A
Linha 1 do metrô do Panamá, o primeiro da América Central, foi entregue
oficialmente nessa sexta-feira ao governo pelo consórcio integrado pela
brasileira Odebrecht e pela espanhola FCC, que a construiu em 41 meses a
um custo de US$ 2,011 bilhões.
A inauguração do projeto de infraestrutura mais
emblemático do governo do presidente Ricardo Martinelli teve um ato
protocolar na sede da Secretaria do metrô do Panamá.
A Linha 1 do Metrô tem 13,7 quilômetros e 13
estações entre elevadas e subterrâneas, que serão percorridas
inicialmente por 19 trens com três vagões cada um em um tempo máximo de
23 minutos, segundo os dados oficiais.
O custo da passagem será anunciado nos próximos
meses pelo presidente Martinelli, embora em 5 de março comece um período
de testes com convidados para que um mês depois o sistema comece as
operações para o público em horário restrito e de forma gratuita.
Os trens do sistema foram fabricados na
multinacional francesa Alstom em Barcelona, e os primeiros três foram
inspecionados no Panamá por Martinelli em junho, quando afirmou que seu
país terá "um metrô de primeiro mundo que melhorará o transporte" na
capital.
Cada trem tem capacidade de até cinco vagões, cada
um com ar condicionado, câmeras de segurança, sistemas de informação ao
passageiro e áreas específicas para pessoas com mobilidade reduzida. A
Linha 1 do Metrô em sua plena capacidade operacional, o que se espera
ocorra entre maio e junho, prevê transportar por hora até 30 mil pessoas
em ambos sentidos.
A gestão está a cargo do Metrô de Barcelona, Ayesa
de Sevilla e da colombo-venezuelana Inelectra, consórcio que venceu a
licitação de US$ 28 milhões em agosto de 2011 e permanecerá até um ano e
meio depois do início da operação colaborando em seu correto
funcionamento e capacitação de pessoal.
O consórcio Linha 1, formado por Odebrecht e FCC,
ganhou em outubro de 2010 o projeto de construção do metrô com uma
oferta de US$ 1,446 bilhão.
O consórcio venceu outras 70 empresas que entraram
na primeira etapa de seleção pelo projeto, anunciado em janeiro de 2010
pelo governo como parte de um plano de modernização do transporte
público na capital que continua em andamento com a construção e
dilatação de vias, túneis e passos elevados.
O contrato assinado em novembro de 2010
estabeleceu que a obra levaria 38 meses para ficar pronta, até 31 de
dezembro de 2013, e foi entregue com dois meses de atraso.
De acordo com os dados oficiais, no projeto
trabalharam de forma direta cerca de três mil trabalhadores de 21
nacionalidades e oito idiomas diferentes e outras cinco mil de maneira
indireta.
O financiamento do metrô está a cargo de bancos
como o Citibank, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a
Corporação Andina de Fomento (CAF) e o Ministério panamenho de Economia e
Finanças, com o apoio de instituições como Coface da França, Cesce da
Espanha e Miga, do grupo do Banco Mundial