2013, véspera de feriado, como de praxe o sistema metroferroviário bateu novo recorde e carregou aproximadamente 8 milhões de passageiros transportados em um único dia. Foram 3.019.010 usuários que utilizaram a CPTM e 4.916.659 que se deslocaram pelo metrô.
 
 Após essa data, em 6 de dezembro de 2013, a CPTM alcançou um novo recorde com 3.025.185 passageiros transportados.
Lembramos que o sistema metroferroviário abrange 335 quilômetros de extensão, atende a 22 municípios da Região Metropolitana de São Paulo, com integração física e tarifária.
Em outras palavras, nunca o metrô e o trem estiveram tão lotado.
metro2
 

Metrô de Salvador tem data anunciada para entrar nos trilhos: sexta-feira 13 de Junho



Se alguém ainda tinha dúvida de que 13 é um número cabalístico, esqueça. 

Treze de junho é o dia que cerca de 50 mil torcedores vão à Fonte Nova assistir ao primeiro jogo da Copa 2014 em Salvador, entre Holanda e Espanha. 

É nesse mesmo 13 que, repetindo uma tradição secular, milhares de católicos vão celebrar o casamenteiro Santo Antonio. 

E depois de 13 anos de espera, numa sexta-feira 13, com a bênção de Santo Antônio, o metrô deve entrar de vez nos trilhos e realizar a sua primeira operação assistida. 
A informação foi confirmada nesta sexta (17) pelo diretor presidente da CCR Metrô Bahia, Harald Peter Zwetkoff, durante almoço com jornalistas. 

“Isso é um pedido do poder concedente. Ele quer no dia do primeiro jogo da Copa do Mundo. 

Aqui na Bahia dizem que o importante não é isso, é que é Dia de Santo Antônio, mas, por coincidência, é também dia de jogo da Copa do Mundo”, brinca o executivo.
Metrô de Salvador tem data anunciada para entrar nos trilhos: sexta-feira (13), de Junho 
No período de operação assistida, que prossegue até 15 de setembro, data em que o metrô entra em operação comercial, os trens vão circular com um volume menor de passageiros (250) do que sua capacidade (1.000), sem regularidade de horários e não será cobrada passagem.,
No início, os trens vão funcionar durante quatro horas por dia — nas estações serão fixadas tabelas com os horários. 

Aos poucos serão ampliados o horário e a oferta de trem.

Já a partir de maio, já será possível ver os trens circulando nos trilhos, na fase de teste para a operação assistida. 

Nessa etapa, sem passageiros.  
Como a obra ficou muito tempo parada, há muito o que fazer. Para dar conta disso, além dos 800 funcionários que já estão trabalhando, serão contratados mais 2.600 até junho. 
“A maior parte dessas vagas é para funções ligadas à construção, como pedreiro, armador, carpinteiro, ajudante, encarregador de obras, montador, soldador”, listou. 
O consórcio CCR investe em duas vertentes de trabalho: a construção da linha do Acesso Norte até o Retiro e depois até a BR 324; e também na revitalização do que já estava pronto.
Essa semana, por exemplo, eles já começaram a testar o sistema elétrico. 
A próxima etapa, que já está em andamento, é desmontar os trens e checar cada item, revitalizar as estações, avaliar as condições dos trilhos.
  Também foi realizada uma ultrassom nos seis quilômetros de trilhos que ligam a Lapa ao Retiro para diagnóstico das suas condições. 

“Foram detectados vários pontos que a gente vai ter que fazer solda”, destacou. 
Além disso, como o trem é elétrico e os trilhos estão enferrujados, é necessário então polir para garantir o contato elétrico. 
Só depois de todos os ajustes realizados é que será possível andar com o trem. 
O modelo de trem adotado tem quatro carros, cada um com seis portas, e vai trafegar a uma velocidade média de 36 quilômetros por hora.  
“Para poder andar com segurança e alguém dentro, tem que rodar muitos dias antes para garantir a operação”, disse Harald. 
Um cronograma realizado pelo grupo de trabalho aponta 1.400 atividades que precisam ser realizadas. 
O número pode até assustar, mas com Santo Antonio na causa, a graça há de ser alcançada. 
Depois, os baianos vão precisar direcionar as preces a outro santo. 

