10 novembro 2013

Quiosque no Metrô vira usina de lucro


Pontos de venda rápida em locais estratégicos de grande fluxo se popularizam e ganham espaço  

Os quiosques em shoppings já caíram no gosto popular e conquistaram clientes e empresários. Agora, os novos pontos estratégicos são os stands de vendas nas estações do Metrô. Tem de tudo: desde as tradicionais lanchonetes de comidas rápidas até negócios mais inovadores, que estão conquistando os clientes apressados. 

A mais nova febre é a  rede de franquias Loucas Por Esmaltes, com stands nas principais estações do Metrô.  Em seis metros quadrados, dezenas de esmaltes coloridos cumprem com facilidade a tarefa de atrair a atenção das mulheres que circulam diariamente pelas estações. 

Mesmo com os horários curtos, as clientes param, olham e dificilmente saem sem compram algum produto. Para atender esse público, é preciso ter agilidade e um jeito próprio para trabalhar. “Ao mesmo tempo em que pego o esmalte para uma cliente, já recebo o dinheiro de outra”, conta a vendedora Evilene Flora Reina, de 24 anos, que já trabalhou em lojas e garante que a experiência no quiosque é diferente de qualquer uma que já teve.

A eficiência e a agilidade na hora do atendimento são dois aspectos apontados por Marcos Hirai, diretor da consultoria BG&H, do grupo Gouvêa de Souza, como essenciais para ter sucesso. Especializado em pontos de vendas, Hirai  explica que transformar as estações do Metrô em centros comerciais já é tendência em outros países e agora caiu nas graças do mercado brasileiro.

“É uma tendência ter verdadeiros shoppings dentro das estações. Esses espaços têm prosperado cada vez mais aqui no Brasil e eles têm se mostrado ótimas oportunidades para a alimentação, a conveniência e os serviços”, explica Hirai. 

A estamparia de camisetas Piticas existe há quatro anos e desde o início é adepta dos quiosques. “O nosso conceito é voltado para o quiosque. 
 
Já estamos em 90 shoppings e ficamos no meio do corredor. É difícil não sermos vistos”, garante Felipe Rossetti, de 27 anos, sócio da Piticas.

Desenho do quiosque precisa ser bem pensado
 
Localizados em pontos estratégicos e em espaços de intensa movimentação, os quiosques são as melhores opções para  vendas rápidas e retorno imediato.

Para garantir boas vendas, a organização e a montagem  do quiosque e a disposição dos produtos precisam ser metodicamente organizados para atrair mais clientes ao ponto. 
 
“É necessário determinar quais os produtos que vão ficar no raio de visão do comprador. 
 
O item que mais chama a atenção precisa estar em primeiro plano”, diz o arquiteto Victor Oliveira Castro, especialista em montagem de quiosques.

“Como o quiosque tem um espaço pequeno, é preciso estudar um desenho que facilite o trânsito dos funcionários e o atendimento aos clientes”, completa.

Sabendo disso, Felipe Rossetti, da estamparia Piticas, usa e abusa de cores e estampas marcantes para montar a vitrine dos seus pontos de vendas. 
 
“Uso cores vivas nas camisetas para dar um destaque.  Tem até um estudo que fizemos com o cliente e percebemos que ele presta atenção no que  está na altura dos olhos.”

MAIS

Com R$ 8 mil por mês dá para montar um quiosque
 
O custo para montar um quiosque em uma estação de grande movimento do Metrô varia de R$ 8 mil a R$ 10 mil por mês. 
 
Nos shoppings centers, esse valor pode chegar a R$ 25 mil. 

Instalar uma franquia no Metrô é mais fácil
 
Para conseguir montar um quiosque em uma estação do Metrô ou em um dos shoppings da cidade, é necessário entrar em contato com o departamento de negócios desses espaços para fazer a apresentação dos  produtos que você pretende comercializar. 
 
Especialistas apontam para a facilidade de conseguir um espaço assim investindo em franquias. 
 
“A maioria das operações está concentrada em franquias.

Com a franquia, a chance de errar é menor, até porque o franqueador já faz a estimativa de faturamento do espaço e verifica se o lucro é maior do que as despesas”, diz Marcos Hirai, da BG&H, do grupo Gouvêa de Souza.
 

Arquivo INFOTRANSP