25 agosto 2013

Motorista não foi único responsável por acidente de trem na Espanha, diz juiz

Sinalização da via onde ocorreu acidente que deixou 79 mortos era insuficiente, o que pode culpar também duas empresas 
 
O juiz do caso do trem que descarrilou e deixou 79 pessoas mortas em 24 de julho na cidade de Santiago de Compostela, na Espanha, considerou nesta terça-feira (20/08) que o maquinista não foi o único culpado pelo acidente: os responsáveis pela segurança do local do ocorrido, empregados pela Adif, que administra as ferrovias, também foram indicados como réus.

Em um documento, o magistrado Luis Aláez explicou que definirá a data da audiência em que os acusados serão citados assim que a companhia pública Adif informar a identidade dos responsáveis de segurança.
Aláez especifica que as mortes e lesões causadas pelo acidente estão "obviamente conectadas" com a condução inadequada e o excesso de velocidade do maquinista, Francisco José Garzón, mas afirma ser possível "deduzir também sua conexão com a omissão de medidas de segurança preventivas de natureza viária e, definitivamente, com uma conduta imprudente das pessoas responsáveis por garantir uma circulação segura no lance da via onde aconteceu a catástrofe".



Bombeiros trabalham em local do acidente, em Santiago de Compostela, capital da Galícia; 79 pessoas morreram  

O juiz considera ainda que essa omissão por parte da segurança da via é “uma imprudência passível de punição, pois, perante a existência de um risco significativo à circulação, o sistema de segurança não tem nenhum recurso que o resolva automaticamente ou advirta o maquinista sobre esse risco concreto mais que de modo indireto”.

Arquivo INFOTRANSP