É que a segunda etapa, que liga o metrô até Pirajá, está prevista para começar a operar comercialmente no dia 15 de janeiro. 
Dessa vez, sob as bênçãos do Senhor do Bonfim ou de Oxalá.

Após dois anos sem inaugurações, Metrô de SP abre nova estação dia 1º

Depois de quase dois anos e meio sem nenhuma inauguração, o Metrô de São Paulo ganhará sua mais nova estação no dia 1.º de fevereiro. 

Trata-se da parada Adolfo Pinheiro, na Linha 5-Lilás, na zona sul da capital paulista. 

A informação foi adiantada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) nesta sexta-feira, 17, no Palácio dos Bandeirantes, na zona sul.

 
Obras na estação em dezembro do ano passado - Caio do Valle/Estadão

Obras na estação em dezembro do ano passado

"A Estação Adolfo Pinheiro deve ser (entregue) dia 1.º, que é na outra semana", declarou o tucano. 

Esse data cai em um sábado, dia de menor movimento na rede metroviária.
De acordo com ele, a estação começará funcionando em horário reduzido. 

"Eu não tenho detalhes, mas já começa a operar primeiro experimental, depois comercial, aquela regra que tem seguir por segurança." 
No mês passado, a gestão Alckmin tinha prometido entregar a estação perto do dia 25 de janeiro, quando a cidade de São Paulo completa 460 anos. 

A parada está em construção desde 2009 e acrescentará mais 1,2 km de trilhos à Linha 5-Lilás.

As últimas estações do Metrô entregues pelo governo do Estado, República e Luz, na Linha 4-Amarela, abriram as portas em setembro de 2011. 

Atualmente, o Metrô tem 64 estações e 74,3 km em cinco linhas.

Em Moscou, viga de concreto armado perfura túnel de metrô

   

Em Moscou, viga de concreto armado perfura túnel de metrô   

Foto: ru.wikipedia.org

Equipas técnicas estão minimizando as consequências de um acidente ocorrido no metrô da capital russa. No túnel entre as estações Avtozavodskaya e Kolomenskaya, uma viga de concreto armado perfurou a parte superior túnel, informam fontes oficiais do metropolitano.

  
Na sequência do acidente, todos os passageiros saíram ilesos e foram retirados do túnel.
 
No entanto, a fonte acrescentou não ter informações sobre a retomada da circulação paralisada devido ao “complexo trabalho de reparação”.
 
Agora os passageiros podem utilizar transportes alternativos, devendo os ônibus parar nas entradas das estações fechadas
 

Metrô da região do ABCD já começa a ‘nascer’

 

Assinatura do edital da Linha 18-Bronze será publicado por Alckmin no Palácio dos Bandeirantes                                               
                                                                            
Nesta quarta-feira, 22, que terá início a ‘gestação’ do Metrô no ABCD, após a assinatura do edital da Linha 18-Bronze (Tamanduateí-Djalma Dutra), que fará ligação entre a região e a capital paulista, passando por 13 estações distribuídas em 14,9 quilômetros entre São Caetano, Santo André e São Bernardo e a Zona Leste de São Paulo.

A assinatura acontecerá no Palácio dos Bandeirantes e contará com as presenças do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e demais autoridades. Porém, quem não deve comparecer é a presidente Dilma Roussef (PT), por questões de agenda, mas que deverá encaminhar o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), para representá-la na solenidade oficial. O projeto tem custos avaliados em R$ 4 bilhões, também com investimentos do governo federal em torno de R$ 1,68 bilhão. A Linha 18-Bronze será a primeira construída fora da capital e vai adotar tecnologia de monotrilho.

