Pontos de venda rápida em locais estratégicos de grande fluxo se popularizam e ganham espaço
Os quiosques em shoppings já caíram no
gosto popular e conquistaram clientes e empresários. Agora, os novos
pontos estratégicos são os stands de vendas nas estações do Metrô. Tem
de tudo: desde as tradicionais lanchonetes de comidas rápidas até
negócios mais inovadores, que estão conquistando os clientes
apressados.
A mais nova febre é a rede de
franquias Loucas Por Esmaltes, com stands nas principais estações do
Metrô. Em seis metros quadrados, dezenas de esmaltes coloridos cumprem
com facilidade a tarefa de atrair a atenção das mulheres que circulam
diariamente pelas estações.
Mesmo com os
horários curtos, as clientes param, olham e dificilmente saem sem
compram algum produto. Para atender esse público, é preciso ter
agilidade e um jeito próprio para trabalhar. “Ao mesmo tempo em que pego
o esmalte para uma cliente, já recebo o dinheiro de outra”, conta a
vendedora Evilene Flora Reina, de 24 anos, que já trabalhou em lojas e
garante que a experiência no quiosque é diferente de qualquer uma que já
teve.
A eficiência e a agilidade na hora do
atendimento são dois aspectos apontados por Marcos Hirai, diretor da
consultoria BG&H, do grupo Gouvêa de Souza, como essenciais para ter
sucesso. Especializado em pontos de vendas, Hirai explica que
transformar as estações do Metrô em centros comerciais já é tendência em
outros países e agora caiu nas graças do mercado brasileiro.
“É
uma tendência ter verdadeiros shoppings dentro das estações. Esses
espaços têm prosperado cada vez mais aqui no Brasil e eles têm se
mostrado ótimas oportunidades para a alimentação, a conveniência e os
serviços”, explica Hirai.
A estamparia de
camisetas Piticas existe há quatro anos e desde o início é adepta dos
quiosques. “O nosso conceito é voltado para o quiosque.
Já estamos em 90
shoppings e ficamos no meio do corredor. É difícil não sermos vistos”,
garante Felipe Rossetti, de 27 anos, sócio da Piticas.
Desenho do quiosque precisa ser bem pensado
Localizados
em pontos estratégicos e em espaços de intensa movimentação, os
quiosques são as melhores opções para vendas rápidas e retorno
imediato.
Para garantir boas vendas, a organização e a montagem do quiosque e a disposição dos produtos precisam ser metodicamente organizados para atrair mais clientes ao ponto.
“É
necessário determinar quais os produtos que vão ficar no raio de visão
do comprador.
O item que mais chama a atenção precisa estar em primeiro
plano”, diz o arquiteto Victor Oliveira Castro, especialista em montagem
de quiosques.
“Como o quiosque tem um espaço pequeno, é preciso estudar um desenho que facilite o trânsito dos funcionários e o atendimento aos clientes”, completa.
Sabendo disso, Felipe Rossetti, da estamparia Piticas, usa e abusa de cores e estampas marcantes para montar a vitrine dos seus pontos de vendas.
“Uso cores
vivas nas camisetas para dar um destaque. Tem até um estudo que fizemos
com o cliente e percebemos que ele presta atenção no que está na
altura dos olhos.”
MAIS
Com R$ 8 mil por mês dá para montar um quiosque
O
custo para montar um quiosque em uma estação de grande movimento do
Metrô varia de R$ 8 mil a R$ 10 mil por mês.
Nos shoppings centers, esse
valor pode chegar a R$ 25 mil.
Instalar uma franquia no Metrô é mais fácil
Para
conseguir montar um quiosque em uma estação do Metrô ou em um dos
shoppings da cidade, é necessário entrar em contato com o departamento
de negócios desses espaços para fazer a apresentação dos produtos que
você pretende comercializar.
Especialistas apontam para a facilidade de
conseguir um espaço assim investindo em franquias.
“A maioria das
operações está concentrada em franquias.
Com a franquia, a chance de errar é menor, até porque o franqueador já faz a estimativa de faturamento do espaço e verifica se o lucro é maior do que as despesas”, diz Marcos Hirai, da BG&H, do grupo Gouvêa de Souza.
Com a franquia, a chance de errar é menor, até porque o franqueador já faz a estimativa de faturamento do espaço e verifica se o lucro é maior do que as despesas”, diz Marcos Hirai, da BG&H, do grupo Gouvêa de Souza.