27 maio 2012

Paulistano ganha incentivo a mais para andar de bicicleta pela cidade

São Paulo tem hoje mais de 180 quilômetros de ciclovias, ciclofaixas e rotas de bicicletas. Agora dá para andar de bike emprestada. Basta fazer cadastro. Depois, você passeia por meia hora e devolve em uma estação.


Na semana em que São Paulo parou por causa da greve no metrô e nos trens, levou a melhor quem pedala. No meio do caos, os ciclistas chegaram ao trabalho mais cedo e sem aperto.

O paulistano ganhou um incentivo a mais para rodar a cidade de bicicleta.

Os moradores vão poder alugar as bicicletas em estações espalhadas pela cidade. Se usar só meia hora, não precisa nem pagar. Mas é preciso lembrar que até mesmo para as bikes, existem leis de trânsito a serem seguidas.

Na rua, é melhor andar sobre quatro ou sobre duas rodas? Na disputa pelo tempo, vence quem tem fôlego. “Com a greve do trem e do metrô, eu sai da minha casa que é no extremo oeste de São Paulo e vim até a região da Paulista. Foram 40 quilômetros de bicicleta. Gastei menos de duas horas para fazer esse percurso. De carro, teve gente que gastou quatro ou cinco horas”, conta o analista de sistemas Ériston Santos.

As bicicletas aceleraram enquanto os outros pararam por conta da greve na última quarta-feira. São Paulo tem hoje mais de 180 quilômetros de ciclovias, ciclofaixas e rotas de bicicletas.

Agora também dá para sair pedalando com uma bike emprestada. Basta fazer um cadastro. Depois, é passear por meia hora e depois devolver em uma estação. “São três mil bicicletas em 300 pontos até 2014”, revela um dos organizadores do projeto.

Mas para encarar o trânsito tem que ter manha. Andre Pasqualini usa a bicicleta como meio de transporte há quase 20 anos. Ele é consultor de mobilidade urbana e dá a primeira dica para quem quer enfrentar o trânsito em cima de uma bicicleta: “em primeiro lugar, você deve evitar avenidas e planejar a sua rota, usando essas ruas de bairro, ruas mais tranquilas e ganhando experiência aos poucos”.

A pedido do Bom Dia, ele usou uma câmera na bicicleta e mostra a maneira certa de andar de bike para não ter problema nem com o carro, nem com quem está caminhando pela calçada. “O motorista na hora de ultrapassar tem que imaginar que existe uma bicicleta entre ele e o carro. Essa é a distância exata para fazer uma ultrapassagem”, afirma.

Quem vem no carro e vai cruzar tem que dar a vez também. Entre o pedestre e o ciclista, é quem está no pedal que deve obedecer à regra. “A distância que a gente tem de andar da guia tem que simular um braço e você não pode pegar ninguém da rua”, explica André.

Quando o sinal fechar, o ciclista tem que segura a onda. “Tem que parar. Se o ciclista aprender a prestar atenção no trânsito, na lógica do trânsito, ele consegue pedalar numa boa”, diz o consultor.
Giovanna está seguindo à risca a cartilha do bom ciclista: “vai de bike. Chega rapidinho, mas com atenção sempre”.

A Companhia de Engenharia de Tráfego informou que vai intensificar a fiscalização contra o desrespeito ao ciclista no trânsito. As multas para o motorista que desrespeitar o ciclista vão de R$ 53 a R$ 127.

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/05/paulistano-ganha-incentivo-mais-para-andar-de-bicicleta-pela-cidade.html

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