“É a concretização da chegada do Metrô ao Grande ABC. A partir do edital serão 60 dias para contestações da publicação, mas, com a assinatura do contrato com a empresa vencedora, a expectativa será pelo início das obras o mais rápido possível para  que a população do ABCD concretize este sonho de muito tempo”, confirmou Orlando Morando (PSDB), deputado estadual e integrante da Comissão de Transportes e Comunicações da Assembleia Legislativa.

MAIS

Quanto vai ser?
Outra expectativa que deve se confirmar nesta quarta é a de que o governo do estado será responsável pelo custeio das desapropriações para implementação do sistema metroviário que interligará a região à capital. 

200 mi deverá ser o custo das desapropriações

Tudo acertado
O governo Alckmin já se comprometeu a arcar com valores de desapropriações da Linha 6-Laranja, entre a Vila Brasilândia e São Joaquim, também licitada por meio de PPP. O Consórcio Mova São Paulo, formado por Odebrecht, Queiroz Galvão, UTC Participações e Eco Realty Fundo de Investimentos, será responsável por essa linha. Em balanço preliminar do Palácio dos Bandeirantes, acertou-se o custo com indenizações a proprietários de terrenos.
 

15 janeiro 2014

Nasce em SP a delegacia para pessoas com deficiência



A primeira Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência foi criada nesta sexta-feira, 3, em São Paulo. O decreto, assinado hoje pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), prevê a instalação de outras unidades no Estado. 

Por hora, a equipe vai centralizar as ações e receber dados e denúncias na Rua Brigadeiro Tobias, nº 527, onde funciona o Palácio da Polícia Civil. O trabalho deve começar em 45 dias.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), em conjunto com a Academia de Polícia Civil (Acadepol), os policiais vão treinar e formar equipes de outras unidades para o atendimento especializado.

A delegacia tem um Centro de Serviços de Apoio, composto por uma equipe multidisciplinar que identifica o tipo de atendimento a ser prestado, de acordo com a defiência.

Entre os profissionais que farão parte do grupo estão assistentes sociais, psicólogos e intérprete de Libras, que também reunirão informações sobre práticas de violência contra as pessoas com deficiência. 

A equipe será coordenada por um sociólogo.

13 janeiro 2014

Google Transit começa a funcionar em Porto Alegre



Caminhe até a parada de ônibus na altura do número 1.145 da Avenida Ipiranga, pegue o coletivo da linha T1, desça na Loureiro da Silva, ande mais 750 metros e, pronto, você terá chegado ao seu destino. Esse é um dos itinerários sugeridos para deslocamento entre o prédio de Zero Hora e a Usina do Gasômetro pelo Google Transit — ferramenta que, já ativa em cidades como Curitiba e São Paulo, entra em operação na próxima terça-feira também em Porto Alegre.

Fruto de uma parceria entre o Google e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o serviço promete tornar mais fácil o deslocamento de usuários do transporte público na cidade. E o uso é simples: funcionando junto ao aplicativo Google Maps, basta inserir o local de saída e o destino para que, além dos trajetos sugeridos de carro e a pé, as opções de itinerários dos ônibus também apareçam. Para que a integração fosse possível, todas as informações de linhas, paradas e horários foram abertas pela prefeitura da Capital.

— O contrato com o Google previa a revisão de todo o sistema de transporte público de Porto Alegre e, para que a ferramenta pudesse operar, foram necessários alguns ajustes. A população que é usuária de ônibus normalmente tem o conhecimento dessas informações, mas, com a Copa do Mundo, os turistas poderão programar o seu deslocamento antes mesmo de chegar na cidade — explica o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari.

Para os visitantes já adeptos ao Google Maps, não será necessário nem mesmo baixar um novo aplicativo — e todos os dados serão fornecidos na língua de origem. O recurso, que vinha em tratativas entre o gigante da internet e a prefeitura desde o final de 2011, surge como uma alternativa à falta de informações na grande parte das paradas e terminais de ônibus da Capital.

Vinculado ao Google Maps, recurso que fornece itinerários de ônibus com base nas informações de linhas e horários será lançado na terça-feira na Capital
 
— Se trata de uma integração entre as informações sobre o transporte público e o Google Maps para planejar deslocamentos nas cidades. O aplicativo sempre fornece o itinerário a pé e de carro, mas, a partir do momento que a prefeitura coloca esses dados à disposição, conseguimos traçar as rotas de ônibus em segundos — completa o diretor de novos negócios do Google Brasil, Alessandro Germano.

A ferramenta não prevê integração em tempo real, como possíveis atrasos provocados por um acidente de trânsito ou um temporal. Apesar de não oficiais, iniciativas para guiar o usuário de ônibus não são novidade por aqui. Em 2013, aplicativos em moldes semelhantes ao Google Transit, como o NossoBus e o Moovit, foram lançados em Porto Alegre.
Google Ferramenta servirá como um guia ao usuário do transporte público na Capital
Como usar o Google Transit

— O Google Transit funciona vinculado ao Google Maps, aplicativo gratuito que pode ser usado em smartphones e tablets e que também está disponível na internet (maps.google.com.br)
— Para fazer a pesquisa, é necessário estar conectado à internet (por wi-fi ou rede 3G)
— No campo pesquisar, o usuário deve digitar o endereço do destino ou nome do local (por exemplo, Mercado Público)
— Aparecerão três opções de deslocamento: de carro, a pé ou de ônibus. Selecione o transporte público e escolha o itinerário previsto que preferir (com base na estimativa de tempo de deslocamento, das condições do trânsito ou das linhas de ônibus, por exemplo)
— Além de reconhecer a localização do usuário por meio do sistema GPS, a ferramenta ainda disponibiliza informações sobre os horários das linhas e a localização de todas as paradas de ônibus da cidade
— O trajeto pode ser acompanhado pelo mapa
 

12 janeiro 2014

Falta de mão de obra qualificada no Brasil se agrava

As empresas reclamam da escassez de profissionais capacitados para funções específicas, falta de visão global dos candidatos e deficiência na formação básica

 
Trabalhadores da construção civil

Trabalhadores da construção civil: 91% das companhias pesquisadas têm dificuldade na contratação de profissionais, especialmente gerente de projetos e trabalhador manual
 
A criação de cargos cada vez mais específicos, o uso de equipamentos ultramodernos e a globalização dos negócios intensificaram o problema de mão de obra nas empresas.
 
Uma pesquisa da Fundação Dom Cabral mostra que 91% das companhias pesquisadas têm dificuldade na contratação de profissionais, especialmente para vagas de compradores, técnicos, administradores, gerente de projetos e trabalhador manual.
 
A maioria delas reclamou da escassez de profissionais capacitados para funções específicas, falta de visão global dos candidatos e deficiência na formação básica, além da falta de fluência em inglês. Mas, sem saída, elas têm se desdobrado em estratégias para preencher as vagas.
 
Além de caprichar no pacote de benefícios, montar ambiciosos planos de carreira e criar cursos específicos de treinamento, as empresas foram obrigadas a abrir mão de exigências, como experiência, pós-graduação e fluência em inglês.
Segundo a pesquisa, no nível técnico, quase 60% das companhias reduziram as exigências para contratação. No nível superior, a porcentagem é de 45,51%.
 
Em 2010, quando a Dom Cabral fez a primeira pesquisa de carência de mão de obra, os porcentuais eram de 54% e 28%, respectivamente.
"A questão da mão de obra virou um grande gargalo no Brasil, sem previsão de melhora no curto e médio prazos", diz o professor Paulo Resende, responsável pela pesquisa com 167 grandes grupos que empregam mais de 1 milhão de pessoas e cujo faturamento responde por 23% do Produto Interno Bruto (PIB). Hoje, diz o professor, a contratação de um profissional leva de três a cinco meses, nos níveis técnico e superior, respectivamente. 
 
 

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: Organizações Globo

'Não me interessa o que a Globo será daqui a 5 anos', diz presidente

       
Roberto Irineu Marinho em evento de TV por asssinatura em São Paulo
                       
 
Em discurso de final de ano aos executivos do grupo, o presidente das Organizações Globo, Roberto Irineu Marinho, afirmou que a Globo tem de se planejar para os próximos 20 anos. "Não me interessa saber o que as Organizaçães Globo serão daqui a cinco anos; me interessa pensá-las daqui a 20 anos", disse o executivo.
 
Para Marinho, a Globo só manterá a liderança se continuar sendo inovadora, pensando à frente da concorrência e antecipando tendências.
 
"As Organizaçoes Globo não são líderes à toa. Somos líderes porque ao longo de toda a nossa história soubemos pensar adiante, geração após geração".
 
No discurso, Marinho falou ainda sobre o "medo" sobre o futuro que afeta empresários de mídia. Esse "sentimento é natural e benéfico", acredita.
"Mesmo com nosso imenso sucesso, ninguém acredita que o jogo está sempre ganho", afirmou. "Precisamos ousar sem ter medo de errar, buscar o novo, explorar o contraditório", afirmou.
 
Para Marinho, não existe mais diferença entre mundo analógico e digital. É tudo digital. A seguir, a íntegra do discurso:
 
“Caros companheiros, cada vez mais gosto destes nossos encontros de fim de ano.
 
É claro que o objetivo principal é agradecer a todos vocês o empenho e o zelo com que todos dirigem as nossas empresas: Reconheço em cada um o entusiasmo e a garra para nos levar ao sucesso. São poucos os grupos empresariais que reúnem executivos como vocês.
 
Por isso, digo logo: Muito obrigado. Obrigado pelas realizações, obrigado pelos resultados extraordinários.
 
Mas meu gosto por esses encontros tem outro motivo também.
 
Mais de um mês antes deste almoço, já tem início a reflexão sobre o que dizer, sobre qual é a mensagem que precisa ser passada, qual é a essência daquilo que de fato importa para o futuro.
 
 Isso permite a mim e a meus irmãos conversas bastante produtivas, ajudadas pelo ciclo de planejamento e orçamento que nos dá a oportunidade de conhecer detalhes de tantas áreas.
 
E a mensagem aqui é uma só: é preciso que dirijamos as nossas empresas sempre com o olhar no futuro.
 
Mas um futuro de longo prazo. Vinte anos, por exemplo.
 
 Cada passo nosso tem de ser dado com o olhar nesse horizonte: O que fazer para que daqui a 20 anos tenhamos a mesma pujança, a mesma força, o mesmo ímpeto que temos hoje?
 
É evidente que não vamos nos descuidar dos desafios de curto prazo, porque isso é obrigação de qualquer administrador.
 
Mas não há nada mais maléfico para a vida das empresas do que o pensamento centrado no curto prazo.
 
 Os resultados costumam ser brilhantes, mas duram pouco, e o futuro é um amontoado de problemas.
 
Numa conversa outro dia, eu disse que não me interessa saber o que as Organizaçães Globo serão daqui a cinco anos; me interessa pensá-las daqui a 20 anos.
 
E por que 20 anos? Por que se formos discutir os próximos cinco anos, vamos debater sobre tecnologia, sobre qual o device portátil que passará a ser usado para ler jornais e revistas, sobre como será a TV que você tem em casa, se será grande, de alta qualidade, 3D, 4K, 8K?
 
Ficaremos presos aos formatos, aos aparelhos, à plataforma de distribuição e esqueceremos o essencial que é a qualidade de nossos conteúdos e a qualidade do relacionamento com nossos clientes.
 
É o pensamento de longo prazo, sempre estratégico, que nos faz chegar bem ao futuro.
 
Nao se trata de adivinhação, nem de um simples desejo. Mas de se ter claro o que queremos ser lá na frente.
 
E como diz o documento Essência Globo, de 1997, nós queremos ser o ambiente onde todos se encontram. Revisitamos há pouco esse documento, e este é o ponto que melhor nos define. Com isso em mente, o objetivo está claro.
 
Nosso papel, nos próximos anos, é encontrar os caminhos para que, daqui a 20 anos, esse enunciado não seja apenas a expressão de um desejo, mas continue sendo uma realidade, como é hoje.
 
E por que falo hoje do futuro? Porque sinto em todos com quem converso, mesmo com o otimismo que nos caracteriza, uma certa angústia com o momento revolucionário que a mídia vive em todo mundo. Para não esconder a palavra, um certo medo.
 
Não acho ruim. Como a ciência bem afirma, foi a capacidade de sentir medo que trouxe a raça humana até aqui.
 
Mas o medo construtivo: aquele que percebe o perigo, nos põe em estado de alerta e nos ajuda a traçar uma estratégia para superá-lo.
 
Portanto, esse sentimento é natural e benéfico.
 
Eu estaria incomodado se percebesse que, diante de todas as transformações que a Era Digital está pondo em marcha, eu encontrasse algum companheiro que desse de ombros.
 
O que não pode acontecer, repito, é a angústia paralisante. Nossa angústia tem de ser a angústia criativa, aquela que nos leva adiante.
 
E, por onde olhemos nas nossas empresas, é isso o que percebo. Mesmo com nosso imenso sucesso, ninguém acredita que o jogo está sempre ganho, todos estão criativamente preocupados com o futuro, buscando caminhos, estradas, saídas.
 
E a saída não pode ser outra senão a qualidade dos nossos conteúdos e do relacionamento com nossos clientes.
 
Precisamos cada vez mais fazer conteúdos de qualidade que informem e divirtam, surpreendendo o público, inovando, com uma criatividade ímpar.
 
Precisamos ousar sem ter medo de errar, buscar o novo, explorar o contraditório. E não devemos confundir qualidade com eruditismo, com hermetismo, com pedantismo. Numa linguagem direta, qualidade é fazer extremamente bem-feito aquilo que todos podem entender e apreciar.
 
Porque, na história do nosso grupo, a experiência nos mostrou, diariamente, que todo homem, o mais erudito e o mais simples, aprecia aquilo que tem qualidade.
 
Nossa vocação é essa, falar com o grande público.
 
 Esteja onde estiver. Mais uma vez, não é uma frase vazia dizer que queremos ser o ambiente onde todos se encontram.
 
Mas, para chegar a um bom futuro, é preciso conhecer o presente. Ainda hoje, são muitos os que acreditam num mundo digital em contraposição a um mundo real, analógico ou que nome se queira dar. Não existem dois mundos, mas cada vez mais apenas um, o digital.
 
Essa é a chave para a compreensão do nosso projeto.
 
O mundo digital passou a permear toda a vida das empresas e das pessoas. Na tecnologia da informação, que nos ajuda a administrar melhor as empresas, no processo de criação dos produtos, nos sistemas de distribuição e no modo que podemos consumir os conteúdos.
 
Hoje, só há telefone digital, o relógio de cabeceira é digital, a escova de dente elétrica tem programa digital, escreve-se em devices digitais, o equipamento de cozinha é digital, automóveis têm tecnologia digital.
 
Mesmo a humanidade já é em alguma medida digital e será cada vez mais.
 
Chips instalados no cérebro já permitem recuperar a audição, marca-passos cardiológicos já são digitais e está avançada a pesquisa que permitirá aos paraplégicos comandar por meio de um chip também no cérebro um esqueleto externo que lhes devolva o movimento.
 
No próximo ano, um paraplégico usando esse Exo-esqueleto deverá dar o chute inaugural da Copa do Mundo no Brasil.
 
Com o que usualmente se chama de mídia, o mesmo se repete.
 
A televisão, o rádio, o jornal, as revistas, os livros e os produtos de internet que fazemos já são todos produzidos digitalmente, não importando como sao consumidos: se por meio de aparelhos que captem os conteúdos do espectro eletromagnético, se por meio de um suporte milenar como o papel ou se por meio de devices digitais que usem o protocolo IP, a internet.
 
Ou por uma forma inteiramente nova, que ainda venha a ser inventada.
 
 
Não é mais absurdo supor que um dia um livro ou um filme poderão ser consumidos diretamente no cérebro por meio de chips.
 
Mas mesmo nesse cenário futurista, não importará como o conteúdo será consumido: continuará a ganhar o jogo quem dispuser dos melhores conteúdos de qualidade.
 
Depois desse longo raciocínio, eu posso enfatizar que passou o tempo em que se acreditava que o futuro era ter, na internet, extensões dos nossos conteúdos já existentes.
 
O futuro é ter a consciência de que, se tudo já é digital, não faz mais sentido pensar num conteúdo como se ainda existissem duas formas de consumo, a digital e a analógica.
 
Devemos pensar os produtos já com a visão de que podem e têm de ser atraentes nao importa como serão consumidos.
 
Ora, se a produção é digital e o consumo também, limitaçoes serão superadas, recursos serão mais bem usados, potencialidades serão descobertas, complementaridades na forma de consumo reforçadas, e um conteúdo mais completo, mais atraente, mais abrangente e mais criativo será oferecido.
 
Essa visão tem de estar presente em todas as etapas: na concepção da ideia, na sua realização e na distribuição.
 
E a chave continuará a sempre ser a qualidade dos nossos conteúdos e do relacionamento com nossos clientes.
 
Isso certamente resultará em erros e acertos, mas é esse o caminho que nos levará ao bom futuro.
 
É desse movimento que pode surgir o inesperado, algo que ainda não sabemos o que é, algo que o público ainda não sabe que lhe é necessário e prazeroso e que, quem sabe, se torne um fenômeno.
 
Fico feliz de constatar que as nossas empresas já são muito diferentes do que eram há dez anos e vão mudar ainda mais.
 
Porque já vivem em plena Era Digital, que abre as portas para viabilizar essas mudanças.
 
Nada será imediato e completo, porque essa prática exige de nós uma mudança cultural, uma mudança na maneira de pensar. Mas isso já está em curso.
 
Algumas pessoas aqui presentes sabem que tive oportunidade de conviver com dr. Kobayashi, presidente da NEC, e escutar suas ideias e ensinamentos.
 
 Em 1947, ano em que nasci, o dr. Kobayashi previu para o final do século que “os campos da computação e das comunicações iriam se fundir e que as técnicas de processamento da informação alterariam profundamente a natureza dos sistemas de comunicação” criando “um futuro em que indivíduos em qualquer lugar poderiam se comunicar com outros, em que o conhecimento seria universalmente disponível e a informação dos sistemas de computação e comunicação transporiam não só barreiras de distância como também de linguagem, levando inevitavelmente a um único, coerente, competitivo, mas amigável mundo.
 
Ele conseguiu com antecedência de 53 anos prever o impacto da tecnologia e o da internet na virada do século, mas os conflitos do século 21 mostram que ele errou quanto à natureza humana.
 
Hoje, o mundo digital é o mundo normal em que vivemos e sua ideia não nos surpreende mais.
 
A tecnologia será capaz de realizar todos os nossos sonhos e tudo aquilo que considerávamos impossível vai se tornar realidade. Mas o imprevisível será sempre o comportamento da sociedade. E é esse comportamento que nos influencia.
 
É sobre ele que precisamos trabalhar para tentar antecipar tendências. As Organizaçoes Globo não são líderes à toa. Somos líderes porque ao longo de toda a nossa história soubemos pensar adiante, geração após geração.
 
Esse foi o nosso maior ativo, contando para isso com a ajuda inestimável de companheiros como vocês, que comungam conosco esse modo de ser e agir.
 
2013 foi um ano maravilhoso. Tenham certeza: 2033 também será. Muito obrigado e bom Natal para todos."
 

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